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Respirei fundo e me lembrei do que a Kylie havia dito, não vou brigar com ele.

- Como você pretende fazer isso, Ryan?

- Eu dou um jeito. - Respondeu seco.

- Não posso deixar você fazer isso. - Dessa vez ele me encarou. - É perigoso.

- Eu sei me cuidar.

- Se continuar agindo assim vai acabar atrás das grades, me escuta pelo menos uma vez. - Ele nem sequer me olhou. - Você não pode sair andando por aí como se fosse um homem livre.

- É exatamente o que todos nós estamos fazendo mas como é algo que EU estou fazendo você acha que é loucura. - Neguei com a cabeça imediatamente.

- Isso não tem nada a ver, tô falando para o seu bem, não como uma forma de julgamento.

- Isso não está em questão, eu já tô decidido. Vou sair desse país mais fácil do que você imagina, eu sei me virar. - Engoli seco e assenti.

- Você sabe o que diz na sua ficha de procurado? Altamente perigoso, psicótico e agressivo... como acha que vão lidar com você se te pegarem? Vão acabar com você e eu não posso deixar que isso aconteça. - Ele sentou na cama e levou as mãos até o rosto parecendo sem paciência. - Eu me preocupo com você, Ryan. Não posso deixar que nada te aconteça mas não porquê me sinto responsável por você... É porque eu não suportaria perder você. Você é meu irmão, isso nunca vai mudar. No começo de tudo éramos somente eu, você e o Chaz. Eu nunca vou esquecer disso. Nós não tínhamos nada além de um ao outro.

Ele só mantinha a cabeça baixa escutando, eu queria que de alguma forma mudasse seu pensamento, porque ele com certeza se daria muito mal com essa idéia maluca.

- Eu não sou idiota, sei que tem algo acontecendo com você ultimamente. Você tá muito estranho e eu percebi isso bem antes da gente chegar aqui. - Ele negou com a cabeça e levantou imediatamente.

- Não tem nada acontecendo comigo.

- Eu não vou insistir mas por favor, me escuta. Tira essa idéia maluca da cabeça, vamos ficar aqui. Só mais uma semana. Não é nada demais. - Ele respirou fundo. - Eu prometo que não vou pegar no seu pé, você pode se divertir com prostitutas e drogas, eu juro que não vou te encher o saco.

- Vai se foder. - Falou rindo e também ri.

- Qual é? Vamos lá! - Ele me olhou sem uma expressão certa no rosto e deu de ombros.

- Tá. Eu vou ficar mas é somente essa semana, quando acabar não quero saber de mais nada. Vamos embora daqui. - Concordei com a cabeça.

- Feito. Agora me dá um abraço aqui. - Ele revirou os olhos e fizemos um aperto de mão seguido de um abraço.

- Você é dramático pra caralho. - Ele resmungou.

- Você que tava querendo ir embora. - Me defendi. - Olha, sobre aquele outro assunto...

- Eu tô bem, Justin. - Ele me interrompeu. - O que acha que tem de diferente em mim?

- Você sempre foi mais na sua, okay. Mas você tá mil vezes pior. Você sempre foi bem impaciente e estressado, agora você tá mil vezes pior. - Dei de ombros. - Sei que algo está acontecendo.

- Tipo?

- Acho que você tá se sentindo sozinho, estou certo? - Ele engoliu seco e negou com a cabeça.

- Eu me sentindo sozinho? Você só pode tá maluco. Eu tenho tudo que eu quero Justin, o carro que eu quiser, a jóia que eu quiser e a mulher que eu quiser. É impossível me sentir sozinho.

Emotional RollercoasterOnde histórias criam vida. Descubra agora