Capitulo 46.

2.7K 303 18
                                        

So de olhar Clarissa sentia vontade vontade de abraça -la e bastava abraça-la para querer mais.
Lamentava que faltasse pouco para chegarem a Mowbray e realmente não haveria tempo para acorda -la e testar uma outra posição para usarem nas longas viagens de carruagem.
Clarissa soltou um pequeno suspiro e Julian sentiu o coração revirar de novo.
Ela era adorável , pensou mão de leve pelo rosto delicado .
Ainda dormindo, Clarissa franziu o cenho , resmungou irritada e bateu a mão que a acariciava.
O peito de Julian sacudiu com risada que soltou e ela pareceu não gostar , batendo no peito dele para que parasse.
Sacudiu a cabeça , ele a abraçou os olhos por um momento ,mal acreditando na sorte que tivera.
Não poderia ter encontrado uma parceira melhor.
Naquele momento , a parte de cima do vestido que ela usava estava dobrada em sua cintura.
A saia também estava levantada e o corpo de Clarissa estava praticamente grudado ao seu graças ao suor que secara.
Mas ela estava preocupada com isso?
Protestava pelo estrago que imperiosamente ela havia feito em seu vestido ?
Não.
Clarissa não estava nem um pouco preocupada a ponto de adormecer sobre ele.
Julian sabia que não estava em melhores condiçoes , com as calças abaixadas ate o tornozelo e a camisa aberta , com metade dos botões faltando.
Mas tão pouco se importava com isso.
Pelo menos , não se importava ate que ouviu o grito do condutor ,avizando que ja estavam chegando .
Ele abriu as cortinas e , horronizado , viu que ja estavam subindo a alameda para Mowbray.
Tão chocado ficou de ja estarem chegando e ambos estarem tão desarrumados para encontrar quem quer que fosse que teve um sobressalto , deixando Clarissa escorregar para o chão sob uma profusão de saias.
__ Clarissa ! Me perdoe !
Desculpou -se assustado, abaixando novamente as cortinas e inclinando -se para ajudar a esposa que, sonolenta , se debatia para sair do monte de saias que a cobria.
Julian conseguiu suspende-la , mas o vestido rapidamente deslizou para o Chão.
Preocupado , sentou -a no banco a seu lado e abaixou -se para pegar o vestido e o entregou a ela , recomendando:
__ Ja chegamos.
Vista -se , seja rapida.
__ O que?
Ela perguntou confusa.
__ O que significa que ja chegamos em Mowbray?
Julian puxou a cortina para o lado para que ela visse, mas lembrou que sem os óculos , ela nada veria.
__ Estamos chegando.
Precisamos nos vestir depressa.
Clarissa não perdeu tempo com perguntas.
Imediatamente recolheu as peças de roupa do Chão e começou a vesti-las , tentando recompor -se.
Satisfeito de que ela tivesse entendido a urgência da situação , Julian voltou a atenção para seu próprio estado.
Levantou -se então e rapidamente ergueu as calças , caindo novamente sentado no banco quando a carruagem estancou.
Com presença de espirito , ele estendeu o braço protegendo Clarissa para evitar que ela escorregasse e caisse no chão novamente.
Com a parada brusca , entretanto , seus corpos foram progetados para frente e para traz , fazendo com que suas costas batessem com força no encosto do banco.
Lutando com varias saias do vestido , Clarissa murmurava sem para algo como:" droga"; debatia -se ainda mais para acabar de se vestir.
Julian esqueceu por um momento a própria roupa para ajuda -la , tendo de enfrentar uma enorme quantidade de tecido a procurar da cabeça dela.
Ele havia acado de ajuda -la a enfiar o vestido quando a porta da carruagem ao seu lado foi aberta.
Julian prontamente deixou Clarissa por conta propia e tratou de fechar a porta novamente.
Ao voltar -se para esposa, ela ainda lutava para se vestir as mangas.
Julian porem , preferiu acabar de se ajeitar ,porem preferiu acabar de ajeitar as calças e abotoar o que restava de botoes na camisa.
Uma vez arrumado , viu que a esposa tambem terminara de se vestir e tentava desamarrotar a saia.
__ Estou direita?
Sera que eles vão perceber o que aconteceu.
Julian mordeu o lábio, achando melhor não contar -lhe que seus cabelos estavam absolutamente despeiteados e , juntamente com seu vestido amassado e rasgado , dariam definitivamente muito o que falar.
Pigarreando , optou pela via do cavalheirismo e mentiu:
__ Ninguem vai imaginar coisa alguma.
__ Ainda bem.
Ela suspirou aliviada e , antes que ele pudesse proferir qualquer outra palavra , abriu a porta , quase matando o mordomo que, aparentemente , estava pronto para abrir a porta da carruagem para recebe -los .
Por sorte , apesar de sua idade , Kibble logo levantou -se e conseguiu se manter em pé.
Mal teve tempo de se equilibrar , porem teve que amparar Clarissa que, pisando na barra do vestido , praticamente caiu da carruagem.
Ela aterrisou no peito do mordomo soltando um grito de susto.
Depois procurou firmar os pés e levantou o rosto, estreitando os olhos para fita-lo .
O mordomo , por seu lado , deu um passo para trás com impacto , mas não deixou de observar bastante horrorizado os labios de sua nova senhora marcados por beijos, o cabelo desalinhado e a roupa toda marrotada.
Com raiva de si mesmo por não ter se apressado em descer da carruagem primeiro para ajudar Clarisssa , Julian saltou para fora assim que ela saiu.
Pegou -a então pelo braço e afastou -a do mordomo .
Puxando -a para junto do peito , passou o braço em torno dos ombros dela, encarando orgulhosamente os criados que também haviam saído para serem apresentados a nova senhora.
__ Clarissa , este é o pessoal da casa.
O cavalheiro que impediu que você caisse é nosso mordomo , kibble.
__ Ola , Kibble, obrigada por não me deixar cair de cara no Chão.
Disse Clarissa ,cheia de constrangimento e sorriu para o Senhor grisalho.
__ Foi um prazer ajuda-la milady.
Retrucou Kibble em uma rara demonstração de charme e dgnidade.

Duque Sombrio Onde histórias criam vida. Descubra agora