Capitulo 29.

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__ Julian , preciso lhe dizer uma coisa...não quero...bem , se não quer se casar comigo , não se sinta obrigado.
Julian congelou , sentindo -se tomado de ansiedade.
__ O que?!
Perguntou atônito, tentando logo esclarecer:
__ Clarissa , Blanche não significa nada para mim.
Eu não a vejo ha 10 anos.
__Ah, não precisa se justificar , milorde .
Não estou dizendo isso por causa dela .
E que... Sei que você fez o pedido porquê fomos surpreendidos naquela noite.
Não quero que se cáse comigo somente para evitar um novo escândalo.
__ Você não quer se casar comigo?
Julian perguntou , em um tom de voz mais aspero do que pretendia.
__ Claro que quero!
Apressou -se Clarissa a responder e soou tão sincera que ele relaxou de imediato.
Ela acrescentou:
__ Mas não ponho a minha felicidade acima da sua .
Prefiro sofrer um escândalo do que...
As palavras ficaram suspensa no ar porque Julian agarrou -a pelo braço e a arrastou dali, voltando ao hall.
La ele abriu uma porta, mas ao ver que naquela sala havia gente , fechou-a de maneira abrupta.
Tudo que ele desejava era provar a Clarissa que ele queria sim , e muito se casar com ela, não tendo nada a ver com os escandalos.
Era evidente que os acontecimentos daquela noite haviam precipitado as coisas, entretanto, mais cedo ou mais tarde ele teria pedido a mão dela.
Ela presiva acreditar nisso e só havia uma maneira de provar-lhe .
Mas era preciso que tivessem privacidade para que pudesse faze -lo ao seu modo.
Julian olhou de um lado para o outro do hall e puxou Clarissa até a porta seguinte , abriu -a e constatou que essa sala também estava ocupada.
Ao abrir a terceira porta e verificar que a sala também estava ocupada, ele olhou desanimado ao redor.
Notou então uma porta diferente das demais .
Ao abri-la descobriu que dava para uma minuscula despensa.
Ele imaginou que o hall não estaria vazio por muito tempo, então empurrou Clarissa despensa adentro.
__ O que viemos fazer aqui?
Clarissa perguntou confusa , ao ve-lo afastar algumas peças para abrir um pouco de espaço para os dois .
Em vez de responder , Julian espiou para fora, para se certificar de que o hall estava mesmo vazio, e fechou a porta.
__ Julian?
Clarissa insistiu e foi calada com um beijo.
Havia nele um fogo acumulado nos varios dias em que não pode fazer outra coisa senão observa -la rir, falar e sorrir.
Visivilmente confusa e assustada , no primeiro momento Clarissa permaneceu imóvel nos braços dele,  mas esse momento durou muito pouco , pois logo seu corpo se derreteu ao de Julian e seus braços o envolveram.
Julian gemeu quando ela começou a ronronar de prazer , agarrando -se a ele feito uma gata manhosa .
A maciez daquele corpo movendo -se contra o dele e aqueles mesmos gemidos o haviam enlouquecido nas duas vezes anteriores.
Na primeira vez , consciente da presença da mãe do outro lado das portas francesas , encontrara forças para se conter e parar de beija -la , fazendoa -a voltar ao salao de baile.
Na segunda vez, no quarto dela, não havia ninguém do outro lado da porta , nada que o forçasse a se controlar .
Apesar de tentar resistir , ele deixou os escrúpulos de lado e se entregou a todo tipo de caricia que desejava que ela conhecesse .
E teria feito mais se o fogo não o tivesse interrompido.
Naquela despensa agora, precisaria de um grande autocontrole ou acabaria fazendo amor com ela encostada na parede.
Certamente não era a melhor iniciação para uma virgem.
Mas seu corpo não parecia se importar.
Como Clarissa continuasse a suspirar e ronronar e roçar seu corpo respondia com ereção , não conseguindo deixar de corresponder aos movimentos dela.
Julian dizia a si mesmo que aquilo era tudo o que lhes era permitido, mas suas maos ignoravam a razão:
Uma desceu ate abaixo de cintura , pressionando o corpo delgado contra o seu , enquanto a outra foi buscar a nudez do seio , acariciando -o e apalpando-o.
__ Oh, Julian ...
Clarissa murmurou , arfando quando Juian interrompeu o beijo e seus labios deslizaram por seu pescoço .
Ela soltou um novo gemido que so fez a ereção de Julian aumentar.
Nesse momento Julian desejou que estivessem casados.
Ele a levaria direto para casa e para a cama.
Não conseguia pensar em mais nada, todo o seu corpo reagindo a mão de Clarissa que,curiosa , tocou em sua ereção.
__ O que tem em suas calças , milorde , que fica me cutuccando?
Murmurou ela sem ar obtendo apenas um choramingo como resposta.
Julian queria implorar para que ela o tocasse com maior pressão, que descobrisse por conta propia oque era , que simplesmente enfiasse a mão sob as calças para poder sentir desnuda a força de seu desejo.
__ Quanto falta para o casamento agora?
Ele perguntou aflito.
Clarissa fez uma pausa , respirando pesadamente e tentou calcular .
Levou uns minutos para que respondesse dado ao estado em que se encontrava.
__ Uma semana , milorde.
__ Tudo isso?
__ Parece muito, mas nao e.
Julian ficou paralizado ao ouvir o comentario vindo de fora da dispensa.
Por um breve momento, teve a sensação de que havia outra pessoa la dentro com eles.
Estava escuro ali e não dava para enxergar coisa alguma , mas percebeu que Clarissa estava muito assustada. , pois seu corpo se enrijeceu junto ao dele.
Julian hesitou e finalmente a Clarissa:
__ Não é a voz de seu pai?
Antes que ela pudesse responder , a voz do outro lado da porta riu.
__ Sou eu sim.
Blasfêmando , Julian procurou se afastar de Clarissa o maximo possível xentro daquele cubiculo, endireitou os ombros e abriu a porta para sairem.
Estava ate meio preparado para levar um soco ou receber uma proposta de duelo ao amanhecer.
Deparou -se porem , com um Jonhn Grambray risonho , encostado na parede oposta a dispensa, com uma expressão das mais divertidas.
Julian esboçou um sorriso amarelo.
__Me desculpe , senhor.
Tentou justifircar 'se .
Clarissa pensou que eu queria me casar com ela apenas para poupa -la do escândalo e eu estava tentando provar que a quêro por ela mesma.
__ Era isso o quê você estava fazendo?
Clarissa perguntou surpreza , saindo da dispensa.
Julian ia responder , mas ao ver o estado dela,  tentou imediatamente desamassar sua roupa antes que alguem a visse.
Jonhn Grambray também se aproximou para ajudar , levantando os cachos de cabelo desmanchados por Julian.
__ Sim , era o que eu estava fazendo.
Respondeu ele , procurando endireitar o outro lado do vestido.
__ Que outro motivo teria para enfia 'la em uma dispensa?
__ Me beijar .
Disse Clarissa com simplicidade.
Julian voltou os olhos para o rosto divertido de Jonhn e suspirou.
__ Tem razao, Clarissa , mas quis beija -la para provar o quanto a quero , que meu pedido nao foi um mero gesto de cavalheirismo da minha parte.
Ela pareceu perplexa ao ouvir o comentario.
__ Mas por que simplismente nao me disse milorde?
__ Santa ingenuidade!
Jonhn disse , rindo e explicou:
__ Por que os homens não pensam da mesma maneira que as mulheres, Clary.
As mulheres falam , os homens agem.
E por isso que foi criada a expressão "homem de Açao".
__ Entendi .
Retrucou Clarissa , não parecendo ter entendido coisa alguma.

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