Pets

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Gente, o aviso de hoje é, vai ter cenas mais tensas em sentido de empatia humana, então leiam de mente aberta e para os mais sentimentais, com lencinho hehe, de resto espero que gostem <3 




Can acordou do leve cochilo com Gu Hai tocando seu ombro, ele e o amigo e líder da sua guarda dividiam uma pequena barraca dentro do imenso salão. Era a mesma que comprou aos montes para um número grande de pessoas já que tinha apenas uma estimativa da quantidade de vítimas do submundo que destruíam no dia anterior.

A realidade se mostrou bem pior.

Sabia que o salão principal do castelo parecia um imenso campo de refugiados e não era a melhor opção de conforto, mas tinha que primeiro reunir todos que podiam salvar ali antes de seguir para a medida seguinte.

Que ainda estava cogitando a melhor opção.

— Chefe, acho que deve vir ver isso. Eu não sei como proceder.

Can assentiu, Gu Hai era um líder de uma elite militar, ainda que fossem muito fora dos padrões, já sobre problemas humanos ele era igual Tin, não gostava de lidar pessoalmente. Can tinha ido para Paris umas três vezes sozinho para buscar mais mantimentos, barracas e material de primeiros socorros, e quando percebeu que precisa descansar um pouco ou ia desmaiar, deixou o amigo para assumir seu lugar.

Heechul recebia as pessoas, mas não podia lidar com todos, e sua guarda obedecia às ordens dele até segunda ordem, mas também... Não eram as pessoas mais indicadas para lidar com pessoas em estado delicado. Precisava de ajuda e sabia bem disso.

Os homens de preto ainda eram menos delicados que a guarda branca.

Tinha aquele problema, mas ainda não podia levar ninguém ali e toda a equipe estava encarregada em entregar as vítimas e voltarem para seus "disfarces". O plano de Tin ainda transcorria. Aquela situação era sua responsabilidade.

— Vamos lá.

Can saiu da barraca e como esperava, o salão estava ainda mais cheio de barracas armadas e alguns membros da sua guarda faziam curativos em algumas das vítimas também em um canto deixado para isso. Em uma imensa colcha aberta no centro do salão, Heechul falava suave com um pequeno grupo de dezenas de pessoas que se encolhiam umas nas outras como ratinhos assustados, o que cortava seu coração, mas Heechul realmente sabia lidar com isso e ele falava muitas línguas também, o que ajudava imensamente na situação. Acalmar, saber a história de cada um e como podia ajudar a pessoa, era tarefa que ele estava cumprindo ali, com os que estavam em condições de conversar ainda que receosos, claro.

O ambiente do castelo parecia acalmá-los também e foi por esse exato motivo que escolheu aquele lugar. A aura dali... Era maravilhosa.

Can seguiu o amigo e logo saiu do castelo vendo duas pets – E elas eram definitivamente pets não só pela coleira sem numeração, mas como pelo jeito em que se moviam e se agarravam na mureta restaurada – 'Brincarem' de andar na ponta dos pés na mureta de um metro e meio de altura, não que se caíssem dali fossem se machucar demais, mas ambas pareciam duas crianças levadas rindo e fazendo malabarismos de forma perigosa.

Can olhou para Gu Hai evitando rir e ele deu de ombros:

— Elas estão brincando, Hai.

— Se quebram o pescoço o que eu faço? Eu não entendo o que elas dizem. Elas são de circo por acaso?

— Volte para dentro e ajude no que puder, eu resolvo isso.

Seu amigo o olhou aliviado e então correu de volta como se quisesse se livrar da situação a qualquer custo. Tinha dois homens de preto ali fora para proteger o lugar enquanto mais cinco estavam na área de pouso de helicópteros para receber mais vítimas. A equipe da Dinah estava atrasada e era a última, mas era porque ela teve de contratar um avião para chegar ali devido a mais de trinta pessoas que resgatou.

Meu seme engomadinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora