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— Você tá precisando de algo lá na casa nova? — ele fazia carinho em meu ombro, enquanto eu tentava não chorar tanto.

— Não, meu pai comprou o básico pra gente, conseguimos nos virar.

Minha casa nova tem uma geladeira, um fogão, um sofá e uma TV. Dá pra viver tranquilo, né? O aluguel o meu pai paga e fez as compras do mês, não temos do que reclamar, até porque... E se formos pensar bem, estamos no lucro.

Eu posso ter o apartamento que eu quiser, com a mobília completa. Posso ter um palácio, mas não quero.

— Eu quero te propor uma coisa, mas acho que vou deixar pra falar depois, as coisas estão muito complicadas pra você agora... — me deu um beijo na testa.

— Pode falar. Sou curiosa. — inclinei o rosto e passei a olhar pra ele.

— Eu quero assumir a gente!

Ah meu Deus! Como esse homem pode pensar isso? Ele tá usando qual tipo de droga?

— Eu quero separar direitinho da Marília, assumir toda essa bronca de separação de bens, tudo. E te levar pra morar comigo. Você pode pensar, sei que não estava esperando por isso.

— Não estava mesmo. De verdade...

Silenciamos e eu acabei cochilando. Acordei no susto, Antônio também cochilava, cutuquei ele e levantei pra vestir minha roupa.

LUA 🌙 - Uma nova chance Onde histórias criam vida. Descubra agora