Levei um susto ao ver aquela porta se abrindo e adivinha, sim, era Henry. Assim como eu, ele se assustou largando a mão daquela garota ao seu lado no mesmo instante.
- Maluca? O que está fazendo aqui?
- E... eu... e... - Comecei a gaguejar olhando para ele e a garota. - Me desculpa, já estava de saída.
Peguei meu salto entre os dedos e me levantei às pressas para sair do quarto, mas Henry se colocou na minha frente.
- Uou, uou... Calma, vai para onde descalço?
- Pode me dar licença?
Por que justo nesses momento em que tento me passar por sóbria eu acabo tropeçando no chão? "Como, eu não sei!"
- Você está bêbada? Cadê Maitê?
- Henry deixa eu passar.
- Fica ai, eu já volto.
Henry fechou a porta puxando a garota para fora, tenho certeza que ele iria ficar com ela e depois vir como um ratinho querendo "me ajudar" e só de imaginar aquela cena meu estômago revira inteiro, olhei em volta quando notei que o quarto do Vitor era uma suíte e corri em sua direção. Me tranquei naquele banheiro e comecei a passar mal e passar mal, como se minha alma fosse cair naquela privada até começar a ouvir batidas na porta e a voz de Maitê.
- Amiga! Você está bem?
- Me... - Passei mal novamente. - Me deixa sozinha!
Maitê começou a sussurar com Henry até que ele falou:
- Sua maluca sou eu, abra essa porta agora!
Me convencendo, rasteijei até o trinco destrancado. Vi que Maitê deu uma olhada e Henry falou para ela deixar com ele e entrou fechando a porta novamente.
- Que merda em, você bebeu tanto assim?
- Não... Eu não sei...
- Comeu algo?
- Almocei macarrão instantâneo.
- Nossa que refeição perfeita para quem virava um copo de vodca a cada minuto.
- Não foi bem assim.
- Não?
- Não.
- Você é mais louca do que eu pensava.
Olhei para a privada e minha cabeça girava e eu queria tanto dizer umas verdades para Henry, o quanto eu o odeio. Senti meu rosto queimando como se eu fosse começar a chorar.
- Está bem? Vai vomitar de novo?
Henry se aproximou segurando meu cabelo.
- Eu odeio você... - Murmurei. - Dá para ficar longe?
- O que?
- Fica longe de mim! - puxei meu cabelo tirando de suas mãos. - Você está com aquela garota!
- Não, eu estou aqui com você.
- Eu vi vocês de mãos dadas, você ia transar com ela. Neste quarto!
- Ayala calma, você não está falando coisa com coisa.
- Não? Eu estou bebada e não cega Henry.
- Está bem, eu ia ficar com ela até porque não estamos juntos, lembra? Você me deu um fora.
Henry se afastou me olhando como se fosse me dar um tiro. Em seguida ele foi procurar no armário do banheiro algo para que eu pudesse lavar a boca, ao achar o enxaguante bucal me entregou. Depois de vários gargarejo sai do banheiro e Henry estava sentado na cama me olhando.
- Não me olha assim.
- Assim como?
- Desta forma.
- Que forma? - Ele riu.
- Como se fosse me devorar assim que eu der as costas.
Henry caiu na gargalhada se jogando para trás.
- Esses dias eu sonhei com você... - Fui me aproximando dele, enquanto ele se sentava novamente. - Estávamos em uma festa, em um quarto, só eu e você, no fim a gente transou ao som de "Sixteen"...
Henry ficou me olhando sério a cada passo que eu dava, seus olhos brilhavam e ele passava a língua sobre seus lábios. Mas como nada é perfeito.
- Até você me deixar com frio em uma estrada vazia para morrer atropelada pelo irmão da Maitê.
Vi a cara de empolgação do Henry sumir no mesmo instante, mas ainda sim ele sorriu.
- Nossa garota, você me dá medo.
- Mas é verdade.
Cruzei os braços revirando os olhos, mas como Henry não prestava. Ele se levantou vindo em minha direção, pegou alguns fios soltos de cabelo sobre meu rosto os colocando atrás da orelha. Sua mão estava quente, era como uma eletricidade corresse pelo meu corpo a cada toque e o que com certeza me lembrava do sonho. Estava prestes a deixar me levar pelos seus papos, quando cai na real me afastando.
- Sabe o que seria bem legal agora?
- O que?
- Você pegar uma bebida para mim.
- Você acabou de passar mal, não vou deixar com que beba mais.
- Lamento então terei que buscar sozinha.
Coloquei meu salto novamente enquanto ouvia Henry repetir que não deixaria eu beber mais, simplesmente o ignorei mesmo ele ainda tentando me segurar quando me desviei dando passos mais longo. Na cozinha notei que não tinha ninguém me seguindo dizendo o que eu devia ou não fazer o que me animou ainda mais, até meus olhos enxergarem aquela garrafa de whisky parada. "Acho que nunca tomei isso, então acho que tudo tem sua primeira vez". Peguei um copo e enchi, quando fui tomar percebi que era pior que vodca pois minha boca estava queimando e eu senti aquele troço descendo queimando até meu estômago, só que agora não dava mais para largar então, virei tudo de uma vez só..
(Continua)
Oioi gente, queria agradecer a todas pela força, pelos votos e todos os comentários. Eles incentivam muito a continuar postando o restante do livro. Então obrigadaaa! e não esqueçam de deixar os comentários sobre o que esperam e o que estão achando!!
E me desculpem se houver algum erro, pois nem sempre o corretor acaba ajudando.
Obrigada!!
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Como Não Se Apaixonar
Teen FictionAyala Cristine está no último ano do ensino médio quando cruza seu caminho com Henry Stuart, um dos garotos mais populares do seu ano. Depois de muita negação Ayala assumi estar gostando dele, MAS tudo isso vira de ponta cabeça com a misteriosa cheg...