"Eu já estou com saudade da Nong'Yim, mas meu irmão disse que eu jamais vou chegar perto dela de novo, Pete...".
"Ai Ae, eu sinto tanto...!"
Tin via com parte da sua mente Ae conversar com Choi e a equipe de engenheiros que agora era interina do seu marido, mas quase todo o seu cérebro estava na conversa que ouviu de Ae e Pete naquela manhã enquanto fingia dormir.
Não estava em casa quando eles acordaram e se viram depois de um mês distantes quase duas semanas atrás. Tinha completa ciência do amor e conexão que ambos tinham um com o outro e não se surpreendia por eles se agarrarem entre beijos e lágrimas chegando a sufocar o Can no meio deles como ele reclamou exageradamente depois.
Se sentia feliz de Ae e Pete se amarem tanto e ainda conseguirem amar ele e Can ao mesmo tempo e o inverso também era real, por isso, por amar tanto cada um dos seus três maridos, era que não suportava ver Ae sofrer daquele jeito. Contudo como resolver aquela situação deixando-o feliz e ainda sim não fazendo nada que Ae julgaria ruim?
Eles podiam criar a menina muito melhor do que os pais dela. Ela teria educação de qualidade, o tio que amava sempre perto e ganharia mais dois tios que a amariam enlouquecidamente afinal Can e Pete adoravam a criança. Porém se entrasse em uma batalha judicial pela menina nos termos certos da justiça, as chances seriam pequenas.
O que fazer? O que fazer...?
Ae era "apenas" o tio dela. Seus direitos não eram assegurados o suficiente...
— Tin... Disfarça, não temos inimigos aqui dentro.
Can sussurrou em seu ouvido e ele se deu conta que olhava fixamente para a meia dúzia de engenheiros discutindo debruçados sobre o projeto aberto na escrivaninha de metal moderno, de forma feroz. Respirou fundo e então se voltou para Can sentado ao seu lado enquanto Pete cochilava na poltrona macia da sala de reuniões de Minseok.
Achou que seria melhor eles se encontrarem ali, do que em qualquer outro lugar. Minseok era um dos seus homens e jamais fazia perguntas impertinentes e agora que Yoongi trabalhava com ele, seu senso de humor ácido escorria todo para o lorde central que surpreendentemente estava se saindo um apostador muito bom.
Mas a verdade era que aquele prédio era seu no fim, então ele usava quando queria e ninguém tinha nada a ver com isso.
— Não gosto dessa cor branca da parede, esperava mais do Seok, francamente.
Resmungou um pouco irritado, Can o olhou um pouco chocado lhe fazendo sorrir. Can era o sol de todas as suas manhãs, não importava se era inverno ou verão e suas reações sinceras sempre lhe faziam sorrir, lhe faziam leve e feliz.
Ele era seu oxigênio de fato.
— É sério isso?
— Por que? Nossa casa é toda em gelo e amarelo pálido, que graça tem no branco?
— Falou a pessoa mais monocromática desse mundo.
— Veve tem folhas verdes.
— Ela é uma planta, Tin, se tivesse folhas roxas eu ia me preocupar.
— Tecnicamente existem plantas que usam menos clorofila e por isso suas folhas são...
— 'Tá 'tá, eu não vou discutir clorofila a essa hora.
— Eu preciso de um advogado bom. Na verdade, um mais do que bom, um perfeito.
Disse externando suas preocupações e Can abriu e fechou a boca ficando alguns segundos pasmo até recuperar a voz:
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Meu seme engomadinho
Fiksi PenggemarTin sabia que desistir, por mais que quisesse depois daquele dia, não era opção. Ele amava Can e lutaria por ele, por mais complicado que fosse. Aquele garoto do programa Tailandês era seu! Seu pequeno e inocente Cantaloupe.