- Não, Justin não é isso. - Falei triste. O jeito que ele me olhava tava me quebrando dos pés a cabeça.
- Foi o que você acabou de dizer, Kylie. - Ele me interrompeu.
- Não, não foi. - Ele limpou uma lágrima que deixou cair e me encarava sério. - Eu só disse que seria bom passar um tempo com meus pais.
- Isso não é necessário, Kylie. - Falou incrédulo. - Você tá fazendo tempestade em um copo d'água.
- Desculpa, Justin mas quem sabe como estou me sentindo e a gravidade disso sou eu mesma. - Ele negava com a cabeça sorrindo sem humor algum, seus olhos repletos de lágrimas me faziam se sentir a pior pessoa do mundo. - Eu não tô me sentindo bem ultimamente, muito cabisbaixa e essa não sou eu. Alguns dias atrás eu não conseguia ficar triste, nossa vida estava perfeita. Agora tudo mudou do nada.
- Então é isso? - Meu coração só apertava cada vez mais. - Você vai me deixar sozinho aqui nessa casa? Você sabe que sem você nada disso aqui faz sentido pra mim.
- Justin, eu não vou te deixar. - Limpei uma lágrima que deixei escapar. - Acho que isso vai ser bom pra gente, de alguma forma. Meus pais são loucos pra conhecer o Thomas, enfim... Será apenas alguns dias.
- Tudo bem, faça o que achar melhor. - Falou ao fungar e saiu dalí subindo as escadas.
- Justin... - Chamei por ele em vão.
Sentei levando as mãos ao rosto, preocupada. Não sabia se o que estava fazendo era certo mas eu precisava fazer. Tenho medo disso tudo só piorar nossa situação.
(...)
Acordei no outro dia no quarto do Thomas que chorava alto e já levantei indo até o berço e pegando ele no colo. Isso não o acalmou. Desci as escadas e não vi o Justin na sala e tirei a conclusão de que ele ainda devia estar dormindo. Já pensei na nossa conversa na noite passada e isso me deixou pra baixo logo de manhã. Não iria para a floricultura pois conversei com a Alice sobre ir passar um tempo com meus pais e decidimos não abrir por um tempo.
Terminei de amamentar o Thomas que já tinha parado de chorar, ainda bem. A Beth não vinha hoje pois a coitada tinha que ter uma folga também, ela merece. Claro, está aqui há tanto tempo e cuida muito bem do Thomas, ela gosta muito dele e ele já está acostumado com ela.
Tomava café da manhã quando vi o Justin descer as escadas sem ao menos me olhar e passar direto para a cozinha. Mas é claro, Kylie... O que você esperava? Respirei fundo tentando ficar calma pois o dia já tinha começado mal. Olhei pro Thomas no seu carrinho distraído e sorri. Vi o Justin voltar e subir as escadas novamente, ele não parecia nada simpático. Eu que não vou mexer com a onça. Eu queria conversar com ele, mas não tinha cara pra isso. Ele entendeu tudo errado.
(...)
Mais tarde quando o Thomas dormiu coloquei ele no quarto dele e saí sem fazer barulho e andei pelo corredor. Respirei fundo antes de entrar no nosso quarto e entrei. O Justin estava fumando e isso me preocupou, ele nunca mais tinha feito isso, principalmente por causa do Thomas.
- Deu pra voltar à fumar agora?
- Como pode ver, sim. - Respondeu e soltou fumaça me fazendo revirar os olhos.
- Queria conversar com você... - Sentei na cama e ele assentiu.
Ele levantou e foi até o banheiro do quarto e jogou o cigarro fora. Vi ele voltar passando as mãos no rosto preocupado e confesso que meu coração apertava vendo ele assim.
- Quer falar que desistiu dessa idéia de ir passar um tempo com seus pais? - O encarei séria e ele sentou do meu lado.
- Não. - Sua expressão só piorou.

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Emotional Rollercoaster
RomanceUma policial recém contratada da SWAT acaba caindo em um caso que tem como objetivo prender uma equipe especializada em roubos milionários pelos EUA. Em especial, o chefe da equipe cujo ninguém sabe o nome ou nunca viu o rosto. O problema é que kyli...