Capítulo 17

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Henry foi se aproximando me fazendo dar alguns passos para trás. Até que cruzei os braços e o questionei.
— Afinal, o que você quer?
— Eu estive pensando.
— Henry se for sobre aquele assunto eu queria dizer que...
Henry me interrompe.
— Me escuta Ayala. — Fechei a boca o olhando confusa. — Acho que me precipitei demais.
— O que? Você não...
— É isso ai, você está livre de mim. 
Me sentei na cama, sem entender absolutamente nada. O que Henry queria dizer com "Você está livre de mim"? Não sabia nem o que responder há ele.
— Então, já estou indo.
Henry saiu do quarto fechando a porta e me deixando ali sozinha. 
Isso realmente estava acontecendo? Henry acabou de me dar um fora? 

Na terça-feira fui para o colégio e enquanto pegava meus livros Maitê chegou toda animada me puxando.
— Você não vai acreditar!
— O que?
— Vitor vai dar uma festa na casa deles, mas é só para os amigos mais próximos.
— Hum... — Fiz careta.
— O que foi? Você vai comigo né?
— Seu namoradinho não te contou?
— O que?
— Henry foi lá em casa ontem e disse que eu estava livre dele.
— Que? É sério? Não acredito que Henry fez isso. 
— Minha orelha está queimando.
Henry surgiu do além ao lado de Vitor que chegou agarrando Maitê como se eles não se vissem a semanas e isso é nojento quando é visto por outra pessoa. Cruzei os braços enquanto olhava aquela cena esquecendo que Henry estava do meu lado o que obviamente me causou um susto. 
— Então... — Dei um pulo olhando para Henry. — O que estavam falando de mim?
— Nada que te interessa.
— É sobre mim, claro que me interessa.
— Idai? Não importa.
— O que? — Henry começou a rir. — Você é louca. Não sabia que te dar um fora traria aquela marrenta de novo.
— Você não me deu um fora, eu te dei um fora.
— E o que eu fiz ontem?
— E o que eu fiz domingo Henry?
— Beleza então, estamos quites.
Henry sorriu de forma provocadora. "Não estou te entendendo Henry Stuart".

Na quarta-feira estava pelos corredores quando comecei a sentir uma cólica horrível, no mesmo instante corri para o banheiro e o que eu mais temia tinha acontecido. E para piorar, minha calça tinha sujado eu ia surtar! Não estava preparada para isso, não era dia nem semana. Que merda? O que eu vou fazer? 
Comecei a encher Maitê de mensagem, mas ela não respondia, tentei ligar e caia na caixa postal. "Droga Maitê! Por quê não me atende?" Eu vou fazer o que? Eu não conheço mais ninguém! O que me fez sair do banheiro com as mãos para trás tentando esconder justo naquele momento tocou o sinal. Comecei a entrar em desespero ao ver todo mundo saindo das salas, me encostei ao lado do bebedouro na esperança dos cinco minutos passarem em cinco segundos até todos voltarem para as salas. Quando Henry apareceu para entrar no banheiro masculino.
— Henry! — O puxei pelos braços.
Ele estranhou olhando para seus amigos em seguida para mim.
— O que foi? — Esperei os amigos dele entrarem para poder falar.
— Henry por favor me ajuda.
— O que? O que aconteceu? Você tá bem?
— Eu preciso ir até a direção.
— Ué e por que não vai? — Henry estranhou dando risada.
Eu estava desesperada e não acredito que estava prestes a compartilhar que estava de chica para ele. Antes mesmo de falar senti meu rosto queimando, parecia que ia desmaiar a qualquer momento.
— Sujei minha calça...
— Que? É só limpar. — Henry caiu na gargalhada, tentando enxergar alguma sujeira. 
— Henry não... Eu sujei com... Ai que droga!
— Aí caramba. Entendi, puta que pariu! 
Henry ficou sério no mesmo instante entendendo o meu desespero.
— Fica calma, deixa eu pensar... 
— Não era para vir, eu não sei o que aconteceu.
Henry tirou seu moletom e me deu.
— Amarra na cintura e vamos lá, eu cuido de acontecer alguma coisa.
Por dentro eu me senti confortável e aliviada em ver que Henry não zombou de mim.
— Obrigada. — O agradeci envergonhada.
— Acontece, relaxa. 
Depois que a direção me emprestou outra calça me liberaram para casa. Em casa coloquei o moletom para lavar mesmo que não tenha sujado, em seguida mandei uma mensagem o agradecendo novamente já que era o mínimo que podia fazer depois do que ele fez por mim hoje. 

.

(Continua)

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