Nove

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Eu sou ruim em amar
Mas você não pode me culpar por tentar
Você sabe que eu estaria mentindo dizendo que
Você era o único
Que poderia finalmente me consertar
Olhando no meu histórico
Eu sou ruim em amar
– Bad At Love, Halsey –
Hopeless Fountain Kingdom.

Eu sei que algo está acontecendo com Luísa e obviamente ela está tentando esconder isso de mim

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Eu sei que algo está acontecendo com Luísa e obviamente ela está tentando esconder isso de mim.

Quando ouvi o tom de sua voz, após minha autorização de entrada, tive plena certeza que ela não estava bem. O sentimento protetor atingiu-me como um raio, as dúvidas e desconfiança atigiram-me como dardos inflamados.

Sua voz estava trêmula, seus olhos passavam medo, suas mãos estavam tremendo, o nervosismo em suas palavras era evidente, suas ações nervosas, sobrancelhas arqueadas; tudo confirmava minhas suspeitas sobre estar acontecendo.
Senti o ápice de irritação quando fui informado que ela não havia ido até Oliver como havíamos combinado, mas sim que foi sozinha até o Bronx.

Bronx.

Eu sei que ela foi criada naquele condado, mas aparentemente não há qualquer ligação atual com o lugar. Luísa nem sequer fala sobre ele. Ou talvez seja apenas comigo que ela não fale.

Bebo mais um gole do uísque em meu copo e olho pela janela do meu escritório, vendo o clima ameno daquele final de tarde.

A raiva contamina todo meu corpo, eu quero ir até aquele lugar em que ela está e trazê-lq de volta para casa, pedindo explicações a ela de toda essa merda e cuidá-la.

Mas não irei. Oliver já está seguindo o caminho que eu lhe passei, obtido pelo rastreador que coloquei no celular que dera a ela. Eu sei que é uma atitude extrema, talvez obsessiva, mas Luísa não me dá meios para descobrir o que quero através dela; então, eu tenho que encontrar meus próprios meios para isto.

Ouço meu celular notificar uma nova mensagem e desbloqueio sua tela, batendo o olho nas imagens que Oliver havia me mandado.

Aperto o copo vazio em minha não e sinto os estilhaços de vidro cortarem minha palma. O ciúmes cega meus olhos.

Nas imagens, Luísa está ao lado de um cara de roupas escuras, em uma parede inundada por desenhos coloridos. Sua cabeça está deitada em seu ombro e ela tem uma feição calma em seu rosto, diferente da que tinha quando saiu daqui.

As veias de meu corpo se dilatam quando eu passo o polegar pela tela e vejo outra imagem, a que ela sorri abraçada com o cara.

Luísa é minha. Ela não deveria estar abraçada com outro cara, olhando-o com um sorriso que ela nunca havia me dado.

Minhas pupilas se dilatam quando vejo que ele beija sua testa em uma das imagens e em seguida ela entra em um ônibus que havia acabado de parar no ponto.

HER | FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora