Ao me alcançar Jay parou na minha frente, me pegando pelo braço e me puxando para o canto da estrada.
— Da para conversar comigo?
— Estou ouvindo. — Cruzei os braços enquanto as lágrimas continuva escorrendo pelo meu rosto.
— Não quero que pense coisas errada de mim, eu gostei do que tivemos mas... — O interrompo.
— Mas você não me quer, e acha que me jogar para Henry vai facilitar sua escolha, já entendi você.
— Entendeu o que?
— Você está com medo.
— Medo?
— Você está com medo de acabar se apaixonando por mim e eu te deixar.
— Cala boca. — A expressão de Jay mudou, ele parecia ter se enfurecido.
— Pelo jeito acertei em cheio! — Retruquei toda orgulhosa.
— E se for!? O que me provar que você não vai fazer isso!? — Ele respondeu quase que num berro.
Por essa eu não esperava, e eu acho que a minha atitude ele também não.
Me aproximei dele e em um jeito rápido coloquei a mão por volta do seu pescoço dando lhe um beijo, ele é claro retribuiu envolvendo suas mãos por volta da minha cintura. Como eu me sentia viva nos seus braços, seu beijo quente incendiava meu corpo estremecido.
Não demorou para me afastar e sorrir para ele perguntando:
— Isso te prova alguma coisa?
Ele passou a mão em meu rosto limpando as lágrimas paradas.
— Acho que preciso de mais um beijo. — Jay sorri acariciando meu rosto antes de avançar e me roubar mais um beijo. Quer dizer, o primeiro quem roubou foi eu, mas não importa.No caminho de volta para casa, ficava olhando para Jay a cada minuto. Não é possível que eu tenha chegado a essa conclusão, eu estou completamente hipnotizada por ele, como se Henry nunca tivesse existido. Isso me torna ruim?
— O que foi? — Perguntou.
— É... Nada.
— Você está me olhando feito doida.
— Ei! — Dou um tapa em seu braço, ele resmunga.
— Cuidado, estou dirigindo.
— Desculpa. — Murmurei e ele sorriu.
Falei para ele que não queria ir para a casa, que queria ficar mais um pouco com ele e então concordamos de ir para a sua casa. Ele sabia que ainda não estava falando com Maitê, mas não pareceu nem um pouco preocupado em me levar até lá.
Ao chegarmos, dona Lúcia abriu um sorriso enorme já o Sr. Morris arregalou os olhos não acreditando que eu estava na companhia do seu filho.
— Ayala, que surpresa! — Ela veio até mim me abraçando.
— Oi, tudo bem?
— Tudo, vocês querem assistir com a gente? — Olha olhou para Jay. — Seu pai colocou em um filme horrível, você tem que ver.
— Eu tenho que conversar com Ayala, depois assisto.
— Conversar, sei. — Ela apertou os olhos desconfiada antes de abrir um sorriso novamente. — Bom, tem biscoitos no armário, frango no forno e macarronada na geladeira. Fica à vontade querida.
— Obrigada.
Caminhamos até seu quarto, quando finalmente me contou que Maitê estava na festa de Vitor mas ele não mostrou estar preocupado com isso, como se garantisse que sua surra tinha válido para alguma coisa. Eu acho que serviu já que Vitor realmente pareceu arrependido do que fez.
Ele pegou uma muda de roupa e uma toalha, antes de perguntar:
— Vou para o banho, quer vir junto?
— Há, há, engraçadinho. — Jay riu.
Nossa, sua risada de verdade era rouca e tão doce.
— Estou brincando.
— Claro, até porque você não daria conta. — Ergui uma sobrancelha dando um sorriso malicioso.
— Não me provoque, você não sabe com quem está mexendo. — Ele se aproximou apoiando as mãos na cama me dando um beijo na testa, logo voltou para trás.
Fiquei olhando ele se afastar sorrindo, dei uma pequena mordida em meus lábios me segurando para não correr até ele o impedindo de sair desse quarto.
Peguei meu celular notei que estava cheio de mensagens do Vitor perguntando se eu ia, que estavam todos lá, inclusive Maitê. Eu não sabia o que responder até ver a próxima mensagem.
— Maluquinha, sou eu. Venha para cá!
Meu corpo amoleceu, era Henry. Ele estava mesmo me mandando mensagem pelo celular do Vitor? O que ele queria? Achei que me odiasse!
A porta do quarto abriu e dei um pulo.
— Que cara é essa? Aconteceu alguma coisa? — Jay apareceu com o cabelo todo molhado, estava um pouco ondulados na franja. Como ele consegue ser tão sexy?
— Não, nada de mais. — Sorri — Está tudo bem.
Jay se aproximou segurando aquela toalha molhada e jogou em cima da minha cabeça. O fuzilei com os olhos, o mesmo sorriu enquanto se sentava na cama parecendo exausto.
— E você está bem? — Perguntei.
— Um pouco cansado.
— O que você foi fazer lá? Quero dizer, no seu canto?
— Pensar... — Jay me olhou, pegando em meu rosto. — Pensar em uma menininha, uma marrentinha que anda vagando na minha cabeça há tempo..
(Continua)
Oi gente!!!? E aí como será que Ayala vai agir agora que sabe que Henry quer falar com ela?
Não esqueçam os votos e comentários eles são muito importantes e ajudam muito tb, espero que estejam gostando!!
Perdoem os erros, pq como sabem ainda não revisei haha
Obrigadaaa 🥰
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Como Não Se Apaixonar
Novela JuvenilAyala Cristine está no último ano do ensino médio quando cruza seu caminho com Henry Stuart, um dos garotos mais populares do seu ano. Depois de muita negação Ayala assumi estar gostando dele, MAS tudo isso vira de ponta cabeça com a misteriosa cheg...