__ Sei do meu carater.
__ Por isso não aguento quando cochicham atrás dos leques para que eu ouça .
__ Preferia que falassem na minha cara , para que eu pudesse me defender , mas , fora isso , nunca realmente me incomodou o que os outros pensam, com exceçao daqueles a quem quero bem.
Julian apertou a mao que repousava em seu braço e depois fez com que Clarissa parasse , dizendo:
__ Aqui estamos.
Clarissa voltou -se e estreitou os olhos , estreitou os olhos, tentando visualizar melhor a pequena clareira para onde ele a levara .
No chao , havia um grande quadrado de diferentes cores e padroes , uma colcha talvez , parecendo haver diferentes itens sobre ela.
__ Um piquenique ?
Ela arriscou, em duvida.
Julian riu e a fez sentar -se em um dos cantos da colcha.
__ Sim.
___ Lembrei -me que voce disse que sua madrasta nao a deixa comer e beber em publico , em ocasioes como esta, e não quero que passe nem fome e nem sede.
__ Dei então um jeito de remediar a situação.
__ Espero que goste do eu trouxe.
Clarissa ja nao enxergava direito e , para complicar ainda mais sua visão , ficou com os olhos cheios de lagrimas , percorrendo assim , quase sem ver, o olhar por todos os intens a sua volta.
Imensamente comovida com tanto carinho e consideraçao , Clarissa so poderia achar Julian o mais doce dos homens.
__ E...
Ele mostrou alguma coisa de cor clara, levemente florida.
Clarissa piscou, confusa.
__ Seu babador , milady .
Disse brincando.
__ Para evitar qualquer incidente que possa nos denunciar .
__ Faça de conta que sou um de seus criados e use-o.
__ Posso ajeita -lo para voce?
Clarissa não podia acreditar em mais aquele gesto atencioso .
Entre lagrimas e risos , concluiu que Julian era mesmo maravilhoso.
__ E um babador improvisado.
Continuou Julian , colocando um enorme guardanapo em torno do pescoço dela.
__ Mas foi o que de melhor encontrei para que não haja risco de sujar sua roupa.
__ Obrigada.
Clarissa agradesceu , observando Julian tambem se acomodar na colcha.
__ Esta tudo perfeito e estou faminta.
__ Vamos comer então.
Ele propos satisfeito dissertando sobre o cardapio.
__ Temos frango assado, presunto , queijo , pao , geleia. , frutas e vinho.
O clima entre eles não poderia ser melhor.
Comeram ,converssaram e riram muito.
Clarissa tinha a sensação de aquele estar sendo o momento mais feliz de sua vida.
Ja haviam terminado de comer a algum tempo; ela ria de uma história quê Julián acabara de contar sobre os problemas com um antigo mordomo muito briguento, quando percebeu que ele endireitava e levantava a cabeça para olhar sobre seus ombros.
Ambos pararam rir e vulto rosa palido se aproximou deles.
Clarissa deu -se conta de que era Mary antes que jovem dissesse,quase se desculpando:
__ Sua mae pediu que viesse lhes dizer que Clarissa precisa entra agora.
Por um momento fez-se silencio entre eles , rompido entao por Julian.
__ Vou leva -la imediatamente.
__ Agradesço a minha mãe , muito obrigado a voce tambem , Mary , pela ajuda desta noite.
__ Fico contente que tenham aproveitado.
__ Voce tem tido muito pouca distraçao, primo.
Mary deixou-os em seguida.
Clarissa voltou -se para Julian, com pena de que aqueles momentos chegassem ao fim.
Ficaram ambos calados .
Ele levantou -se e estendeu-lhe a mão para que também se levantasse.
Ao chegarem perto da porta onde haviam se encontrado , ela o encarou , seria.
__ Obrigada , milorde , adorei o piquinique.
__ Nao me divertia desde que ...
__ Bem , desde a ultima vez que nos vimos.
__ Sinto -me muito afortunada por ter um amigo como o Senhor.
Ela percebeu que Julian enrijeceram o corpo ante suas palavras, mas a reaçao dele logo ficou clara ao externar seu desapontamento:
__ Um amigo, Clarissa ?
__ É assim que voce me vê?
Ela sentiu -se corar e abaixou a cabeça murmurando:
__ Nao quis ter a pretençao de achar que seu....
Julian interroupeu as palavras dela, colocou a mão em seu queixo para levantar -lhe o rosto e , sem que esperasse , cobriu -lhe a boca com a sua.
Clarissa ficou imobilizada ao contato dos labios dele, que deslizaram suaves , mas firmes sobre os dela , em uma caricia gentil e intensa .
Ela entreabriu ligeiramente os labios num suspiro, possibilitando que ele introduzisse a lingua em sua boca.
Alarmada , Clarissa congelou por um momento diante de tal intrusao, sentindo -se tensa .
O movimento da lingua de Julian dentro de sua boca, porem , era tao delicado e tao doce que seu corpo relaxou e seus labios se entreabiram um pouco mais em total entrega .
Apesar de ter se casado Clarissa nunca havia experimentado.
Sentia agora o prazer e a excitação percore-lhe o corpo .
Agarrada aos braços dele para manter o equilibrio , de inicio ela somente se deixou beijar, correspondendo depois com igual ardor.
Julian soltou um gemido e suas mãos deslizaram pelo corpo de Clarissa, precionando-a contra seu propio corpo enquanto seus labios continuavam exigindo beijos cada vez mais profundos.
Clarissa passou em torno dobpescoço dele, quase o estangulando -o na tentativa de te-lo ainda mais junto de si.
Ela sentiu uma das maos de Julian descer por suas costas, apertando -a ainda mais ate que ela roçou em uma parte enrijecida do corpo dele , sem que , naquele momento , se desse conta do que era.
Entao , de repente , ele a soltou e afastou-se.
Clarissa o fitou as cegas , consciente de quecestava arfando.
Levou um minuto para perceber que a respiração de Julian estava acelerado tambem.
Com a voz rouca , Julian finalmente disse.
__ E melhor voce entrar agora.
Abriu a porta e licadamente passou a mão na cintura dela para que ela entrasse , tomando cuidado para manter uma certa distancia entre ambos; caso contrario , nao conseguiria resistir a tentaçao de abraça -la outra vez .
Prometeu entao:
__ Logo a verei novamente.
Clarissa ouviu a porta ser fechada e soltou um longo suspiro

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Duque Sombrio
Ficção HistóricaInglaterra 1720 Amor Perigoso Julian Montefort, o duque de Mowbray , sabia que a bela e estabanada lady Clarissa Grambray poderia ser perigosa . Ela era na verdade , um desafio . Mas era exatamente o desafio que ele precisava... Clarissa sempre dese...