Quando eu finalmente achei Henry, implorei para irmos embora e ele não conseguiu compreender absolutamente nada até ouvirmos Vitor.
— Eu, não, acredito, nisso.
Olhamos em direção em que olhava, Maitê entrava sorridente dentro da casa segurando uma garrafa de Vodca e a outra entrelaçada com ninguém menos que Carla. Eu abri um sorriso enorme em ver que só estava as duas e pela coragem que ela estava tendo em não ter medo dos julgamentos alheios.
Fui indo em sua direção e nos abraçamos.
— O que é isso? Perdeu o medo? — Falei empolgada.
— Sim, depois do que aconteceu com você e com o Jay-jay, eu percebi que eu não podia deixar a pessoa que eu gosto ir embora por um medo bobo.
Ela estava certa, mas o comentário deixou bem explícito que ela e Jason conversaram e infelizmente me desperta a curiosidade sobre isso, sobre qual conclusão chegaram.
Durante aquela noite ainda eu e Henry passávamos a maior parte do tempo juntos, até que chegou um momento em que ele e Vitor sumiram novamente me deixando com seus amigos estranhos, ouvindo assuntos aleatórios. Até que decidi ir atrás deles.
Comecei a procurar por toda a casa, até lembrar que no quarto do Vitor havia mais um banheiro e então fui direto para lá acertando em cheio.
— Henry! Está aí? — Batia na porta ouvindo alguns murmúrios.
— Oi, sim! O que foi?
— Da para abrir está porta?
— Não! — Que? Henry está se negando abrir a porta para mim.
— Cara, abre. — Ouvi uma voz super baixa masculina, então deduzi que era do Vitor.
Henry abriu a porta me encarando de forma estranha, quando tentei olhar para dentro do banheiro e notei Vitor de costa com a cabeça baixa. Henry então me puxou para fora e fechou a porta do banheiro.
— Da para me explicar o que está acontecendo?
— É complicado, o Vitor ele... — Henry olhou em volta, mesmo notando a porta do quarto fechada. — Está passando por um momento difícil e ver a Maitê com aquela garota foi um choque para ele.
Eu e Maitê tivemos tanto efeito na vida desses meninos assim?
— O que quer dizer?
— É difícil explicar. — Henry pareceu desconfortável em abrir esse assunto sobre seu amigo e eu entendi.
— Tudo bem, eu vou lá para baixo. Qualquer coisa me chama. — Ergui um pouco meus pés e lhe dei um beijo na bochecha.
Quando voltei para baixo, estavam jogando "Eu nunca" e como essas brincadeiras sempre se tornam divertidas ao olhos de July, é claro que ela se encontrava lá no meio.
— Ei! Namorada do HS joga com a gente!? — Um dos amigos de Henry me chama.
Eu não ia, mas July olhou para mim com um sorriso maléfico.
— É querida, vem jogar com a gente.
Me aproximei do sofá me sentando ao lado de Maitê que também estava participando, além de várias outras garotas que até o momento eram apenas garotas aleatórias para mim. Maite então me deu um copo de licor.
— Minha vez de fazer a pergunta. — July sorriu e olhou diretamente para mim. — Eu nunca transei com Henry Stuart.
Os garotos caíram na gargalhada enquanto eu observava todos ao meu redor, das 5 garotas a participar do jogo beberam, inclusive July. As únicas que não foi eu, Maitê, Carla e mais uma garota apenas. Ou seja todas já transaram com o meu namorado. Isso era ridículo e eu não sabia como reagir as provocações de July.
— O que!? Ayala você nunca transou com Henry? Tem certeza que vocês estão juntos? Por que pelo que conheço ele, jamais ficaria com alguém por muito tempo sem...
— Cala a boca! — A interrompi.
— O que foi? Não precisa ter ciúmes, tudo o que eu e ele tivemos de especial ficou no passado.
— Ciúmes de uma garota como você? Que usa qualquer um na sua frente para curar seu ego ferido por nunca ter sido amada?
Todos berraram rindo da nossa cara, quando fui me levantar do sofá Maitê me segurou pelo punho negando com a cabeça para que eu não me rebaixasse para July.
— O que mais você quer saber July? Que você de todas essas garotas foi a que ele mais desprezou pelo seu caráter ser um desprezível?
Ok, eu não deveria ter metido as outras garotas no meio, mas para a minha surpresa nenhuma delas se ofendeu. Então sem dar atenção para Maitê, me levantei bruscamente do sofá para sair daquela rodinha ridícula.
— Você não sabe o que está falando! Minha história com ele é linda e você é só uma vadia intrusa, ladrona de namorado.
Não, eu não vou aturar essa garota fodendo minha última festa, eu não vou mais aturar abaixar a cabeça para suas provocações, eu não vou!
Me virei novamente para ela indo em sua direção, ela arregalou os olhos ao me ver se aproximando, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ela logo veio me dando um grande tapa em meu rosto. Por essa eu realmente não esperava, só que tudo que ela conseguiu fazer, foi meu sangue ferver para voar nela e foi o que aconteceu. Eu ao me voltar para ela levantei meu punho fechado e acertando em cheio seu rosto, não sei exatamente em qual parte exata acertou, mas senti um osso e doeu. Então perdendo totalmente a cabeça ao vê-la brigar que nem mulherzinha puxando meu cabelo, a joguei no sofá com toda minha força me sentando em cima dela e a golpeando em seu rosto, não queria machuca-la então abri as mãos e fui somente para os tapas. Ela continuava naquela de puxar meu cabelo para me tirar de cima dela, o que não adiantava merda nenhuma! Porque ali permanecia eu, tapeando seu rosto me segurando firme para não fechar meu punho e acerta-la para valer.Toda aquela confusão só foi se encerrar quando senti os braços de Henry me puxando para longe dela.
— Que merda é essa! O que está havendo aqui!
Enquanto alguns garotos foram ver July, Henry me puxou para o mais longe dela antes de me largar e segurar e parar em minha frente.
— Ei! Ei, olha para mim! — Henry segurava meu rosto mas revirava os olhos para não ter que encara-lo.
— Você não entende? Achei que seria normal mas não, metade das garotas já estiveram com você! Droga! Eu nunca vou ser especial, você nunca vai olhar para mim e achar que eu sou única.
Henry começou a rir como se meu desabafo fosse algo engraçado. Mas sua resposta foi totalmente aos contrários do que eu imaginava. Ele me puxou pelo punho até o lado de fora da casa.
— Maluquinha, você não entende não é mesmo? — Henry novamente segurou meu rosto enquanto acariciava minhas bochechas com a ponta dos polegares. — Você já é especial e única por ser a primeira garota a quem entrego meu coração, que eu desejo ter algo de verdade e ninguém nunca vai ter esse privilégio.
Tá bom Henry Stuart você ganhou.
Sorri para ele pulando em seu pescoço e o abraçando forte. Está bem, acho que desta vez eu consigo confiar e ir fundo nessa relação que deixou de ser rasa antes mesmo que eu pudesse perceber.
CONTINUA
E AII GENTE, O que estão achando??
Tem muito o que acontecer ainda, espero que estejam gostando!
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E obrigada a todos que acompanham, estamos chegando ao 40mil leituras,
Obrigadaaa
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Como Não Se Apaixonar
Ficção AdolescenteAyala Cristine está no último ano do ensino médio quando cruza seu caminho com Henry Stuart, um dos garotos mais populares do seu ano. Depois de muita negação Ayala assumi estar gostando dele, MAS tudo isso vira de ponta cabeça com a misteriosa cheg...