Capitulo11.

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Clarissa sabia do ressentimento que Lydia sentia por ela e que aculpava pelo pai evitar ir a Londres .
Infelizmente , tinha de concorda que Lydia tinha razao.
A madrasta a detestava por isso , pois havia perdido varias temporadas em Londres e nao fazia segredo de que nao via a hora de livrar -se dela.
Clarissa tambem sabia no que dependesse de Lydia ela faria tudo para que estivesse amarrada ao odioso Prudhomme pelo resto da vida.
E devia saber muito bem que horror o homenzinho era.
Desconfiava que por algum tempo os dois tivessem sido mais do que amigos como as atuais circunstancias mostravam.
Ela se perguntava se Prudhomme eveltualmente nao teria tambem jurado amor eterno a Lydia e praquejando contra a boa saude de seu pai .
Nao iria surpreende-la nem um pouco.
__ Clarissa!...Clarissa!
A voz de Lydia cortando a noite quase a fez gritar de susto.
Embora proximos do salao, ainda estavam na trilha que circundava o bosque e puderam uma vez mais infiltrar -se entre os arbustos.
__ Psiu...
Julian sussurrou baixinho quando ela abriu a boca para desperdir-se dele enquanto ainda dava tempo.
__ Va !Ela nao me viu.
__ Nao mencione meu nome.
__ Diga simplismente que voce saiu para tomar um pouco de ar fresco .
__ Esta bem.
Clarissa sussurrou.
__ E nao se esqueça do acordo com meu primo.
Alexssander Greville vai procura -la amanha.
Sussurrando um boa -noite para Julian , ela reapareceu na trilha e começou a dar alguns passos hesitantes em direçao a voz da madrasta .
Julian aguardou ate que a Lydia e Clarissa entrassem na casa para sair do bosque .
Nao quis mais voltar ao salao .
Seguiu pela lateral da casa ate chegar ao patio da frente e solicitou sua carruagem .
Ja no veiculo , isntruiu o cocheiro para leva -lo a um dos clubes de jogatina de pior reputaçao na cidade, na certeza de que encontraria Alexssander por la.
Como esperado , Julian encontrou o primo jogando e achou graça do choque que ele levou ao ve -lo .
__ Julian!
Reagiu Alexssander surpreso , ao sentir um tapinha no ombro e se voltar para ver quem era.
__ Pensei que nunca mais o veria por aqui.
__ Desde que voce voltou da guerra , parece que abdicou desse tipo de divertimento .
__ Junte -se a nos, sente -se aqui.
Ele propos visivilmente contente de ter o antigo parceiro de volta.
Julian hesitou , depois sentou -se , pouco a vontade para falar sobre a razao de estar ali na frente de todos.
Sabia , porem , que se ousasse tirar Alexssander do jogo, dificilmente teria a ajuda pretendida .
Conformado em passar algumas horas naquele ambiente enfumaçado e vicioso , teve ainda de ignorar os olhares curiosos para sua cicatriz e ficou repassando mentalmente os argumentos que usaria para convencer o primo tao logo saissem dali.
__ Voce deve estar louco !
Alexssander exclamou.
A saida daquele antro infernal , Julian havia convidado o primo para um drinke e , finalmente , fez o pedido ao leva -lo em sua carruagem para casa duas horas mais tarde.
Julian estranhou a reaçao de Alexssander .
Nao era a que esperava .
Apos ter explicado suas razoes , estava certo de que ele entenderia e seria mais colaborador.
__ Por que louco?
__ Por que e uma loucura achar que eu de bom grado me exporia a esse perigo.
Alexssander disse rindo , ao entrarem na casa e dirigir-se a biblioteca .
__ O que sera de meus herdeiros , se e que vou te-los , caso a desastrada provoque novamente um acidente?
Julian balançou a cabeça em desaprovaçao enquanto Alexssander jogava -se em uma das poltronas de couro ao lado da lareira .
Julian encaminhou -se para uma mesinha giratoria onde havia copos e uma garrafa de wisque.
__ Estamos falando de uma moça fragil, nao de uma batalha do exercito frances.
__Na verdade Clarissa consegue fazer estragos do que todo o exercito frances junto.
Alexssander retorquiu.
Julian apertou os labios e permaneceu calado, refletindo sobre um argumento mais convicente enquanto servia um copo de wisque para cada um.
Ao terminar , recolocou a tampa na garrafa , pegou os copos e cruzou a sala, dizendo antes de servir o primo:
__ Eu so queria que voce a buscasse e a levasse de volta .
__ Voce ficaria muito pouco tempo com ela , Alex.
__ Eu sei , mas.
__ Eu agradeceria muito.
Julian acrescentou , entregando o copo para ele.
Depois de alguns minutos de silencio , em que ficaram se olhando , Alexssander pegou seu drinke e deu um suspiro.
__ Esta bem .
Resmungou , caçoando do primo:
__ Tudo em nome do amor e do romance....
__ Mas espero que voce se lembre disso quando eu precisar de ajuda.
__ Lembrarei.
Julian assegurou aliviado e sentou -se na poltrona oposta a do primo.
__ Bravo , meu velho.
__ Entao pego lady Clarissa amanha e onde a levo?
Julian hesitou para responder , sabendo que essa seria a parte mais delicada.
__ Podemos pensar a respeito em um minuto , mas antes preciso lhe falar sobre um pequeno detalhe.
De sobreaviso pelo tom de voz do primo , Alexssander arqueou a sombrancelha.
__ E qual e ele?
__E dificil aborda o assunto, mas a madrasta de Clarissa nao gosta de ...
__ Homens libertinos.
Observando a reaçao do primo Julian extravou seu desconforto mexendo - se na poltrona.
__ Pensei que talvez voce possa usar com lady Grambray a mesma tatica de abordagem que usou com lady Strummond para convence -la a deixar que saisse com a filha.
__ Que e isso , Mowbray, com efeito!
Julian esmoreceu diante da espressao do primo:
__ Bem , funcionou, mas...
__ Podera funcionar novamente .
Insistiu.
__ Tenho certeza.
__ So voce tem talento para isso.
__ primo.
Disse Alexssander de cara amarrada.
__ Uma coisa e bancar o almofadinha para se conquistar alguem para si mesmo , e outra bem diferente e para...
__ Por favor .
Julian o interrompeu.
Alexssander arregalou os olhos, incredulo.
Julian Montfort , duque de Mowbray , nunca dizia "por favor" .
Jamais sentindo -se sem saida , voltou os olhos , com ar pensativo , para as cinzas da lareira e suspirou resignado.
__ Esta bem.

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