Capitulo 26.

2.8K 318 21
                                        

Clarissa largou a cabeça de Julian se agarrou na cama e nos lençoes, sentindo tudo a sua volta girar.
Teve então uma vaga consciência de que seus quadris agiam naquele momento por conta propia, movimentando -se para cima na ansia de receber mais beijos e mais caricias.
__ Oh...
Clarissa vislumbrou as sombras da vela projetada no teto, mas toda a sua concentração estava voltada para as sensaçoes que estava descobrindo.
__ Oh...Entendi agora por que nasciam tantos bebês.
__ Oh...Julian lhe parecia o homem mais inteligente da Inglaterra, talvez do mundo.
__ Oh ... De repente o desenho do umiverso passou a fazer sentindo.
__ Oh... O que seria o cheiro de fumaça que estava sentindo?
Clarissa aguçou os sentindos , tentando desprender -se da paixao que toldava a mente naquele momento.
Inspirou profundamente e, sem duvida , havia acendido , mas , pelo pelo circiculo de luz que conseguia ver, aparentemente não era dela que se desprendia a fumaça.
Talvez fosse imaginação sua, mas era difícil pensar no quer fosse quando tudo o que desejava era se deixar levar pelo prazer que sentia , pouco se importando com a causa daquele cheiro.
Soltou a mão que apertava os lençoes e enfiou as mãos nos cabelos de Julian
incentivando-o a satisfazer o desejo de seu corpo.
Receosa de machuca -lo em razão de seu estado de excitação e insensatez , soltou novamente os cabelos dele e voltou a agarrar a cama , enquanto seus quadris continuava a se mover à medida que a tensão de seu corpo aumentava .
Suas mãos apertavam os lençoes , sua cabeça girava em um turbilhão , quando seus lábios de Julian tocaram o centro de sua excitação.
Seu corpo vibrou na cama , sentindo cada um de seus poros latejar.
Com a respiração acelerada ela soltou um suspiro e tossiu ao respirar a fumaça.
Tentando desesperadamente pensar, passada a excitação que a assaltara, Clarissa procurou erguer -se um pouco e olhar ao redor do quarto .
Seus olhos detiveram -se na porta .
Parecia haver uma claridade no vão proximo ao chão e por ele penetrar uma grossa camada de fumaça.
Instintivamente mexeu na cabeça de Julian , mas ele segurou-lhe as duas mãos e prensou com o peso do corpo as pernas dela para continuar o que estava fazendo.
__ Julian !
Ela chamou -o arfando, mas determinada.
Fogo...Oh... Queimando!
__ Estou queimando por voce também.
Ele levantou a cabeça por um segundo apenas para responder e continuou a acaricia -la , decidido que estava a enlouquecendo de prazer.
__ Nao...Oh...não.
Clarissa tentou mais aviza -lo , lutando para condeguir livrar suas mãos, mas Julian continuava a prende -las .
Finalmente, conseguindo liberar uma das maos , ela o puxou com força pelos cabelos.
Com os olhos fixos na luz sob a porta , Clarissa mais uma vez gritou:
__ "Fogo"!, mas sentiu novamente a tensão começar a se apoderar de seu corpo , crescendo em novas ondas intermináveis de prazer até se tornar uma massa tremula e frágil jogada na cama.
Julian finalmente levantou a cabeça e , embora com a mente entorpecida , Clarissa percebeu o movimento dele para deitar 'se a seu lado .
Ele a abraçou seu corpo inerte , beijou sua testa depois franziu as sombrancelhas , aspirou o ar , levantou a cabeça , aspirou novamente o ar e perguntou:
__ Não esta cheiramdo fumaça?
__ Esta sim .
Clarissa suspirou, com um sorriso nervoso no rosto.
__ Acho que a casa esta pegando fogo.
__ Oque?!
Julian exclamou , e ela foi subtamente deixada de lado;
Ele se levantou e correu ate a porta .
Tentou abri-la uma vez, depois forçou -a com as duas mãos , mas não fez qualquer diferença .
Como nao conseguisse , colocou a mão em sua superfície, praquejou e retornou rapido ate a cama.
__ Por que você não me avisou?
__ Mas eu tentei disse Clarissa , constrangida.
Disse fogo , que algo estava queimando e tentei empurrar sua cabeça.
__ Oh! E verdade .Pensei que voce...
Deixa isso para la.
Julian deu uma olhada para janela , pegou então a mão dela e puxou -a para fora da cama.
__ Vamos , temos que sair daqui.
Clarissa levantou -se e quase desmontou no chão.
Julian segurou -a .
Preocupando -se:
__ Oque voce tem?
__ Estou com as pernas moles.
Me de um minuto.
Ele hesitou por um instante , depois tomou -a nos braços e a carregou ate a janela.
__ O que você esta fazendo?
Clarissa perguntou surpreza.
__ A porta esta muito quente , sinal de fogo esta logo ali.
Precisamos sair pela janela.
__ Meu Deus!
Clarissa exclamou assustada quando ele a colocou no chão e debruçou -se na janela afim de olhar para fora .
Ela não tinha boa coordenação.
Mesmo com os óculos , ja era meio desajeitada .
A ideia de tentar sair pela janela não lhe agradava nem um pouco.
__ Nao se preocupe , vou ajuda -la .
Julian procurou tranquiliza -la , colocando uma perna para fora da janela e sentando -se no peitoral.
Em seguida , ele esticou ods braços e sumiu de vista.
Clarissa se aproximou da janela e olhou para fora.
O lado positivo e que não conseguia enxergar a altura em estava.
Odiava alturas.
O lado negativo e que não consegiu enxergar nada.
Sentiu então Julian tocar sua mão.
__ Segure minha mão.
Vou ajuda -la.
__ Esta bem .
Clarissa respirou fundo e pegou a mão dele .
Segurando -a firme , sentando -se de lado no parapeito, tentando tirar uma perna para fora, como ele havia feito , mas achando que a camisola tolhia seu movimento.
Depois de uma pequena hesitação Clarissa ponderou que Julian ja tinha visto o que havia sob a camisola e levantou -a ate as coxas para conseguir se movimentar melhor.
Tentou então ver o que Julian estava fazendo e conseguiu vislumbrar sua silueta , graças a camisa branca que ele usava e que constava com a escuridão do céu e das arvores ao redor .
__ Basta dar um impulso para frente e eu a porei neste galho .
A voz de Julian soou calma e confiante .
Clarissa fez o possivel para concentrar -se nisso e ignou seus medos.
Tirou então a outra perna para fora da janela se projetou para frente.
Por alguns segundos , suspensa no ar, pareceu -lhe não conseguir nem sequer respirar .
Julian puxou -a para si e ela gemeu ao bater no galho em que ele estava sentado.
Começava a escorregar para baixo e, por um momento , teve a impressão de que fosse cair , mas Julian a puxou , segurando -a firme a seu lado.
Ela ficou pendurada ente ele e o tronco da árvore e nada além do ar dob seus pes.
Julian hesitou um pouco e depois resolveu:
__ Vou abaixa -la ate o chão.
__ E melhor não.
Clarissa murmurou , agarrando -se ao braço dele.
__ o chão esta proximo , Clarissa .
Não estamos tao alto assim.
Depos que você descer , eu pulo e caio a seu lado.
Clarissa mordeu o labio e abaixou a cabeça para avaliar a distancia.
__ Você tem certeza de que não e muito alto?
__ Juro que não.
Seu quarto fica apenas no segundo andar, Clarissa , esse galho é ainda um pouco mais baixo .
Na hora que eu abaixa -la seus pes quase tocarão o chão.
__ Esta bem, mas por favor nao me deixe cair.
Ela implorou , medrosa.
Em vez de abaixa -la .
Julian a levantou para beija -la no rosto.
__ Não posso deixa -la cair , você e muito preciosa demais para mim..
Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Julian curvou -se um pouco para faze-la começar a descer .
Clarissa agarrou -se a mão dele e fechou os olhos , certa de que era prsada demais para que ele aguentasse, sem deixa -la cair.
__ Você esta pertinho do chão agora, meu amor .
É so se soltar e pular.
__Sera que consigo?
__ Desconfio que sim.
A segurança da voz de julian finalmente fez com que ela se decidisse .
Armada de coragem , Clarissa soltou a mão dele ,  mal começou a cair , aterrisou de supetão.
Realmente devia estar a menos de um metro do chão.
Clarissa suspirou aliviada.
__ Ela esta aqui!
O alivio esvaiu -se no mesmo instante em que ouviu o debil comentario.
Clarissa assobiou em direção a voz e teve a impressão de ver a figura de um dos criados em um dos cantos da casa.
Mordendo o labio nervoza, ela olhou para cima onde Julian ainda estava suspenso.
Tentou chama -lo baixinho , mas precisava ser ouvida.
Ele fazia barulho chacoalhando os galhos na tentativa de soltar a camisa que se prendera em um deles e , ao mesmo tempo blasfemava irritado por isso.
__ Julian !
Insistiu.
__ Um minuto, amor .
Ja , ja estarei com voce.
Clarissa tornou a olhar para o canto da casa e viu o criado que vinha correndo em sua direção.
E atraz dele, vinha todo pessoal da casa.
E atraz deles , metade dos moradores daquele quarteirão.
Todos correndo para ver se ela estava a salvo.
Clarissa contemplou aqueles rostos borrados que se aproximavam , sem de dar conta das palavras de alivio que pronunciavam.
Entao Julian caiu de pé na sua frente, bloqueando -lhe a visão.
__ Viu? Até quesa sai bem , nao foi?
Ele perguntou , passando o braço em seus ombros e curvando -se para beija -la nos labios.
__ Lorde Mowbray!
Julian ficou petrificado por um instante , depois endireitou o corpo vagarosamente e virou -se para encarar a multidão ao redor deles.
Ao voltar novamente para ela , Clarissa sentiu que ele a mediu com os olhos e teve um subito arrepio.
Deu-se conta então que sua camisola continuava desaboatoada , revelando seu colo desnudo aos ali presentes.
Mordendo o labio ela desajeitadamente tratou de botoar a camisola e voltou a olhar para Julian que agora estava absorto em seu propio estado de semi nudez.

Duque Sombrio Onde histórias criam vida. Descubra agora