capitulo 56

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Lady Mowbray assentiu com a cabeça e, com a fizionomia triste, acrescentou:
__ Sei que alguma coisa tambem aconteceu com lady Jonhnson , embora nao saiba o que, mas tudo isso contribuiu para que quisesse fugir de Lomdres.
Ele imediatamente arrumou as malas , veio para Mowbray e ficou por aqui.
Era mesmo notorio que lady Mowbray havia sofrido muito , pensou Clarissa.
__ Nao sei quantas vezes eu e Mary o vizitamos depois disso e repetimos que a civatriz estava muito melhor e que ele deveria voltar ao convivio da sociedade.
Julian nao nos dava ouvidos.
Finalmente, eu resolvi ser mais dura com ele, pois , do contrario , ele ficaria por aqui para sempre e nunca retornaria.
Me tornei ate impertinente.
Clarissa mordeu os labios para conter o sorriso que queria brincar em seus labios .
Lady Mowbray fez o comentario com um estremecimento de horror que evidenciava como ela se quanto a ser "impertinente".
__ E eu fui firme ate ele finalmente cedeu e volto a frequentar a corte este ano.
__ E eu so posso lhe agradescer por isso.
De outro modo , eu nunca o teria conhecido.
Lady Mowbray sorriu.
__ E verdade . Se eu nao o amolesse tanto para ir a Londres este ano , voces dois nao teriam se conhecido.
Clarissa sentiu um arrepio .
Nunca te -lo conhecido;  nunca ter dançado com ele ; nunca te - lo beijado , nunca...Nossa , ela poderia estar casada com Prudhomme naquela hora e provalvelmente pronta para se atirar de um penhasco tambem.
Ficava enjoada so de pensar na mera possibilidade daquele velho enrugado toca -la da maneira como Julian a tocava.
Deus do céu.
__ Clarissa .
Lady Mowbray propos.
__ Deixe -me fazer mais uma coisa por voce .
Deixe que Julian ver que você precisa ver que ele amara com os oculos.
Ele precisa saber que voce consegue encherga -lo e o ama do jeito que ele e .E voce precisa ver que ele amara com seus óculos.
A mae de Julian deu mais um tapinha na mao de de Clarissa , depois se levantou.
__ Agora devo ir para o meu quarto .
E vamos manter esta vizitinha so entre nos .
Imagino que meu filho nao ficaria muito contente de eu te -la visto e converssado com voce antes dele.
Pelo que soube , ele ficou a noite toda preocupado, andando de um lado para o outro do salão.
O olhar de clarissa voou para o mordomo diante dessa noticia.
A expressão de Kibbler mudou forçando um sorriso.
__Nao deixei o Duque ficar aqui enquanto cuidava da milady Clarissa.
Ele naturalmente , nao queria sair , mas ficava questionando e se comprometendo em tudo o que eu fazia ou pedia.
Tive que ser firme.
Clarissa surpreendeu -se ao saber ao saber que havia alguem que conseguia que Julian fizesse alguma coisa que nao queria fazer.
__ Entretanto.
Kibbler prossegiu.
Prometo ir busca -lo assim que houvesse qualque mudança em seu estado .
Vou proculara -lo agora , mas primeiro quero lhe dizer que lady Mowbrey esta certa .
A senhora deve realmente dizer a ele que ja viu o rosto dele e o ama como ele e.
Julian se preocupa tanto com a aparencia dele, como a senhora com a sua de oculos.
Kibbler acompanhou lady Mowbrey
deixando Clarissa sentada sozinha com um dilema .
Seria verdade? Sera que ela havia se privado dos óculos sem nescessidade?
Clarissa pensou e repensou a respeito.Ate então o fato de que Julian nao havia demonstrado nenhuma intençao de que ela comprasse óculos novos a fizera pensar que ele não gostaria de ve -la de óculos .
Sua sogra e Kibbler , porem haviam lhe mostrado um outro lado da questão.
Talvez o marido realmente temesse que ela não o achasse mais atraente depois de ver sua cicatriz, Julian era um homem mais charmoso da cidade.
Era dificil de acreditar que ele nao entendesse isso.
Ele parecia tao confiante o tempo todo.
Os pensamentos de Clarissa foram interrompidos quando a porta do quarto aberta.
Ja se tornara um habito tirar os oculos e esconde -los sob o travesseiros.
__ Clarissa.
Ela imediatamente reconheceu a voz do marido que entrou e atravessou o quarto visivelmente abatido de preocupaçao .
Logo atraz dele , entrou um segundo e depois um terceiro homem.
O segundo certamente era seu pai, pensou , mas nao tinha ideia de quem pudesse ser o terceiro.
Julian sentou -se ao lado dela na cama e abraçou.
__ Graças a Deus você esta bem .perguntou baixinho, aninhando -a junto ao peito e acarariciando o cabelo dela .
__ Ficamos doentes de preocupaçao.
__ Ficamos mesmo.o pai confirmou, acariciando -lhe as costas.
Permanecemos a noite toda na expectativa de que voce acordasse.
__ Me perdoem por ter causado tanta preocupação.
Clarissa abraçou o marido com uma das maos e com a outra apertou a mao do pai.
__ Voce nao teve culpa alguma .
Os dois falaram ao mesmo tempo e todos riram.
Julian entao se afastou -se de Clarissa e ficou comovido .
Ele estava tao perto que ela pode ver as linhas de preocupaçao em volta de seus olhos avermelhados pela falta de sono.
__ Ficamos sabendo que você sobreviveria por volta da meia noite, mas Kibbler não podia dizer se voce recuperaria todas as faculdades ou ficaria com alguma sequela.
Clarissa esboçou um sorriso.
__ Acho que estou com minhas faculdades em ordem.
Julian riu e abeijou carinhosamente no nariz.
__ Estamos satisfeitos que a senhora esteja bem .
Disse o terceiro homem.
Clarissa pensou ter reconhecido a voz mas nao conseguiu no primeiro momento lembrar de quem era.
__ Você acha que pode nos contar o que aconteceu?
O homem acrescentou e ela arregalou os olhos.
__ Senhor Hadley!
Exclamou surpresa quando o nome dele derepente lhe veio a mente.
__ O que esta fazendo aqui?
__ Eu o chamei .
Julian explicou.
Faz uma hora que ele chegou.
Voce acha que pode responder a pergunta dele?
__ Claro , estou bem.
Clarissa assegurou apertando o braço do marido.
Sem entender direito o que o Sr Hadley fazia ali, Clarissa resolveu responder a pergunta dele por que os tres homens estavam aguardando de maneira impaciente.
Depois faria suas propias perguntas.
Clarissa entao repetiu rapidamente tudo que havia dito a Kibbler :
O fato de desejar um pouco de privacidade e ter ido para o quarto, e ter comido um pedaçinho de torta e ter sentido dor no estomago e ter dormido.

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