Lady Havard arfou, depois encheu as maos com a cabeça emperucada de Prudhomme , levantando-a do peito.
__ E quanto aquela menina?
__ Clarissa ?
A voz de Prudhomme soou cheia de desprezo ao pronunciar o nome.
__ E apenas uma criança.
__ O que sabe ela de uma paixao como a nossa?
__ Entao e amor mesmo o que sente por mim?
Ela insistiu.
__ Claro!
Ele a tranquilizou.
Seus vultos se juntaram novamente , e pode se ouvir a reafirmaçao dele:
__ A noite sonho com voce , que voce e minha e nao precisamos mais de encontros furtivos, e acordo com seu nome em meus labios.
Como sonha esse homem, pensou Clarissa , e como encontrara tempo para enganar as duas damas?
__ Oh , Henry.
Lady Harvad nao se conteve .
__ Ja pensou se eu fosse sua e pudessemos nos abraçar assim todas as noites?
__ Nem fale .
Concordou , Prudomme , em tom apaixonado.
__ Dane - se seu narido seu marido por ter tao boa saude.
Clarissa precisou controlar para nao soltar uma exclamaçao ao ouvir mesmo refrao.
__ Agora deixe-me aproveitar esses poucos momentos que a tenho.
Prudhomme , ajuelhou -se subitamente , desaparecendo sob a saia esverdeada de lady Havard.
Sem enxergar direito ,mas percebendo pelos vultos o que havia acontecido, Clarissa começou a perguntar , meio sem pensar:
__ Que e aqulo ele...
Mowbray tapou-lhe a boca com a mao e , ja tendo conseguido se localizar, imediatamente puxou -a com delicadeza, conduzindo -a entre os arbustos , para que cruzassem o pequeno bosque.
Agarrando -se no braço dele para nao perder o equilibrio , Clarissa se voltou para olhar mais uma vez para os vultos de Prudhomme e lady Havard .
Como queria estar de oculos !
Embora nao tivesse ideia do que ele estava fazendo sob a saia dela, os gemidos que a mulher emitia eram muito sugestivos.
Eles finalmente conseguiram chegar ao outro lado do jardim , e Julian apressou-a a afastar -se dali.
__ Ceus o que eles estavam fazendo?
Ela perguntou curiosa e arfante quando Julian a fez parar em uma outra pequena clareira.
Mowbray ficou um tanto desconcertado e fitou-a enternecido.
__ Vou lhe explicar um dia , milady.
__ Nao e hora ainda.
__Por que ?
Ela insistiu.
___ Por que voce ainda e inocesnte de mais para entender certas coisas.
__ Ficaria muito constrangida .
__ E por que acho que devemos voltar para o baile.
Concluiu Julian , soando aliviado por encontrar outra desculpa.
__ Nem tivemos uma chance de dançar.
Clarissa protestou, refeletindo que , se era para se meter em apuros, poderia pelo menos ter dançado um pouco.
__ Fica para uma outra vez.
Julian gentilmente prometeu, sorrindo.
__ Temo que nao havera uma outra vez , milorde .
__ Lydia tem evitado estar onde o senhor possa aparecer.
__ So estamos aqui por que ela pensou que o senhor nao aceitaria o convite de Prudhomme.
__ Entao e por isso que nao consegui encontra -la em nenhum outro baile esta semana!
Julian disse baixinho , completando secamente:
__ Sua madrasta estava certa, normalmente eu nao viria a este baile.
__ Entao por que veio ?
Clarissa sustou a respiraçao depois de fazer a pergunta.
__ Por que sei que Prudhomme e seu pretendente e imaginei que voce viria.
__ De verdade?
Ela perguntou com um sorriso.
__ Sim, de verdade.
Clarissa sentiu que Julian sorria tambem.
Ele entao passou delicadamente os dedos sobre seus olhos , para que parasse de aperta-los e disse:
__ Eu tambem gostei muito de nossa conversa no baile de Morrisey e , desde entao , estava ancioso por reencontra -la.
Um largo sorriso iluminou o rosto de Clarissa , expressando todo o prazer que sentia diante de tais palavras.
__ So queria...
__ Me diga , o que voce quer?
Julian apressou-se a perguntar ao ve-la hesitar.
Clarissa encolheu os ombros , entristecida.
__ Queria que Lydia nao antipatizasse tanto com o senhor.
Ambos aproximaram -se do salao, pensativos e calados.
Julian parou e fez com que ela se voltasse para ele.
__ Talvez haja uma maneira de vontonarmos isso.
__ Que maneira?
Indagou Clarissa , em um misto de curiosidade e esperança.
Julian fitou -a em silencio, meneando depois a cabeça em assentimento , como se concordasse com a ideia que segurava o braço dela e disse:
__ Clarissa , se meu primo for procura -la nos proximos dias e se oferecer para leva -la a um passeio , tente envolver sua madrasta na conversaçao.
__ Seu primo?
Ela perguntou , indecisa.
__ Alexssander Greville.
Julian esclareceu.
__ Vou pedir a ele que a pegue.
__ Sua madrasta vai aprovar .
__ Ele saira com voce , e eu os encontrarei no parque.
Clarissa franziu o cenho , reconhecendo o nome.
__ Acho que ja nos conhecemos e e um pouco provavel que que ele concorde em me buscar , milorde.
__ Ele me contou sobre o encontro de voces.
__ Comtou?
Ela perguntou , ficando sem graça.
__ Contou , sim , mas nao se preocupe, conversei com Alexssander a respeito de sua visao.
__ Ele tera prazer em nos anudar.
__ Talvez tenha murmurou Clarissa em duvida.
Depois , mordendo o labio e olhando para o rosto borrado dele, perguntou em tom ancioso:
__ Ela nao e um libertino, e?
Ao sentir a hesitaçao de Julian , ela se apressou em explicar:
__ Pois essa e a razao de Lydia se opor a voce.
__ Apesar de que , no seu caso, tenho certeza de que ela esta enganada , mas se Alexssander for um...
__ Vai dar tudo certo.
Clarissa sentiu o coraçao acelerar , desenando acreditar nele, ao mesmo tempo nao acreditando que algo tao maravilhoso pudesse acontecer em sua vida.
Tivera muito poucas alegrias nos ultimos dez anos .
Promeiro a doença da mae eo terrivel caso com o capitao Fiejding...
Depois a mae morreu e enqunto ela ainda vivenciava o luto , o pai casou -se com a horrivel Lydia.
Desde entao a vida no campo havia sido um verdadeiro martirio, com Lydia fazendo questao de lembra -la de sua vergonhosa experiencia sempre que podia.
Era frequente acusa -la de ter precipitado a morte da mae com o escandalo que impusera a toda a familia.

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Duque Sombrio
Historical FictionInglaterra 1720 Amor Perigoso Julian Montefort, o duque de Mowbray , sabia que a bela e estabanada lady Clarissa Grambray poderia ser perigosa . Ela era na verdade , um desafio . Mas era exatamente o desafio que ele precisava... Clarissa sempre dese...