Reinício

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 Tin voltou para o escritório menos de uma hora depois deixando Ae ajudando Nai com as crianças para ver Ren diante da janela com cara de pensativo. Os cabelos soltos o deixavam com ar perigoso e Tin sorriu de canto.

Ele estava trabalhando tanto quanto ele desde que Margot saiu de cena.

— Justin disse que usou a cabeça do neto do Shindong na reunião do conselho – Ren se voltou para ele de olhos estreitos – Não vou questionar seus métodos porque sei que eles foram necessários, contudo, modere, Tin.

Tin foi até ele e se colocou ao seu lado diante da janela:

— O medo é mais intenso nas entrelinhas, do que no mundo real. Agora todos eles passarão a diante o que viram e como todos devem se comportar a partir de agora, Justin tomará a frente, eu apenas dei o primeiro passo.

— Você executou aqueles cinco.

Não era uma pergunta, Tin o olhou de canto:

— Está questionando seu futuro rei?

— Estou questionando até onde vai a guilhotina e se eu vou ter de intervir.

— Por enquanto está indo para o porão. Sei que seus guardiões preferem a coisa toda da morte por tradição, mas veja bem, não temos tempo para isso. Os corpos vão ser entregues aos familiares, se é isso que te preocupa também.

Ren apenas virou o rosto de volta para a janela:

— Você vai soltar o Sung.

De novo era uma afirmação, Tin dessa vez sorriu:

— Can gosta do Kook e a pequena flor quer o irmão de volta, sendo que o irmão matou os pais em retribuição de quase matarem o irmão dele, acho justo uma segunda chance, mesmo que vá contra as regras. No fundo era isso o que todos queriam, vai negar agora?

— Você é uma flor macho, Tin, não é sobre razão e sim sobre controle de si mesmo. Cuidado para não cair da corda bamba e pender para o despotismo.

— Eu tenho três maridos para me controlar, não vou cair.

Ren se virou suavemente e o olhou fixo e sério:

— Asa te acha uma pessoa digna, eu confiarei no julgamento da minha mulher.

— Você sabe que sou digno ou então jamais fincaria aquele ferro quente no meu ombro e me faria um de vocês dez anos atrás – Rebateu quase cínico, mas então suspirou deixando o humor cair – Eu me dediquei dez anos para arrumar a sua casa, me dê algum crédito.

— É sua casa também, não deixe os pecados do passado mancharem seu reinado.

— Eles não vão.

— Ótimo – Então ele tirou uma caderneta do bolso e lhe estendeu – A ordem dos guardiões está limpa, o único problema era mesmo Nongnong, mas a cabeça dele foi parar em outra bandeja, não é mesmo?

— Margot disse que não queria um corpo traidor nos túmulos da família – Tin deu de ombros – Achei razoável enviar a cabeça dele para enfeitar os muros da mansão até ser comida de corvos. Muito educativo, não acha?

Ren suspirou e Tin sabia que ele o repreendia mentalmente, que seja, tinha que dar um tranco naquele povo para aprenderem quem mandava agora, depois Can faria sua mágica de união e afins...

Tin se afastou e foi até a mesa deixando a caderneta sobre o tampo ao lado do notebook:

— Você sabia que podia me mandar por e-mail, não é mesmo? Qual o seu problema com tecnologia?

Meu seme engomadinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora