Amar é...

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  Pete sentiu um dos braços fortes de Ae sobre sua cintura e sorriu ainda sonolento.

Eles já eram uma família com tudo de maravilhoso que havia em uma, contudo em seu íntimo, sempre se sentiu um pouco em falta para os três porque no fim ele era um homem e não poderia dar a eles filhos.

Mas agora... Agora o jogo tinha mudado, como diria o Tin.

Ae ainda não sabia dos bebês porque voltaram praticamente de manhã e ele estava desmaiado de sono. Yim era elétrica e Ae era o que mais estava com ela nos últimos dias já que Tin agora tinha um milhão de coisas para fazer, Can estava com os resgatados e ele... Ele estava meio que resolvendo o assunto dos funcionários do palácio.

Tin não tinha paciência para lidar com aquilo e era um assunto que precisava ser resolvido.

Em três dias tinha dispensado setenta por cento dos funcionários e entrevistado por longas horas o mordomo Do. Do Kyungsoo não tinha uma falha em seus antecedentes, se mostrava ser fiel a quem trabalhava e uma pessoa íntegra. Tinha passado em seu julgamento, mas para se tornar um membro da equipe e ter a confiança provisória do Tin, tinha ainda que passar pelo crivo dele então tinha marcado uma entrevista dos dois para aquela tarde.

Os poucos funcionários que ficaram também passaram por uma bateria se entrevista consigo, tudo filmado e enviado para o Tin também. Não houve questionamento do porquê o pet de um amigo do regente estava tomando a frente daquele assunto e sabia que isso tinha agradado ao Tin. Se alguém tivesse sequer dito algo a sua frente que questionasse sua autoridade, Tin com certeza teria vindo pessoalmente para enxotá-lo porta a fora.

Seu marido mais velho não era alguém que explicasse sus ações ou permitisse que fosse contrariado. Ao menos Tin sabia ouvir argumentos e essa tolerância dele para com a família deixava seu coração mais quentinho. Não importava se o mundo tivesse um pé atrás com Tin, importava que ele sabia quem o marido era de verdade.

— Estou feliz que você esteja mais gordinho, amor. Me deixa mais tranquilo.

A voz do Ae soou mais sonolenta que o de costume enquanto ele acariciava sua barriga. Pete quis rir baixinho mas não fez, Tin disse que ele poderia contar ao Ae sozinho quase a oportunidade surgisse porque ele tinha trabalho acumulado para hoje e Pete também sabia que Tin não queria deixar ele ver o quanto tenso o marido estava por ter que se separar deles agora.

Tin já sofria calado a falta do Can e agora teria mais aquele aspecto.

Aquele um ano de separação para preparar a OMMP tinha sido minunciosamente planejado por eles, mas a separação iminente era o elefante branco entre os quatro. A verdade era que na vida louca que tinham onde tudo acontecia, sempre se separavam, mas não era por longos momentos como seria dessa vez. Aliás já era para ele e Ae estarem no fim do mundo e não ali, houve como sempre havia, outro improviso, mas já tinham passado da hora de resolver aquilo.

Agora concordava com o Tin como conversaram no caminho de volta que devido a situação, tinham que ir para o castelo da França onde era mais conveniente de mobilidade, até porque Can assim que o pior passasse, deveria trazer os resgatados para o palácio central e o castelo ficaria livre para ele poder passar a gravidez com tranquilidade e segurança.

Mas Pete tinha visto o olhar de Tin e sua contrariedade.

Se dependesse só do marido ele largava tudo e iam os quatro para a floresta francesa. Desde que Can arrastou todos para férias forçadas anos atrás, Tin se tornou mais maleável sobre delegar funções, contudo aquele ano era um ano crítico sobre todos os anos que planejaram.

Meu seme engomadinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora