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E aqui estou eu, sentando na sala com meu pai e minha irmã, que não param de chorar. O que vamos fazer?

Eu também não posso largar a minha irmã sozinha por aí, sabe? Arrumar um lugar pra ela e mandar ela se virar, mas também, não existe amor entre nós, a ponto de morarmos juntas.

Por enquanto, eu estou sensibilizada, ela também, mas e depois? Volta tudo ao normal.

— Eu posso ver um apartamento pra você, Marcella. — meu pai tentava comer a janta que eu havia feito.

— Pai, eu não sei fazer nada. Lembra? — ela só mexia na comida.

— Eu moro com você, Marcella. — meu coração mandou e eu fiz.

Os dois me olharam assustados, não imaginaram que eu ia me manifestar dessa forma. O sorriso de alívio que minha irmã não conseguiu controlar, foi até fofo...

— Mas, com uma condição. Você precisa me ajudar. — olhei pro meu pai.

— É, nesse começo de gravidez, você continua na loja e ajuda sua irmã em casa, você precisa aprender a se virar.

— Tá bem, eu aceito toda e qualquer condição.

— Já estou vendo o apartamento com um amigo, não e grande coisa, mas tem dois quartos grandes, vocês ficam tranquilas. Eu não vou deixar de ajudá-las, mas amanhã cedo, estejam com tudo arrumado pra gente evitar um encontro com sua mãe. — assentimos.

Certas coisas com a minha mãe não tem conversa. Não sabíamos até quando ele ia sustentar isso, se ia voltar atrás ou manter pra sempre, então, essa era a melhor solução mesmo.

Arrumei grande parte das minhas coisas, e me peguei pensando no que estava fazendo, se fosse o meu caso, será que ela faria o mesmo?

Tudo bem, minha avó sempre fala que devemos agir de acordo com o nosso coração, sem esperar nada em troca... E era isso que eu estava fazendo.

LUA 🌙 - Uma nova chance Onde histórias criam vida. Descubra agora