__ Peço desculpa por sua noite acabar mais cedo por causa do meu cabelo.
Disse Clarissa quando a carruagem começou a se movimentar.
Uma risadinha escapou dos labios de Julian.
__ Você não tem de pedir desculpa alguma , afinal fui eu o principal responsável pelo estrago.
__ Isso e verdade!
Disse Clarissa , concordando com a cabeça , mas não parecendo nada aborrecida com isso.
Dando um sorriso timido ela, perguntou então:
__ Foi sincero o quê o Senhor disse?
__ Quando?
__ Que não e para evitar o escândalo que ira se casar comigo?
Julian sorriu .
Clarissa tinha o semblante carregado e apertava muito os olhos na tentativa de ve -lo melhor.
Era evidente que se sentia insegura e que sua resposta era muito importante para ela.
__ Estar casado com você e oque eu mais quero , querida.
Ela abriu um largo sorriso que ilumimou o seu rosto tal qual o sol que brilha após uma tempesdade.
Julian sentiu um no na garganta.
__ Então por que não me beija para selarmos nosso compromisso?
Nulian se derreteu diante de a pergunta tão direta, mal acreditando no que ouvira:
__ O que?
__ Adoro quando você me beija.
Clarissa explicou .
E não me importaria nem um pouco se você quisesse me beijar agora.
__ Melhor não.
__ Por que ?Voce não gosta de...
__ Claro que gosto!
__ Então por que não me beija?
Julian franziu a testa.
__ Essa é uma pergunta que a maioria das mulheres não fariam.
__ Eu não faço parte dessa maioria .
Alem disso, meu pai sempre diz que quem não pergunta nunca ficara sabendo.
E eu quero saber.
Por que o Senhor não me beija se é o que nos dois desejamos?
__ Por que , se eu a beijar , vou querer tocar em você.
__ Eu gosto quando você me toca.
Clarissa nao hesitou em dizer.
__ Só que se eu tocar em você.
Julian completou.
__ Vou querer fazer amor com você.
__ Acho que também vou gostar.
Julian levantou a sombrancelha.
__ Você acha que vai?
__ Bem...
Clarissa hesitou por um momento, mas resolveu perguntar:
Não foi amor que o Senhor fez comigo na noite do incendio?
__ Não!
Respondeu Julian , em tom hostil ao lembrar daquela noite.
Por um lado , parecia ter acontecido ha muito tempo;por outro , era como se tivesse sido um minuto atrás.
Ainda tinha na boca o gosto dos beijos dela e quase podia sentir o clamor do corpo se mexendo ao toque de suas mãos.
Céus , estava tendo uma nova ereção só de lembrar.
Estava claro que ele não tinha autocontrole algum quando Clarissa estava por perto.
__ Não foi?
Clarissa estranhou .
__ Então o que foi o que fizemos?
__ Foi...foi ...
Julian não sabia por onde começar.
__ Sim , foi mais ou menos .
Mas não foi...
Julian fez uma pausa e dirigiu um olhar terno para ela.
__ Será que ninguém explicou essas coisas para voce?
__ Nao!
Clarissa balançou a cabeça e encolheu os ombros .
__ Não se preocupe , milorde .
Não precisa falar sobre isso se não sente a vontade.Tenho certeza de que Lydia vai me explicar tudo no dia do casamento.
Julian sentiu -se horrorozado ante essa possibilidade.
Aquela mulher faria terrorismo com Clarissa, contando -lhe historias que a encheriam de medo e ansiedade.
A noite de nupcias acabaria sendo um pesadelo se ele tivesse de passar acalmando -a e confortando -a .
Não poderia permitir que coubesse a Lydia explicar a Clarissa os detalhes do que se passava entre um homem e uma mulher .
Outra pessoa teria de faze-lo.
__ Vou pedir a minha mãe que conversse com você.
Julian decidiu .
__ Se Lydia tomar a iniciativa , diga a ela que não há necessidade e não ouça nada do que ela tenha a dizer.
__ Ah, não.
Disse Clarissa , balançando a cabeça resoluta.
__ Ficaria muito sem-graça de converssar com sua mãe sobre essas coisas .
Alem disso, seria um insulto para Lydia se eu não a deixasse falar.
Sabe , começo a pensar que ha motovos para se ter pena de Lydia do que para não se gostar dela.
__ Não vou deixar que ela a assuste com historias de sangue e dor e...
__ Fazer amor causa sangue e dor?
Clarissa perguntou assustada.
__ Não , claro que não.
Disse prontamente Julian ,com raiva de si mesmo por falar demais.
__ Por que disse isso então?
Há ou não ha sangue e dor ?
__ Você não quer é que eu saiba!
__ Droga!
Julian resmungou.
Clarissa estava visivilmente ansiosa, e ele não sabia como consertar a situação.
__ Clarissa...
Julian começou a falar , mas foi interrompido por ela.
__ Não , milorde , você não pode me enganar.
Preciso saber a verdade , mas não quero lhe causar qualquer desconforto.
Perguntei a Lydia quando ela e meu pai voltarem para casa .
Talvez isso até nos aproxime e possamos nos tornar amigas.
Por Deus !
Julian endireitou o corpo e disse com firmeza:
__ Não permito que você fale com Lydia.
__ Ainda não somos casados , milorde .
Não preciso que me permita o que quer que seja.
Julian arregalou os olhos diante do pouco caso dela a uma ordem sua.
__ Você pretende me desobedecer e me desafiar dessa maneira quando estivermos casados?
__ Receio que sim.
Clarissa admitiu , quase que se desculpando , e então acrescentou:
__ Mas não e para desafia -lo , é so quando não concordar com o que você me pede.
Julian soltou uma gargalhada, e Clarissa o encarou, curiosa.
__ Você não esta zangado comigo?
__ Não.
Disse Julian rindo .
__ Na verdade , desconfio que muitas poucas mulheres tenham a intenção de obedecer ao se casarem.
So achei graça de você admitir com tanta franqueza.
__ Ora, tento sempre ser honesta , milorde.
__ Certo .
Julian suspirou e endireitou os ombros.
__ Se eu mesmo lhe contar , você me promete que não vai permitir que Lydia assuste?
__ Proneto.
__ Muito bem, então vou pensar na melhor maneira de explicar tudo para você.
Ele recostou -se e refletiu por onde deveria começar .
Pensou... e pensou e pensou.
__ Milorde, não vai me dizer nada?
Julian suspirou constrangido e balbuciou:
__ Estou pensando.
E estava mesmo quebrando a cabeça.
Não cabia ao homem explicar sexo a uma donzela.
Mas se não o fizesse , tinha certeza de que Lydia transformaria sua noite de nupcias em um tormento.

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Duque Sombrio
Tarihi KurguInglaterra 1720 Amor Perigoso Julian Montefort, o duque de Mowbray , sabia que a bela e estabanada lady Clarissa Grambray poderia ser perigosa . Ela era na verdade , um desafio . Mas era exatamente o desafio que ele precisava... Clarissa sempre dese...