Tentei me desviar de todas as tentativas de contato visual com Henry enquanto ficavamos ali naquele quarto conversando e rindo sobre o que eles deveriam estar pensando lá embaixo, ou o que aquela garota que no caso era sua prima super, mega afim dele é claro.
— Você não tem noção, teve um dia que ela simplesmente surtou no almoço lá em casa porque cheguei bêbado com uma garota. — Henry falava rindo, enquanto eu ria junto.
— Nossa, você é pior do que eu imaginava.
Henry já estava jogado na cama ao meu lado, mas permaneci sentada.
— E você e o... Aquele cara.
— Ele tem nome. — Falei desviando olhar novamente ao ver o sorriso do seu rosto sumir. — E está bem.
— Vocês dois...
— Sim Henry, a gente está muito bem!
Alterei a voz, por que diabos ele está me perguntando do Jay? Só para me deixar ainda mais angustiada, sem saber o que realmente temos ou se ele quer algo comigo!? Será que foi um erro sumir aquele dia? Eu deveria ter o abandonado?
— Ele vai embora... Não tem mais motivos para ficar.
— Então, vocês dois terminaram?
— Da para parar de me encher de perguntas? — Me levantei indo até a porta. — Você pode ir sair? Quero ficar sozinha.
Henry sem entender absolutamente nada, se levantou e caminhou até a porta.
— Eu só queria poder conversar com você, sem você achar que tenho segundas intenções o tempo todo.Ao resmungar aquelas palavras, Henry se virou e saiu bufando. Ok, talvez as vezes eu pegue pesado sem necessidade. Mas está tudo tão confuso, ao saber que fiz planos para a última semana de Jay e ele simplesmente está tentando me dispensar.
Naquela sexta-feira tudo que eu queria era não encontrar Henry de forma alguma, mas era impossível já que justamente hoje tinhamos Espanhol juntos.
— Bom dia estressadinha.
Henry se sentou em minha frente com aquele sorriso de orelha a orelha como antigamente, com várias atitudes da época.
No fim, não trocamos mais nenhum A na aula e assim que se encerrou eu saí correndo na esperança de encontrar Jay me esperando do lado de fora do colégio mas não, ele não, ele não estava e isso foi um soco na boca do meu estômago.— Esperando alguém? — Ouvi a voz de Henry vindo de trás de mim.
— N-não... Já estava de saída.
Henry olhou para o estacionamento em seguida voltou seu olhar para mim.
— Quer uma carona?
— Não, Maitê já vai aparecer para ir comigo.
— Na verdade eu acho que não, pelo que vi ela já foi.
O que? Maitê já foi? Como ela foi sem mim? Será que Jay veio busca-la e esqueceu da minha existência?
Respirei fundo antes de responder a pergunta de Henry.
— Está bem, mas sem gracinhas.
— Gracinhas? Desde quando eu faço isso?
O fuzilei com os olhos e o mesmo sorriu. Está bem, confesso que talvez eu tenha sentido falta da sua persistência e de seus olhos verdes fixos no meu.
No caminho de volta para a casa, Henry permaneceu em silêncio as vezes olhava e sorria mas evitava olhar para ele a todo custo.
— Está entregue.
— Obrigada. — Fui sair do carro, quando pensei melhor. — Na verdade minha mãe está no trabalho agora, quer entrar?
— Eu tenho que trabalhar agora, mas se você quiser ir lá já que está sozinha.
— Eu ir no seu trabalho? Serio? — Sorri, por essa eu não esperava.
— Claro, por que não? Vai ser divertido.
— Não me faça me arrepender.
Voltei para o carro pensando em como poderia ser o seu trabalho, que era em um salão de dança eu já sabia, mas ele seria o que? Professor?
Ao chegarmos, Henry esticou a mão para pegar a minha e isso foi o suficiente para toca-la e sentir aquela mesmo eletricidade da primeira vez perto dele.
— Tenho certeza que você vai ficar louquinha para dançar após me ver.
— Você dá aula?
— Surpresa maluquinha.
Odeio surpresas, por que Henry adora fazer isso comigo?
Ao virarmos o corredor tinha uma sala com várias pessoas sentadas no chão a sua espera e algumas garotas que ao vê-lo abriram um sorriso enorme e adivinhem só quem estava lá, a garota estranha que estava na minha casa naquele dia.
— E ai turma, vamos começar? — Henry olhou para mim. — Pode se sentar ali no canto se você quiser.
— Não vai apresentar sua amiguinha Henry? — Um garoto estranho perguntou.
Henry de primeira o fuzilou com os olhos antes de uma garota insistir.
— É prof diga ai.
— Essa é Ayala, uma amiga antiga minha.
— Sou Scott. — O garoto estranho se aproximou puxando minha mão com força e a beijando.
— Já podemos começar a aula? — Henry se enfiou na frente.
Todos eles se voltaram a dar atenção a Henry e logo ele começou a fazer seus passos de dança e foi só ai que descobri que ele dançava hip hop. As levezas dos seus pés eram impressionantes a cada passo, a cada movimento, nunca tinha o visto desta forma, fazendo algo que ele realmente gostava.
No fim da aula todos se sentaram ali mesmo no chão descansando quando Henry desligava a música, de longe o observava quando aquela garota a tal da Ester se aproximou de Henry e eles trocaram algumas palavras e eu desejei com todas minhas forças não estar ali naquele momento o atrapalhando, tenho certeza que ele estaria bem confortável em estar com ela.
(Continua)
Pessoal me perdoem por ter sumido, eu realmente fiquei sem tempo e sem pc. Agora estou com um pc novo e estou com mais tempo, então voltarei com mais frequência. Espero que não abandonem a historia, ainda tem muitas surpresas pela frente.
Mas e ai? O que você estão achando? Espero que gostem e não esquecem dos votos e comentarios pois eles são muito importantes e gosto de saber o que estão achando.
perdoem os erros, obrigadaaaa
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Como Não Se Apaixonar
Fiksi RemajaAyala Cristine está no último ano do ensino médio quando cruza seu caminho com Henry Stuart, um dos garotos mais populares do seu ano. Depois de muita negação Ayala assumi estar gostando dele, MAS tudo isso vira de ponta cabeça com a misteriosa cheg...