Vinte e oito

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Acordo com beijos espalhados por minha nuca e bochecha direita

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Acordo com beijos espalhados por minha nuca e bochecha direita. Ao virar meu rosto encontro o sorriso e olhos brilhantes de minha garota; suspiro aliviado por vê-los, já que não aprecia há alguns dias.

Não poderia ter feito melhor em adiar minha viagem a Los Angeles. Luísa precisava de mim, mesmo que não quisesse demonstrar sua vulnerabilidade, mas era perceptível que ela não estava bem. É horrível não poder fazer algo realmente efetivo para mudar essa situação, porque querendo ou não, eu também tenho uma parcela de culpa.

– Feliz aniversário, olhos castanhos. – ela fala suave.

Só então que reparo na bandeja de café da manhã que está na ponta da cama. Logo ela está em meu colo e percebo o pequeno bolo com vela no centro dela, rodeado por meus alimentos preferidos pela manhã. Aposto que ela fez questão de preparar tudo isso, mesmo que aqui tenha vários empregados que poderiam fazê-lo; mas definitivamente não é uma reclamação porque ela parece ter mãos abençoadas.

– Obrigado, babe. – selo nossos lábios.

Não é surpresa que tudo esteja delicioso, é sempre assim quando está relacionado a minha garota. Quando terminamos ela caminha até o closet dizendo que pegará meu presente, apesar de eu ter dito que não precisa.

Ao voltar, suas mãos seguram uma caixa média clara com um laço azul escuro. Tenho que dizer, Luísa vestida com minhas blusas, cabelos soltos e sorriso nos lábios é a oitava maravilha do mundo.

– Olha, você não precisava ter comprado nada. Meu maior e melhor presente é você. – digo desfazendo o laço.

Um sorriso presunçoso aparece em seu rosto e eu engulo seco olhando os objetos que estavam ali. Havia uma polaroide, a que eu já havia dito que queria comprar mas nunca tinha tempo e alguns cadernos que encontrei em sua gaveta, há alguns meses.

– Deixa eu explicar os presentes. – Luísa se aproxima. – A polaroide é porque você ama tirar fotos e pode guardá-las como memória agora, Jazzy me disse que você estava louco com uma dessa; esses cadernos são como meus diários, escrevo-os desde a infância, ninguém nunca os leram a não ser a mim. Só que quero que você fique com eles porque tem muitas coisas que eu quero te dizer mas não sei como, apenas escrevi aí, desde que te conheci.

Eu estou sem palavras. Não é pelos objetos, é por sua atitude. Sei o que isso significa para ela, ainda mais depois de tudo o que aconteceu.

– Você tem certeza que quer que eu leia estes cadernos, meu amor? – pergunto calmo.

Luísa acena e lambe seus lábios, então senta-se em meu colo depois de tirar a caixa.

– Eu quero que você conheça minha história como você me deixa conhecer a sua. Só assim construiremos nossa própria história. – seus dedos estão em meus cabelos.

HER | FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora