Drink

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Ela me olhava parte assustada e parte confusa. Na verdade eu só rezava internamente para que ela não me prendesse agora mesmo. Ela sorriu ao se aproximar e eu confesso que estava gelada da cabeça aos pés.

- É você mesma? - Falou chegando até mim e me abraçou, me causando um alívio dos pés à cabeça. - Nem acredito, sério. Quanto tempo.

- Verdade. Muito tempo. - Falei tentando disfarçar a tensão que ainda percorria em mim. - Saudades de você.

- Sim... - Ela olhou em volta e o Jason pareceu entender o climão e se distanciou um pouco, mas ainda em vista. - O que faz aqui? Você ficou maluca?

- Eu não tô em Los Angeles... Quer dizer, eu tô. Mas agora, só estava por perto da cidade e queria me divertir um pouco na festa. - Choraminguei e ela respirou fundo.

- Vir aqui é arriscado. Eu sei que a poeira baixou e praticamente ninguém do departamento fala mais sobre esse assunto mas é bom evitar esbarrar com alguém de lá. Sua sorte é que foi comigo. - Falou piscando o olho e ri.

- Não vai me prender?

- É claro que não. - Ela falou revirando os olhos. - Mas evita abusar da sorte.

- Entendi. Não precisa se preocupar, depois dessa festa... sumo no mapa de novo. - Ela riu negando com a cabeça.

- E o Justin? Tá aqui? Veio com você? - Senti meu coração apertar e isso me deixava pra baixo.

- Na verdade não. Ele não tá aqui. - Falei sentando em uma cadeira do balcão.

- Ah, okay... Então, vou nessa. - Falou colocando as mãos nos bolsos de trás. - Pode ficar tranquila, se divertir. Acho que a única policial nessa festa sou eu.

- Obrigada, Tracey. - Falei sorrindo. - Até mais.

- Até nunca mais. - Falou me corrigindo e ri disso, vendo ela sumir no meio das outras pessoas. Olhei em volta e não vi o Jason ou o Dylan. Como essas pessoas somem desse jeito?




  P.O.V Justin Atlanta, GA. 09:45 PM



Já era tarde da noite e eu estava saindo do cassino, depois de mais um dia de merda naquele lugar. Motivação pra ir para casa eu não tinha nenhuma mas pra onde mais eu podia ir? Saí de lá entrando no estacionamento do local e gelei quando senti alguém segurar meu braço antes de entrar no carro. Saquei minha arma rápido e apontei em direção à pessoa que na hora que reconheci, me deu um alívio e neguei com a cabeça. Julie.

- Calma. - Falou levantando as mãos em rendição e guardei a arma novamente. - Vai me matar?

- Você não pode chegar desse jeito, parece um fantasma.

- Mas eu sou um fantasma, esqueceu? - Falou me fazendo negar com a cabeça, incrédulo.

- Você ainda tem coragem de brincar com isso, garota. - Ela riu alto.

- Qual é? Não seja chato. - Falou me dando um tapa no ombro de leve e revirei os olhos entrando no meu carro e franzi o cenho quando ela fez o mesmo, ocupando o banco do passageiro.

- O que você tá fazendo? - Perguntei confuso e ela só me olhava intensamente. - Fora do meu carro.

- Pra onde você vai? Eu vou com você. - Neguei com a cabeça.

- De jeito nenhum. Tá louca? Se a Kylie souber que tô andando com você ela me mata.

- A Kylie não está aqui. Quando digo aqui, digo em Atlanta. - Franzi o cenho e neguei com a cabeça.

Emotional RollercoasterOnde histórias criam vida. Descubra agora