Capítulo 23

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Ouvi uma voz masculina se abaixando até mim e em seguida colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha, levei um baita susto ao levantar o rosto e ver aquele desconhecido em minha frente.
— É... Estou. — Ao respondê-lo ele sorriu.
— Que susto, achei que estava passando mal.
— Nem bebi a esse ponto.
Ele se levantou esticando a mão para que pudesse levantar também.
— O que está fazendo aqui sozinha então? Não me diz que seu namorado está com outra. 
"Parabéns, acertou em cheio quer um balão?". Pensei da forma mais grossa possível.
— Namorado? Está mais para um galinha sem noção do que pra namorado. — Revirei os olhos, até cair em si. — Quer dizer... Eu não tenho namorado.
— Nossa que ofensa, uma garota tão linda como você não namorar.
— Ata, não precisa falar essas coisas só para me agradar.
Está bem, tenho certeza que estou virada num pimentão.
— Desculpa moça, só digo a verdade. — Ele sorriu colocando a mãos sobre seu peitoral. — Então, eu estou ali com alguns amigos, vamos lá?
Olhei para o lado e vi Jay olhando com aquele cigarro nos dedos parecendo estar furioso, diferente de alguns minutos atrás.
— É, eu não acho uma boa ideia. 
— Por que não? — Ele olhou para o lado notando a cara de Jay provavelmente. — Ah ele é irmão da garota que está dando a festa.
— Eu sei, ela é minha melhor amiga.
— Jura? Então você já conhece o Jay-jay.
— Infelizmente o conheci quando voltou.
— Há então você sabe tudo o que rolou?
Só balancei a cabeça dizendo que não. 
— Ata, tenso...
— Se quiser me contar. Não me importo.
Aquele cara do qual eu nem sabia o nome começou a rir segurando meu queixo.
— Se nem sua melhor amiga contou, quem sou eu para falar de Jay-jay.
— Está bem... — Murmurei.
Comecei a conversar com aquele cara sem comentarmos nossos nomes mas confesso que para quem não conversava com quase ninguém, eu estava me abrindo com aquele cara como se nos conhecermos a anos e ele não parecia ter outras intenções que não eram me fazer companhia, até porquê contei todo o meu caso complicado com Henry e ele dava total atenção. Depois de algumas horas talvez, eu estava sorridente e olhei para o lado e vi Jay novamente nos encarando mas desta vez ele jogou o cigarro que estava entre seus dedos e caminhou para dentro. 
— Por que Jay parece estar tão furioso?
— Ele é furioso, o dia que você ver esse cara de boa me avisa. — Ele sorriu.
— Esses tempo eu vi ele sorrindo, um sorriso de verdade.
— O que? Só pode estar de brincadeira né? 
— Não, era um sorriso de verdade.
— Caramba, o Jay-jay começou a evoluir. — Até que aquele cara se distraiu e acabou comentando. — Nunca pensei que depois do que aconteceu ele fosse sorrir novamente. Imagine você perder tudo de uma vez só e seu pai te culpar mais do que você mesmo.
— Como assim? 
— Ai meu deus, falei de mais. 
— Ayala? 
Ao olhar para o lado, dei de cara com Henry me olhando confuso ao lado de July.
— Esse deve ser ele né? — O cara olhou Henry de cima baixo.
— E você é quem!? 
Henry veio se aproximando do cara que estava comigo, o mesmo começou a rir.
— Alguém que com certeza não deixaria ela sozinha. 
— Henry vamos embora daqui, não vale a pena. — July tocou no seu ombro me olhando com cara de nojo.
— E quem disse que ela estava sozinha? 
— Eu estava sozinha. — Cruzei os braços.
— Ops, tem alguém por fora aqui. 
O cara zombou da cara de Henry, Henry era alguns centímetros menor que ele e mesmo assim veio o empurrando. Sem reagir o cara só ria, enquanto eu e July tentava segurar Henry.
— Isso tudo é culpa sua, idiota! — July olhou para mim.
— Culpa minha? Vai se ferrar garota! 
— Vai você sua piranha! 
July me empurrou, quando fui em sua direção com os punhos já fechados quando Henry entrou na frente puxando ela. 
— Você está fodida! — Tentava alcança-la, mas Henry impedia até aquele cara começar a tentar me segurar também.
Eu nunca tinha sentido meu sangue ferver de ódio por alguém, muito menos a esse ponto. 
Com a nossa gritaria foi juntando gente para ver o que estava acontecendo, quando do nada Jay apareceu me puxando pelos braços a força. A única palavra que ele soltou diante ao Henry e seu amigo foram:
— Depois a gente conversa.
Ele começou a me puxar para dentro da casa, enquanto eu tentava sair.
— Solta Jason! Está me machucando! 
Ele abriu a porta do quarto, me soltando a força sobre sua cama. Ao cair sobre a cama me sentei rapidamente o olhando, ele caminhava de um lado para o outro até pegar a chave da porta ao perceber que ele me trancaria ali fui em sua direção, mas conseguindo sair antes que eu o impedisse ouvi ele trancando-a. Comecei a entrar em desespero, batia naquela porta, mexia no trinco mas tudo em vão. 
Já que ele quer brincar assim, que seja! Hoje eu descubro sua vida Jason Morris. 

(Continua)

Oioi gente, e aí o que estão achando? Todos os mistérios em volta da vida de Jay-jay e os sentimentos de Henry a flor da pele.
Não esqueçam os votos e comentários, lembrando que eles ajudam muito.

Desculpem se houver algum erro, nem sempre o corretor facilita e ainda não tive tempo de revisar.

Obrigadaaa

Como Não Se ApaixonarOnde histórias criam vida. Descubra agora