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Marcella começou a chorar, a família toda olhava pra gente, o Miguel estava nervoso. E eu, plena... Não sei como.

Eu nunca havia passado vergonha nessa vida, mas hoje passei e minha mãe não tinha noção do que aquilo custaria à ela. Sou muito grata a tudo que ela fez, mas passou dos limites. Marcella e eu erramos? Erramos, mas ela não precisava fazer isso diante a nossa família.

Fui me despedir da minha avó, que a essa hora já estava com a pressão nas alturas e saí de lá. Miguel já tinha pedido o uber e fomos embora pra casa, todos quietos.

Passei o caminho todo tentando acalmar a Marcella, subimos pra casa, Miguel fez algo pra ela comer, enquanto tomava banho e eu fiquei sentada na sala, incrédula ainda.

Liguei pro Durval, contei tudo a ele e ele ficou bem nervoso, querendo voltar pra cá, mas não deixei.

— Minha mãe é você! — ela disse ao voltar pra sala e se jogar no sofá ao meu lado.

— Daqui a pouco, você esquece isso tudo, Má. Não absorve, nosso neném não pode ficar estressado aí dentro.

Ficamos um tempo na sala, conversando, até que nos distraíssemos real de toda aquela cena. Deixei os dois na sala e fui tomar um banho.

Eu nunca fui muito de chorar, mas hoje eu precisava pôr pra fora e foi isso que fiz. Sempre aguento tudo até o fim, até o meu limite e permaneço na minha, porém, tem hora que não dá.

LUA 🌙 - Uma nova chance Onde histórias criam vida. Descubra agora