Sinuca

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  Espero que estejam preparados hehe
Boa leitura <3  




— Só você está me ouvindo agora? Se for sim, comece a responder apenas sim ou não, tudo bem? Só você deve ouvir o que eu vou dizer agora.

Can olhou para frente e para o vidro do carro que corria em alta velocidade pela estrada quase deserta daquele quase início de dia e suspirou.

Começava a entender quando Tin pirava sobre confiança. Agora via que ele tinha lá sua razão.

— Sim, Tin.

Ele escorou a cabeça na porta do carro apenas para ficar um pouco mais longe do motorista. Depois da traição do senhor Pan, ele sentia que logo ia começar a desconfiar da própria sombra. Sua mãe estava com Gucci no banco de trás enquanto Pete, Ae e Lemon ia no outro carro com o Yao.

Tinham praticamente fugido discretamente da casa do senhor Pan, mas não chegaram no portão de trás sem serem vistos e então foi correria, cães latindo e depois mais perseguição de carro. Aquele dia foi tão insano e maluco que se Can tivesse que explicar para alguém, não ia saber nem como começar.

Olhou pelo retrovisor para sua mãe e notou que ela já dormia com o Gucci no colo dela e se sentiu mais velho do que já sentiu na vida, não importava como, ele tinha que proteger ela e Lay. Devia ter ganhado meia dúzia de cabelos brancos só naquela noite, ainda bem que sua mãe era a pessoa mais reacional da sua casa.

— Amor, presta muita atenção. Os seguranças vão te levar para o esconderijo que eu montei caso fossemos traídos pelo Panitchayasawad ou qualquer um em uma emergência. Yuan Zong só tem instruções minhas até aí, levar vocês para lá com a certeza de não estarem sendo seguidos. É um modo que encontrei para que de lá, caso necessidade, sumiríamos do mapa por algum tempo. Agora como Panitchayasawad nos traiu, eu sei que quem está atrás da minha família é gente bem pior do que meu pai e companhia, por isso, você precisava fazer exatamente o que eu disser, tudo bem? Essas pessoas podem mesmo te machucar, Can. Você me prometeu que ficaria seguro, agora é sua responsabilidade além de ficar seguro, cuidar da minha sogra e da minha cunhada.

Can acabou sorrindo por mais frenética e retardada que fosse a situação; Tin tinha chamado eles de família... Eles!

— Sim, Tin.

Repetiu no tom mais sério que conseguiu. Tin não precisava falar aquilo para si, afinal amava sua família mais do que tudo, assim como amava Tin agora. E além de tudo eles eram a família de Tin agora... Aquilo aqueceu seu coração.

— Muito bem, a situação é essa: Vocês vão para uma casinha em um bairro bucólico, ela tem portão verde, é fácil de achar entre as outras. Uma poltrona branca está no canto direito da sala. Debaixo dela existe um alçapão com um cofre dentro, a senha é o seu nome completo – Can arregalou os olhos, meu deus... Ele estava mesmo protagonizando algum filme de espionagem!? – Dentro do cofre há uma bolsa de viagem. Tem dinheiro dentro, e passaportes falsos de todos nós além de cartões de débito com um limite substancial em seu nome. Você vai usá-lo, a senha é sua data de nascimento. Isso é só para emergência, depois deve trocar a senha no primeiro caixa eletrônico que ver no aeroporto.

Ele queria gritar, como assim aeroporto!? Mas se lembrou do pedido de respostas sim ou não e se conteve... Contudo pensou em Ae e pete...

E Tin, como sempre, parecia ler seus pensamentos mesmo a continentes de distância:

Meu seme engomadinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora