Capítulo 68

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     Comecei a me arrumar para a tal festa, pensando em como tudo tinha voltado ao normal, mesmo com a volta de Jason ainda me perturbar.

— Ayala! — Ouvi minha mãe berrando lá de baixo.

Fui ver o que ela queria, morrendo de medo do que Lourenço poderia ter falado para ela e quais proporções ela tomaria diante disso.

— Oi. — Desci respondendo da forma mais natural possível.

— Podemos conversar? — Ela estava seria e isso era perigoso.

— Claro, aconteceu algo?

— Já pode para de fingir que não sabe o que eu quero falar. — Ela cruzou os braços.

— Eu não estava fazendo nada, a gente só estava conversando sobre o baile que você sabe que ele vai me levar.

— Para de tentar disfarçar Ayala, todo mundo já percebeu que você tem uma queda nele. Só não entendo por que esconde as coisas de mim sabendo que sempre tem meu apoio.

— Será que podemos conversar sobre isso depois? Eu preciso me arrumar para a festa que no caso vou com Henry também.

Me virei saindo com meu coração a mil antes de minha se sentar no sofá bufando. Eu não sabia o que esperar sobre aquela conversa, pela primeira vez eu duvidei em ter o apoio da minha mãe e isso me assustava se ela não me apoiasse.

— Manda notícias. By: Ayala — Mandei mensagem para Maitê estranhando seu sumiço desde cedo.

Demorou cerca de uma hora para que Henry chegasse para me buscar, o clima piorou ainda mais quando minha mãe quem abriu a porta e o encarou como se soubesse tudo que estávamos prestes a fazer naquele sofá.

— Oi Henry, como vai? Faz tempo que não te vejo na casa do seu pai.

— É as aulas lá no serviço estão bem corridas.

— A claro, o serviço. — Minha mãe falou ironizando sua resposta, Henry por sua vez deu um sorriso distraído.

— Acho melhor a gente ir. — Falei o puxando pelo moletom para fora de casa o mais rápido possível.

No carro ele questionou.

— O que deu nela?

— Você ainda pergunta? Ela já sabe que eu estava na sua casa e eles estão desconfiando.

— Imaginei que isso aconteceria. — Henry pareceu preocupado mais uma vez e desconfiei.

— Está tudo bem?

— Sim, só quero chegar rápido nessa festa com a minha garota. — Henry sorriu novamente me olhando de canto.

Assim que chegamos em frente à casa de Vitor já ouvíamos a música soando alto do lado de fora.

— Uau, já está fervendo.

— Claro, essa é a última do ano. Mais da metade do colégio convidado.

— Então já sei que a July vai estar aí. — Suspirei fundo como reprovação.

Henry me olhou e abaixou a cabeça, era obvio que ele não teria uma resposta para isso. Era o que eu pensei, antes dele me puxar pela mão entrelaçando nossos dedos e me olhando no fundo dos olhos.

— Hoje à noite é só minha e da minha garota, lembra?

— Não, você não falou exatamente isso. — Revirei os olhos.

Henry sorriu, antes de me dar um leve beijo na ponta do nariz.

Ao colocarmos os pés para dentro da casa, todos olharam para "Henry e sua nova, antiga, garota", confesso que senti um ponto de desconforto antes dele segurar forte minha mão e acalmar todo o meu ser. Respirei fundo antes de olha-lo e sorrir.

— Que a noite começa. — Resmunguei, então comecei a procurar a mesa com as bebidas.

— Quer uma cerveja?

— Por favor, minha boca está seca.

Henry se virou indo em direção a cozinha e eu fui procurando logo uma cadeira para me sentar. Mas como toda paz dura pouco.

— Olha só quem resolveu se divertir. — July apareceu do meu lado. — Cadê seu namoradinho.

— Está na cozinha.

— Quem disse que eu estou falando do Henry, Ayala para de ser iludida. Ele nunca vai ser só seu, igual você nunca vai ser só dele. Então vamos ser bem sinceras, por que diabos não o deixa em paz e volta para o seu namoradinho que adora bater nas pessoas?

Eu olhei para July, prestes a explodir, mas antes que eu pudesse responder Henry apareceu me salvando de uma grande cagada.

— Está tudo bem aqui, maluquinha?

— Não sei, está tudo bem aqui July? — Cruzei os braços a encarando.

— Nunca esteve melhor. — Ela sorriu para mim, em seguida olhando para Henry. — Te vejo por aí gatinho.

Ela pegou e saiu de perto, quando bufei pegando minha cerveja.

— Essa garota me irrita!

— Relaxa, vamos só aproveitar.

Estou me perguntando como Henry consegue ser tão otimista assim e todos os santos Dias.

Minutos depois nos juntamos com Vitor e alguns rapazes que eu não conhecia e ficamos conversando, até eu reparar que ainda Maitê não deu as caras e nem respondeu minha mensagem. Estou começando a achar que ela pode estar me evitando pelo simples fato de que não ter me acertado com seu irmão, ou ter falado todas aquelas palavras horrendas para ele. Decidi então que iria ligar para ela, ela não podia me ignorar assim na véspera do baile de formatura.

E surpreendente ela me atendeu rapidamente.

— Oi! — Ela falava de forma que dava para perceber a quão animada estava.

— Oi, aonde esteve? Estava preocupada.

— Não se preocupe, estamos chegando.

— Estamos? Está vindo com quem? — Sem me dar ouvidos Maitê desliga, isso faz meu coração disparar.

Sai daquele banheiro às pressas voltando para a sala atrás de Henry, mas o mesmo já não estava lá. Isso me preocupa, se Maitê vir aqui com seu irmão vai acabar com a noite de todas. A minha noite e do Henry. 

CONTINUA

E ai??? O que acham que vai acontecer?? 

Espero que estejam gostando é claro!! 

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obrigadaaaa


Como Não Se ApaixonarOnde histórias criam vida. Descubra agora