Vinte e quatro

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Meu coração parece aumentar gradativamente seu compasso à medida em que meu cérebro processa o que Justin acabou de dizer

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Meu coração parece aumentar gradativamente seu compasso à medida em que meu cérebro processa o que Justin acabou de dizer. Mais especificamente a forma como ele se referiu a mim.

A mulher que eu amo.

Puta que pariu. A mulher que eu amo.

Parece que ele deixou meu corpo totalmente dormente, sem que eu sentisse qualquer parte dele. Mas isso não impede que esteja atenta às seguintes cenas:

Justin coloca suas mãos nos bolsos de sua calça clara e passa a língua por seus lábios, olhando matador para a mulher loira próxima à mim. Ele caminha calmo e elegantemente até estar próximo o suficiente para falar baixo e rouco olhando exatamente dentro dos olhos azuis que demonstram surpresa.

– Eu direi apenas uma vez e espero que você entenda. Você não sabe absolutamente nada sobre minha vida. Você não me conhece para saber o que é suficiente ou não para mim, e sua opinião não faz diferença em minha conduta. Luísa é a mulher que eu amo, a que eu apresento à minha família como namorada e quero por perto, que é muito mais do que suficiente para mim. – diz sério. – Não você. Você nunca foi e nem será essa pessoa. Ouviu?

Ela engole em seco.

– E não ouse tentar manipular minha família sobre minha namorada, você sabe muito bem do que sou capaz. – arrepio-me. – Aliás, nem tempo você terá para tanto, porque quero você fora daqui agora.

Isso é um absurdo! Ela é quem está manipulando você! – diz irritada.

– Se você não for por minha vontade, irá depois que contar que você seduziu um garoto de quinze anos e tirou sua virgindade, depois teve um caso com ele. – sinto nojo. – Imagine quando minha avó souber que isso aconteceu com o neto dela.

– Ridículo. Você age como se houvesse acontecido um estupro, só que, querido, foi com seu consentimento. – abre um sorriso.

– Não deixa de ser um caso de pedofilia, Evelyn. – dou um passo para frente. – Justin tinha apenas quinze anos, você era uma mulher adulta.

– Cale a maldita boca, sua crioula! – diz entre dentes.

Bato em seu rosto por impulso. E não me arrependo.

– Isso não foi por ter me chamado de crioula. Tenho orgulho da cor de minha pele; esse tapa foi pelo que fez com meu homem e por fingir-se de sonsa.

– Você irá se arrepender de não acreditar em mim, Justin. – diz antes de subir as escadas em direção aos quartos.

HER | FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora