O quarto permaneceu por um momento em silencio, que foi quebrado por Julian ao comentar:
__ Kibbler comentou que ter comido so um pequeno pedaco da torta foi o que salvou.
__ Que bom que eu nao estava com fome .Clarissa brincou.
__ Voce poderia ter morrido .
O pai falou aparentemente aborrecido por ela nao estar levando a serio o caso.
__ Esse era , sem duvida , o plano .
Hadley assegurou.
__ Kibbler nao acredita que o veneno fosse suficiente para mata-la .
Disse Julian amenizando a situacao.
Segundo ele, mesmo que tivesse comido o pedaco inteiro seu estado seria um pouco pior.
__ Tinha veneno na torta?
Clarissa assustou -se .
Voces estao me dizendo que tentaram me envenenar?
Os tres homens entreseolharam -se e mantiveram -se novamente , dando um suspiro, Julian perguntou:
__ Clarissa , ja lhe perguntei isso antes:
Voce tem certeza de que nao ha ninguem querendo prejudica -la?
Sim , ela se lembrava de ele ter perguntado se ela teria inimigos .
A pergunta surgira tao naturalmente na convercacao depois de terem feito amor que ela nao dera maior importancia.
Entendia agora que ele ja estava preocupado que alguem quisesse lhe fazer algum mal.
Mas por que?
__ Nao , claro que nao.
Por que haveria de ter? Nunca fiz mal a ninguem em toda a minha vida.
Talvez estivessem tentando em venenar voce e eu comi por engano.
__Envenenar a mim.
Por que alguem tentaria me matar?
Clarissa rebateu pouco irritada.
__ Bem algum motivo deve haver .
Eu nem estava em casa .
Nao sou eu que descanso a tarde e , principalmente, por que a torta estava no seu quarto.
Clarissa sorroiu sem graca diante da logica do marido e entao comentou:
__ Entao ja faz algum tempo que voce esta desconfiado disso.
O que faz pensar assim?
__ Clarissa , voce sofreu inumeros acidentes depois que chegou a Londres.
__Ora, todos foram por causa da falta dos meus oculos.
Ela argumentou de pronto.
Clarissa teve a impressao de que Julian nao concordava com sua justificativa , mas ele nao vontestou.
Na realidade nao disse uma palavra.
E antes que Clarissa pudesse dizer qualquer coisa , Julian a beijou na testa e se levantou.
__ Preciso trocar uma palavra com Hadley .Volto logo.
Os dois homens deixaram o quarto e o pai tomou o lugar no lado da cama onde Julian estava sentado.
Sua atencao , porem estava voltada para outro lado da porta tentava ouvir a converssa que os homens estavam tendo ali.
Conhecendo o pai, Clarissa sabia que a vontade dele era participar daquela converssa, qualquer que fosse , mas estava relutante de abandona -la.
Ela entao tratou de libera-lo.
__ Pode ir papai , va se juntar a eles .
Quero mesmo me levantar .
Talvez o senhor possa pedir para minha criada subir e providenciar um banho.
__ Sim , sim querida.
Lorde Grambray imediatamente escapou aliviado .
Clarissa percebeu que houve uma pequena pausa na converssa quando ele se aproximou.
Logo o assunto foi retomado, mas o som das vozes foi se tornando mais distante a medida que os tres foram
Afastando do hall.
Balancando a cabeca, ela sentou -se na cama , com o pe para fora.
Havia tirado o vestido e colocado um penhoar antes que lhe ocorresse que nao tinha nada para ler no banho .
Tudo o que desejava era um bom banho depois do que havia acontecido mas tambem queria um livro para se distrair e aprender enquanto estava na banheira.
Apos alguma hesitacao Clarissa se encaminhou para a porta do quarto .Com sorte , atravasseria o hall sem ser vista e daria uma escapadela ate a bibliotaca para pegar um livro .
Sabia que tinha muito em que pensar, mas nao seria naquele momento.
Depois que tivesse relaxado no banho estaria bem melhores condicoes de refletir sobre tudo o que lady Mowbray e kibbler lhe haviam dito.

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Duque Sombrio
Ficção HistóricaInglaterra 1720 Amor Perigoso Julian Montefort, o duque de Mowbray , sabia que a bela e estabanada lady Clarissa Grambray poderia ser perigosa . Ela era na verdade , um desafio . Mas era exatamente o desafio que ele precisava... Clarissa sempre dese...