capitulo 50.

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Não disse uma unica palavra .
So caminhou ate ele .
No momento em que chegou perto , Julian estendeu os braços e a abraçou.
Os labios dele imediatamente procuravam os seus eas mãos dele viajaram por um instante por seu corpo ,carregando -a em seguida para cama , sem deixar de beija -la.
__ Pensei que você estivesse muito cansada depois da viagem.
Sorrindo , Clarissa deu -lhe um beijo no canto da boca , depois sentou -se na beirada da cama e procurou o fecho das calças de Julian.
__ Acho que nunca vou me sentir cansada para você , marido .
Clarissa assegurou.
Enquanto o ajudava a despir-se , elareconheceu a si mesma que não se esquecesse de pegar o livro e os óculos da banheira assim que possível...
Antes que alguem fosse ate lá.
__ A senhora tem certeza de que não preferiria...
__ Não !
Clarissa interrompeu Kibble de imediato , esforçando -se para se mostrar pasiente e sorrir.
__ Prefiro mesmo me deitar um pouquinho .
Uma cochilada e tudo o que quero agora.
__ A senhora não esta se sentindo mal, esta milady?
Kibble perguntou preocupado.
Clarissa se controlou para não reagir mal a pergunta.
Honestamente , os criados de Mowbray se preocupavam com ela como um bando de maes zelosas.
Um ou outro e as vezes varios deles , a seguia por todo lado nos ultimos dias, ou seja , desde que chegaram a Mowbray .
E se ela tentasse dar uma escapadela até seu quarto para ter um momento de privacidade , eles se mostravam bastantes aborrecidos.
__ Estou bem.
Instiu com firmeza .
__ E tenho dormido pouco ultimamente e só quero tirar uma soneca.
__ Esta bem .
Kibble se rendeu.
__ Se tem certeza de que não esta se sentindo mal...
__ Nao estou me sentindo mal.
Ela repetiu .
__ Por favor, certifique -se de que ninguem venha me incomodar .
Diga inclusive a Joan que nao vou precisar dela.
Clarissa ja estava a porta do quarto , depois de ter sido seguida ate lá pelo mordomo, com um dos outros criados atrás dele.
Forçou um sorriso para eles e entrou no aposento , fechando a porta atras de si e recostando - se nela com suspiro.
Bom Deus , pensou exasperada.
Tirou depois o livro escondido entre suas saias e atirou -o na cama .
Sacudindo a cabeça , ainda atordoada com tanta atenção do pessoal da casa , enfiou a mão no bolso da saia e retirou a bolsinha em que guadava os óculos , colocando-os no rosto.
Olhou ao redor do quarto e deteve -se na cadeira que ficava em frente á penteadeira .
Resolveu pega-la , arrata -la ate a porta e coloca -la ate a porta e coloca -la sob a maçaneta.
Contente de ninguém conseguiria entrar de surpreza por ali , Clarissa voltou -se para porta que dava para o quarto de Julian .
Não havia outra cadeira que pudesse usar para trava -la .
Por um momento considerou deixa -la como estava, mas receando que Julian pudesse entrar e surpreende-la com aqueles óculos horriveis, dirigiu -se ate ela.
Não dispondo de outra cadeira , o jeito seria recorrer a um outro móvel.
A camiseira era a peça mais proxima.
Era um pesado móvel de madeira .
Empenhando toda a sua força, ela conseguiu fazer com que se movesse um pouco, mas ao arrastar contra a madeira do chão provocou um sonoro ruido.
Resmungando com seus botoes , Clarissa redobrou os esforços , esperando ser rapida para não fazer mais barullho.
__ Milady ?
A voz de Kibble fez -se ouvir anciosa do outro lado da porta do quarto.
__ Esta tudo bem?
Com a camiseira parada apenas na metade da porta de Julian , Clarissa bufou de raiva.
__ Sim Kibble , esta tudo bem.
__ Pensei ter ouvido um barulho estranho .
Disse o mordomo.
Clarissa soprou uma mecha de cabelo do rosto e disse:
__ Estava apenas mudando uma peça de lugar para o quarto ficar do meu jeito.
Houve um longo silencio e quando Clarissa julgou que Kibble tivesse aceitado a explicação , ele insistiu:
__ Sera que a senhora não poderia abrir a porta por um momento para eu veja se milady está mesmo bem?
Clarissa apertou os dentes com raiva , mas foi ate a porta do quarto , retirou a cadeira de la , tirou os oculos , enfiando -o no bolso da saia e abriu a porta.
__ Veja , estou bem.
Kibble olhou -a vagarosamente de cima ate embaixo , de maneira desconfiada , como se temesse que ela estivesse ocultando alguma coisa .
Depois o olhar dele percorreu o quarto.
Clarissa mordeu o lábio , torcendo muito que o intrometido não notasse a camiseira , mas naturalmente , ele notou.
__ A senhora bloqueou a entrada do duque.
O mordomo só podia mostrar -se espantado diante da descoberta.
__ Bloquei , sim.
Respondeu Clarissa , impassivel.
__ E uma arrumação temporaria, Kibbler.
Preciso descansar por uns minutos , ter um pouco de privacidade, e assim me asseguro de que ninguém ira me importunar.
Kibble a examinou em silencio , depois olhou ao redor do quarto .
Os dois estavam suficientemente proximos para que Clarissa notasse como ele havia ficado nervoso.
Foi quando os olhos dele se detiveram em alguma coisa.
Clarissa nao conseguiu resistir e voltou -se também para ver o que chamara a atençao dele.
Naturalmente , ela não conseguiu enxergar nada sem oculos , apenas figuras borradas.
__ Ha um livro em sua cama.
Clarissa sentiu o coração parar.
Ela havia esquecido completamente do livro que jogaram sobre a cama momentos antes.
Tentando manter uma expressão calma, se voltou para o mordomo, demonstrando surpresa:
__ Não diga! Talvez Joan o tenha esquecido aqui em cima.
__ Sem duvida .
Ele concordou e perguntou:
__ Posso leva -lo de volta para a biblioteca para que não fique pelo caminho?
__ Nao se preocupe , Kibble , e so um livro .
Eu vou deixa -lo na minha mesinha de cabeceira e Joan o pega mais tarde.
__ Talvez ela queira ler em quanto a senhora deu a tarde de folga para ela.
Clarissa cerrou os dentes .
Estava vendo sua oportunidade de passar alguns momentos sozinha esvair -se .
Buscava uma desculpa urgente para poder ficar com o livro quando ouviu alguém chamar do piso inferior.
Kibble virou -se e olhou em direção ao hall .
Desculpando -se , foi as escadas de onde podia ver a entrada.
Clarissa achou que seu sentido de audição havia aumentado desde que ficara sem os óculos.
Era como seu corpo procurasse compensar a falta de um sentido, aumentando os outros.
Ela ouviu perfeitamente a resposta de Frederick .
Ele disse que uma carruagem estava se aproximando do pátio.
Sem se dar conta de Clarissa ouvira, Kibble olhou para traz e informou a ela:
__ Perdoe-me , milady .
Parece que teremos compania

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