Patience

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- Você sabe que tá sendo uma inconveniente do caralho, não é garota? - Falei puta de raiva com ela que me encarava séria e o Chaz só observava a cena, preparado caso acontecesse algo. Mas não farei nada, não vou sujar minhas mãos com essa garota. - Ninguém te quer aqui.

- Você que tá sendo uma mal agradecida. - Falou desafiadora e levantei as sobrancelhas. - Se não fosse por mim o Justin com certeza estaria morto... Não tô passando isso na sua cara, nem quero que você me agradeça. Só quero ficar aqui e saber como ele tá.

Ela me olhava triste e eu só me segurava para não acabar batendo naquela cara de sonsa dela. Revirei os olhos e dei as costas, voltando para onde os outros estavam. O Chris estava sentado com as mãos no rosto e parecia uma pilha de nervos. A Bárbara tentava acalma-lo.

- Você sabe quem possa ter feito isso, Chris? - Ele me olhou tenso e respirou fundo.

- Não tenho certeza mas acho que foi o Seth. - Franzi o cenho tentando lembrar mas nada chegava à minha cabeça.

- Quem é esse?

- É o chefe da máfia inglesa. Ele está na cidade e o Justin meio que se desentendeu com ele, provocou... - Eu estava gelada dos pés à cabeça. O Justin metido com essa merda de novo me deixava preocupada pra caralho. - Mas eu sinceramente não sei se foi pra tanto.

- Pelo visto, foi. Chris, ele incendiou a casa com o Justin lá dentro.

- O Ryan já saiu com o Rick, Khalil e Za mais alguns homens do Rick atrás dele. Se tiverem encontrado, à essa altura ele já está morto.

- Acho bem difícil. - O Chaz comentou. - O cara não tá em Atlanta sozinho, no dia que encontramos ele, tava cercado de brutamontes.

- Isso é verdade. - O Chris apontou. - Enfim, ainda não acho uma boa eles terem ido atrás desse cara. Mais pessoas podem se machucar.

- Eu só quero ver o Justin. - Falei sentando.

- Aí vem o médico. - O Chaz falou e levei a vista até o cara que saía da sala.

- Como ele tá? - Perguntei preocupada com o coração na mão.

- Parentes de Ryan Butler? - O carinha perguntou e Franzi o cenho confusa.

- Sim. - O Chris respondeu me olhando sério e agora eu acho que estava entendendo.

- Bom, o paciente apresentou melhora contando o estado que chegou aqui, pra ser sincero quase morto. - Engoli seco e uma saliva amarga na minha boca surgiu. - Mas ele apresentou uma pequena melhora, reagiu bem... mas ainda é muito cedo para dizer alguma coisa.

- Você falou, falou e não disse nada. - O Chaz reclamou e o médico respirou fundo.

- Bem, o que eu quero dizer é que com a melhora que ele apresentou hoje quer dizer que ele ainda tem chances de sobreviver, mas ainda tá muito mal. - Passei as mãos no rosto com o coração à mil.

- Então ainda existe essa possibilidade? Dele... morrer? - Perguntei nervosa e o médico assentiu.

- Infelizmente, sim. Ele inalou muita fumaça, uma quantidade absurda, já vimos pessoas que inalaram menos que ele morrer, então ainda existe essa possibilidade sim. Sinto muito.

- Sente muito nada! Você não vai deixar ele morrer. - O Chaz se exaltou partindo pra cima do médico e o Chris segurou ele com a ajuda da Bárbara e até eu me assustei com a reação dele. - Ele chegou aqui vivo, se sair daqui morto pode ter certeza que ele não será o único.

- Você tá me ameaçando, rapaz?

- Sim! Eu tô, seu médico de merda. - Ele tirou a arma da cintura e arregalei os olhos assim como os outros. - Se você deixar meu amigo morrer, eu mando você e todo mundo desse hospital aqui pro inferno.

Emotional RollercoasterOnde histórias criam vida. Descubra agora