__Peca socorro
Exaltou-se Julian esfregando com a mao tremula o rosto de Clarissa.
__ Pois nao , milorde.
Frederick comecava a se dirigir a porta de comunicacao mas Julian o chamou de volta , ao ver oque bloqueava a entrada da outra.
__ Tire aquela cadeira que esta travando a porta e se apresse para obter socorro .
O olhar de Julian percorreu o resto do quarto , mas tudo parecia em ordem e nao havia ninguem mais la.
Frederick deixou a porta aberta ao sair e Julian pode ouvi-lo gritar pedindo socorro ao descer as escadas .
Na esperanca de que o socorro chegasse logo , Julian voltou a examinar o rosto da esposa.
Deitada na cama , ela parecia tao pequena e fragil ...
Ele a pegou no colo , abracando-a contra o peito.
Nao conseguia ficar olhando para aquele rostinhos sem vida.
Ela parecia mal respirar, e a ideia de que ela pudesse morrer o deixou apavorado.
Nao suportaria perde -la .
Clarissa era importante de mais , era tudo em sua vida.
Bom Deus, ele a amava tanto que preferia morrer a viver apenas de lembrancas dela.
__ Fique comigo, Clarissa.
Julian murmurou , acariciando -lhe as costas.
Nao me deixe . Preciso de voce meu amor.
_Milorde?
Julian olhou para porta e viu Kibbler entrar.Atraz do mordomo , estavam o pai de Clarissa e varios criados.
__ Frederick disse que milady nao esta bem.
O que houve ?
Kibbler perguntou , dando a volta na cama e parando ao lado do lugar que Julian estava sentado, carregando Clarissa.
__ Nao sei .
Ela esta muito palida e nao quer acordar.
Julian explicou , com a voz em frangalhos.
__ Deixe -me ve-la.
Disse Kibbler.
Jon Grambray tambem se aproximou pelo outro lado.
Julian a deitou novamente Clarissa com a maior delicadeza , e os tres homens debrucaram -se sobre ela .
__ Meu Deus , ela esta com uma palidez mortal!
Disse lorde Grambray, alarmado.
__Ela esta quase cinza .
A Sra.Longbottom comentou assustada, unindo -se aos tres.
Kibbler levantou entao as palpebras de Clarissa, examinando os olhos dela e se curvou para cheirar -lhe o alito.
Julian observava as acoes do mordomo como se estibesse anestesiado ate que ele se endireitou o corpo .
Seu semblante demonstrava todo o panico que sentia , deixando Julian ainda mais assustado.
__ Precisamos faze -la vomitar.
Ela foi envenenada.
__ Oque?
Lorde Grambray e Julian disseram ao mesmo tempo , mas Kibbler nao estava ouvindo , sua atencao estava toda voltada para a mesa -de cabeceira onde havia um pedaco de torta meio comido.
Ele abaixou -se entao para cheira -lo e apertou os labios.
_ A torta esta envenenada.
__ Mas todos comemos um pedaco de torta na noite passada.
Julian o contradisse.
__ Nao deste pedaco afirmou , olhando em volta .
Preciso de alguma coisa para emfiar na garganta dela.
__ Oque?Julian alarmou -se .
Impacientando -se , Kibbler sugeriu:
__.Talvez voce e lorde Grambray devam sair.
__ Nao senhor , vou ficar.
Julian protestou.
__ Entao tente salva -la , se puder.
Kibbler decidiu , dirigir -se a porta.
__ Nao , Kibbler , por favor , volte aqui!
Precisamos de sua ajuda.
Julian disse seco.
__ Entao voce tem que sair .
Nao posso ajuda -la com voce me interrompendo e questionando cada movimento meu .
Ordenou Kibbler , retornando.
__ Voce esta me atrasando e so vai me atrapalhar.
Vendo que Julian hesitava em seu desespero de que Kibbler pudesse ajudar Clarisse ea relutancia em deixa -la Jonhn Grambray pegou-o pelo braco.
__ Vamos , ele esta certo , e melhor nao ficarmos aqui.
Vamos descer para nao atrapalhar.
__ Mas se ela ...
Julian comecou a dizer , completantando em seu pensamento :Ela morrer?, nao ousando terminar a frase.
__Um dos dois tem que sair milorde ou voce ou eu .
Kibbler disse , impassivel, e Julian sentiu nos ombros o peso da derrota.
__ Vou chama -lo assim que houver qualquer mudanca.
Kibbler prometeu , suavizando a atitude diante a concessao de Julian.
Julian assentiu com a cabeca e seguiu lorde Grambray , saindo do quarto.
Os dois homens mantiveram -se calados , de ouvidos atentos as instrucoes que Kibbler dava aos outros criados como um sargento.
__ Ela ficara bem .
Lorde Grambray procurou tranquilizar seu genro, sem conseguir disfacar o medo na voz.
Clarissa era filha unica , fruto de seu amor com Margareth Grambray .
Era natural que estivesse tao preocupado quanto Julian.
Forcou-se a dar uma resposta igualmente gentil, Julian conduziu o sogro ate o salao , imaginando que, enquanto aguardavam , um gole de brandy faria bem aos dois.
Empurrou entao a porta e deixou lorde Grambray entrar primeiro.
Tao logo pisou no salao , deu com Lydia calmamente instalada no sofa , com o rosto sbsolutamente desprovido de qualquer expressao.
__ Entao , o que Clarissa aprontou desta vez?
Colocou fogo nesta casa tambem?Ou sera que atropecou e machucou o dedinho do pe e quebrou a unha da mao?
Lidya perguntou em um tom sarcastico.
Julian sentiu o sangue ferver nas veias, mas foi Jonhn Grambray quem tomou a iniciativa de responder.
Parando ao lado de Julian , ele olhou para a esposa com total desprezo e gritou.
__ Ela foi envenenada e, como sei que voce e a unica pessoa que odeia a ponto de fazer tal coisa , nao seria tao arrogante , pois e voce quem vai para a forca se ela vier a morrer.

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Duque Sombrio
Ficção HistóricaInglaterra 1720 Amor Perigoso Julian Montefort, o duque de Mowbray , sabia que a bela e estabanada lady Clarissa Grambray poderia ser perigosa . Ela era na verdade , um desafio . Mas era exatamente o desafio que ele precisava... Clarissa sempre dese...