Julian hesitou por um segundo, analizando como fazer para tirar a saia dela do caminho e, num gesto brusco , prpjetou-a para frente .
Clarissa levou um susto e procurou se equilibrar .
Julian a colocou no assento do banco oposto, ajuelhando-se entre as pernas dela no chão da carruagem .
Tentava levantar a saia de Clarissa quando a carruagem parou abruptadamente.
Foi tão inesperado que o pequeno solavanco fez com que Julian caisse de costas no chão da carruagem , puxando Clarissa para cima dele.
Julian gemeu de dor com o impacto do corpo de Clarissa sobre sua virilha , sentindo -se alarmado quando a porta foi subitamente aberta ao lado deles.
Ambos olharam para o cocheiro que retomou o olhar primeiro com expressão de espanto para , em seguida , tornar 'se divertido.
__ Nossa!
Clarissa tirou o cabelo do rosto e sorriu constrangida para o hinem.
__ Caimos do banco.
__ Sim , milady .
Disse ele, impassível.
Julian pegou Clarissa pela cintura e rapidamente a acomodou no banco.
Recompondo -se , ele se elevantou e desceu da carruagem , tentando mostrar, sem sucesso , alguma dignidade .
Uma vez fora da carruagem , ele deu um sorriso forçado para o cocheiro e voltou -se para ofetecer a mão a Clarissa para que descesse também.
Embora não pudesse ver a expressão do cocheiro , Clarissa sentia -se constrangida e tentou justificar a cena , sem saber direito o que dizer.
__ Nossa , James , sua parada nos pegou de surpresa.
Não imaginávamos que já estiveseemos chegando.
Lorde Mowbray estava me mostrando...
__ O que ele estava lhe mostrando milady?
James perguntou em tom malicioso.
Clarissa tinha certeza de que o caso seria objeto de mexerico ente os criados mais tarde.
Diante da hesitação dela, James que estava se segurando para não explodir em risada , aquiesceu com a cabeça e disse:
__ Claro milady , logo imaginei que ele estava lhe mostrar alguma coisa.
Julian dirigiu um olhar furioso ao homem.
Seus criados não ousariam ter tal atitude , pensou.
__ Creio que devo leva -lo para a mansao Mowbray agora.
O cocheiro comentou quando Julian começava a companhar Clarissa.
__ Sim .
Ele confirmou em tom aspero.
__ So irei levar lady Clarissa ate a porta.
__ Pois nao , milorde.
__ Obrigada por suas instruções.
Disse Clarissa baixinho ao chegarem a porta.
Julian fitou -a com ternura , observando os cabelos dela.
Metade do coque estava desfeito e caido em mechas ; a outra metade rstava preso de forma muito precaria.
Ele ergueu as mãos e soltou o que sobrava do coque.
Os cabelos , apesar dos nós , cairam em ondas em volta do rosto delicado , de maneira encantadora.
Ficariam lindos esparramados sobre os travesseiros, ele pensou.
Julian se onclinou para beija -la e estava um fio de sua boca quando a porta foi repentinamente aberta.
Dando um suspiro , ele deu um passo para tras e murmurou baixinho:
__ Sonhe comigo .
__ Boa noite, milorde.
Clarissa respondeu e entrou em casa.
__ Milady !
Clarissa abriu os olhos e, piscando muito , sentou 'se na cama quando a porta de seu quarto foi aberto.
__ O que foi , Joan?
Perguntou assustada.
__ Seus óculos chegaram!
Joan disse tao animada como se os óculos fossem dela.
__ Que bom !
Exutante , Clarissa jogou os cobertores para o lado no exato momento em que Joan chegava junto a cama.
A criada soltou um grito de espanto, que foi seguido por um barulho contra parede a sua direita e um tinido que a fez congelar.
__ O que aconteceu?
Indagou temerosa.
Joan hesitou por um momento e, ao falar , gaguejou:
__ Oh, milady...sua mão bateu na minha ao tirá os cobertores e...seus oculos voaram da minha mão.
__ Foram eles que bateram contra a parede?
__ Foram , milady .
Joan disse, dando a volta na cama, e abaixando -se para pegar os óculos , cujas lentes estavam em pedaços.
Clarissa abaixou a cabeça e cobriu o rosto com as mãos , inconformada.
E a culpa era dela mesmo.
__ Sinto muito , milady.
Joan murmurou , parada ao lado da cama , com as mãos em concha, segurando os óculos quebrados.
Clarissa balançou a cabeça e levantou -se, procurando acalma -la .
__ A culpa não foi sua, Joan.
Agora , ajude-me , por favor , a me vestir.
Lady Mowbray vai me levar a costureira para fazer a prova final de meu vestido de noiva.
__ Pois não , milady .
Joan colocou o que restara dos óculos sobre a mesa de cabeceira e começou a ajuda -la a despir a camisola e se aorontar para enfrentar o dia.
Clarissa ficou calada, remoendo a raiva por ser tão estabanada e ter destruido os óculos que por tanto tempo aguardava.
Mas não queria se abater por isso, pensou.
Óculos podiam perfeitamente ser substituído.
Embora quisesse muito estar com eles agora, poderia mandar fazer novos.
Uma parte de sua mente , porem , duvidava que quisesse tanto, pois , por mais tolo que pudesse parecer , lydia apregoava tanto que ela ficava muito melhor sem os oculos , que temia a reação de Julian quando a visse com eles.
Clarissa tinha certeza de que não desistiria dela por isso, mas de fato , não era nada atraente usar óculos.
Adoraria não precisar deles.
__ Pronto , milady .
Joan murmurou , consternada.
Clarissa nao via motivo para ela parecer tão aborrecida .
Fora um acidente como tantos outros que haviam acontecido desde que Lydia lhe tirara os óculos.
__ Quer que eu a acompanhe , milady?
__Quero , sim, Joan.
Respondeu Clarissa , pegando no braço da criada.
O hall do piso superior estava ate então vazio, mas por azar ao chegarem a escadaria deram com Lydia que ia subir.
__ Ah , você esta ai?
Disse a madrasta , aguardando por elas no Hall .
__ Foulkes disse que seus óculos chegaram.
Por que você não o esta os usando?
Clarissa sentiu a tensão no braço de Joan e lhe deu um tapinha confortador.
__ Houve um pequeno acidente eu os quenrei.
__ Como?
Lydia cacarejou , voltando -se imediatamente para Joan .
Como você deixou que isso acontecesse?
__ Não foi culpa de Joan .
Defendeu -a Clarissa .
Fui eu que bati na mão dela sem querer.
__ Eu deveria ter segurado os Óculos com mais firmeza.
Joan admitiu , aborrecida e, Clarissa sentiu vontade de dar um tapa nela por ter aberto a boca.
__ Sua estúpida.
Lydia gritou .
__ Va arrumar suas coisas.
Quero voce longe daqui imediatamente.
Clarissa estava certa de que a madrasta teria ignorado a criada se ela não tivesse com suas palavras aguçados a raiva da patroa.
__ Sim senhora , milady.
Joan puxou o braço , mas Clarissa a deteve.
__ Joan e minha criada , Lydia.
Eu ia pedir para leva -la comigo quando me casasse , mas você a esta demitindo, acho que não preciso mais de permissão.
Depois , voltando -se para Joan , disse com delicadeza.
__ E melhor voce fazer as malas mesmo, se quizer vir comigo.
__ Ela não vai ficar sob este teto. Ela...
__ Lydia!
Jonhn apareceu na porta da sala de jantar , com uma expressão irritada.
Obviamente , ouvira tudo e não parecia satisfeito.
Lydia voltou -se devagar para ele.
__ Sim meu marido?
__ Chega , Lydia!
Se Clary quer levar Joan com ela, pode faze -lo .
Joan ficará aqui ate Clarissa nos deixar e irá com ela para o novo lar em Mowbray.
Sera muito bom para que não se sinta sozinha na nova casa.
Ele então voltou -se para criada.
__ Você gostaria de ir com a Clarissa?
__ Sim milorde, vou ficar contente de acompanha -la .
Jonhn balançou a cabeça .
__ Como o casamento e daqui a dois dias , e bom mesmo que comece a fazer as malas .
__ Obrigada , milorde .
Joan agradesceu e , hesitante , perguntou a Clarissa:
__ Precisa de mais alguma coisa de mim agora , milady?
__ Não , pode ir .
So irei tomar um chá e comer ima torrada enquanto aguardo a Senhora Mowbray.
Va ver o que ainda tem a fazer antes de sairmos.
Assim viu a silueta turva da criada se afastar , Clarissa voltou -se para o pai e para madrasta meio insegura .
Lydia permanecera calada , mas irritada raiva por todo os poros ao ver seus planos arruinados.

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Duque Sombrio
Ficción históricaInglaterra 1720 Amor Perigoso Julian Montefort, o duque de Mowbray , sabia que a bela e estabanada lady Clarissa Grambray poderia ser perigosa . Ela era na verdade , um desafio . Mas era exatamente o desafio que ele precisava... Clarissa sempre dese...