Senti me puxarem forte junto com o Thomas e o carro freou bruscamente na rua parando mas se nós estivéssemos ali, não sei o que teria acontecido.
- Você tá maluca? - O Dylan falou e percebi que havia sido ele quem tinha me puxado. Nem dei preço e fui até o Thomas que pela cara dele nem percebeu o que tinha acontecido, isso me deu um alívio, afinal ele estava bem. - Você tava parada no meio da rua, garota.
- Aí garota, você tá maluca? - O cara saiu exaltado do carro e eu ainda estava tentando digerir o que aconteceu.
- Aí, cara vai se fuder! - O Dylan falou arrogante com o cara. - O sinal tava fechado, seu merda.
O cara pareceu entender que estava errado e entrou no carro novamente saindo dali em um piscar de olhos.
- Eu... eu tava distraída, eu não percebi... - Falei ainda um pouco nervosa e o Dylan me abraçou.
- Tudo bem, já passou. Não foi nada demais. - Assenti e fui até o Thomas que com certeza não tava entendendo nada ali.
- Você... De onde você veio?
- Bem, eu estava fazendo meu trabalho. - Falou meio envergonhado, coçando a nuca e neguei com a cabeça.
- Pela primeira vez não tô com raiva por você ter me seguido. - Ele só negou com a cabeça.
- Depois dessa que vai ficar difícil de parar. - Revirei os olhos.
- Obrigado de qualquer forma, Dylan. - Ele sorriu sem mostrar os dentes.
- Não precisa agradecer. - Falou simpático. - Acho que depois disso você não quer mais dar uma volta, certo?
- Com certeza. Quero ir pra casa. - Ele concordou com a cabeça.
- Então vamos lá. - Assenti e comecei à empurrar o carrinho do Thomas e seguimos no caminho de volta pra casa. Ainda estava meio nervosa mas nem tanto.
- Quantos meses ele tem? - O Dylan perguntou, quebrando o silêncio.
- Quatro. Tá crescendo muito rápido. - Falei e ele riu pelo nariz.
- Ele é...
- A cara do Justin. - Completei a frase e ele confirmou com a cabeça, me fazendo rir. - Já tô acostumada.
- É que é notório. - Falou rindo e assenti.
Continuamos caminhando e meu coração já apertava só de lembrar do Justin. Não vou ligar pra ele de volta, preciso de um tempo mas queria muito saber o que a Julie fazia com o telefone dele.
(...)
Mais tarde na casa dos meus pais, eu conversei um pouco mais com o Dylan. Afinal de tudo, eu vi que não precisava tratar ele como um pé no saco toda vez, ele até parecia legal então não precisava ser assim.
- Então você era da polícia? - O Dylan perguntou surpreso e eu ri alto. - Meu Deus, Kylie! Isso parece coisa de filme.
- Não é?
- Incrível... - Ele falava meio surpreso, diria que sem acreditar e eu só sabia rir da reação dele. - Creio então que você teve que tomar decisões difíceis?
- Sim, foi horrível. Imagina só, eu começando minha carreira policial, tudo que eu sempre sonhei e aí me apaixono pelo cara que tinha que prender. - Ele só negava com a cabeça e era engraçado. - Foi bem difícil mas no final de tudo sei que fiz a escolha certa... Acho que se tivesse ficado, deixado o Justin fugir mas não fosse com ele, tentado esquecer nunca seria tão feliz como eu fui.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Emotional Rollercoaster
RomanceUma policial recém contratada da SWAT acaba caindo em um caso que tem como objetivo prender uma equipe especializada em roubos milionários pelos EUA. Em especial, o chefe da equipe cujo ninguém sabe o nome ou nunca viu o rosto. O problema é que kyli...