No dia seguinte acordei e vi Jay dormindo com os cabelos caídos sobre seu rosto, ele dormia tão tranquilo. O que eu estava sentindo naquele momento era inexplicável, era algo magico, estava me sentindo em um verdadeiro conto de fadas.
— Qual é o seu sonho? — Jay falou abrindo os olhos lentamente.
— Como assim?
— Você sonha com algo?
— Eu sonho com você. — Respondi sem prensar, talvez essa realmente fosse o que eu queria dizer.
Antes que Jay pudesse responder vi o curativo que havia feito no seu ponto na noite anterior com sangramento.
— Ai meu deus, está sangrando.
Jay levou um susto e se levantou rapidamente antes de começar a gargalhar, não entendi absolutamente nada, sua ferida estava sangrando e ele simplesmente ria? Mesmo que eu ame esse sorriso, essa gargalhada que é tão difícil de se ouvir.
— Por que está rindo Jason? Qual a graça?
— É normal, por me mexer muito a noite e pelo esforço de ontem, está tudo bem.
— Me desculpa fazer você se esforçar ontem.
— Ayala, cala-se.
Jay falou se aproximando de mim e me abraçando e assim consegui descansar um pouco mais ao seu lado.
Assim que Jay me deixou em casa eu sabia que teria que pensar na sua proposta assim como conversar com minha mãe, não seria fácil dela aceitar e talvez isso me deixasse com um pouco de medo. Mas agora eu só precisava focar no que minha mãe estava falando.
— Eu sei que você gosta dele, mas para esse relacionamento dar certo você precisa colocar um ponto final definitivo entre você e o Henry, senão qualquer briga você vai atrás dele e vão ficar sempre nessa palhaçada de machucar um ao outro.
Ela não estava errada, eu sabia que precisava conversar com Henry e preciso fazer isso o mais rápido possível. Então foi o que eu fiz, fui até a residência dos Stuart.
— O que você está fazendo aqui? Já falei que não queria mais te ver.
— Henry é importante.
— Assim como essa marca ridícula no seu pescoço? Pelo jeito a noite foi boa.
— Foi sim, mas você é um puto de um hipócrita! Ou você acha que eu não sei sobre quem é Antônio.
— O que? — Henry arregalou os olhos.
— É isso mesmo, agora será que podemos conversar?
Em seguida Henry me guiou até seu quarto e fechou a porta com cara de culpa.
— O Antônio é pai da July, eu sinto muito esconder isso de você.
— Não Henry, eu preciso saber da verdade. Impossível ficar tanto tempo apenas jogando baralho com um velho.
Eu sabia que tinha, mas não era o forte de Henry.
— Eu gostei de você, de verdade. Só que após ir na casa da July e passar aquele tempo com a família dela eu senti algo diferente, ela mostrou ser alguém que eu não conhecia. Ela não é nada do que pensamos.
— Você errou, errou comigo mais uma vez, você me fez confiar em você, depois me julga enquanto você estava com ela. Estou errada?
— Não... — Henry se baixou na porta colocando a cara entre os joelhos.
Tá bom, aquilo foi um choque para mim. Eu não esperava aquilo, acertando em cheio o meu medo de estar sempre confiando nas pessoas de olhos fechados. Acho que todas as pessoas que eu decido sentir algo me destroem.
— Está tudo bem. — Me aproximei. — Não fomos feitos um para o outro, estávamos desde o começo sujeitos a isso.
— Me perdoe, eu sei o quanto precisava de alguém ao seu lado e fiquei com medo de te deixar e você estar sozinha. Você é uma peça muito importante na minha vida, eu gostei de você mais do que de mim mesma e nunca imaginei ver esse sentimento se esvaindo.
— Henry eu não te culpo por nada, você esteve do meu lado quando eu precisei e vou guardar todos os nossos momentos para sempre comigo. Você nunca se apaixonou e acho que se não fosse por mim você nunca ia descobrir um sentimento se convivesse com July, ia achar que era uma simples atração.
— Só não deixe de confiar nas pessoas por minha causa ou por causa daquele babaca. — Eu ri.
— Vocês são mesmo os meus meninos.
Naquela tarde eu passei ao lado de Henry como bons amigos, amigos de verdade. Sem pegação atrás da arquibancada, sem declarações atoa, sem um sentimento camuflado por outro. Eu sei que o tempo todo o Henry teve sentimentos verdadeiros por mim e talvez eu me culpe um pouco por não ter tentado antes e nos valorizados mais, só que agora era tarde o suficiente, tarde pois, eu amava Jason e ele estava tendo seus momentos com July. Acho que tudo isso no fim nos serviu de uma grande lição nos trazendo uma grande amizade.
(CONTINUAAA, PENULTIMO CAPITULO)
Espero que gosteemm!! dois em um dia só!!! não vejo a hora de postar o ultimo capitulo para voces!!
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Como Não Se Apaixonar
Teen FictionAyala Cristine está no último ano do ensino médio quando cruza seu caminho com Henry Stuart, um dos garotos mais populares do seu ano. Depois de muita negação Ayala assumi estar gostando dele, MAS tudo isso vira de ponta cabeça com a misteriosa cheg...