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Me despedi dele e subi pro apartamento. Sentei no sofá e fiquei encarando aquele sala.

Como as coisas podem mudar assim, do nada? Nós não temos controle de nada, né? Ontem, eu estava indo pra casa, tranquila, mal sabia o que estava me esperando.

Hoje, eu to aqui, num lugar totalmente novo, sem saber o que vai acontecer amanhã ou depois. É muito estranho. E pra melhorar, o Antônio ainda vem com essa ideia de querer morar junto, assumir tudo, não é assim.

Tomei um banho e lá fui eu, tentar dormir no quarto novo. Rolei na cama certo tempo, mas dormi, aliás, apaguei, né? Não tinha como, eu estava morta.

Acordei, saí do quarto e a Marcella já estava na sala, com o rosto inchado de tanto chorar. Nos cumprimentamos e eu fui ver algo pra comer.

— Meu pai ligou. — foi lavar a louça — Disse que minha mãe agiu normal, não está nem triste. — sua voz mudou.

— Eu não esperava atitude diferente.

— Queria ser fria igual a você.

— Não queira. — sorri amarelo e fui pra sala.

Ficamos um pouco na sala, até ela se arrumar pra ir trabalhar e eu pra ir à academia.

Malhei pesado, estava quase botando os bofes pra fora. Tomei um banho, me arrumei e fui até o escritório da Lucrécia.

— Você não pode fazer isso! — ela não estava nada satisfeita.

— Sim, eu posso. — falei firme. — Não só posso, como vou.

— Você precisa me pagar a multa que está no contrato.

— Ok. — dei de ombros.

— EU NÃO ACEITO ISSO! — se exaltou.

— Fazer o quê, né? Foi um prazer. — peguei as coisas na mesa e saiu do escritório.

LUA 🌙 - Uma nova chance Onde histórias criam vida. Descubra agora