Capítulo 54

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Tentei me desviar de todas as tentativas de contato visual com Henry enquanto ficavamos ali naquele quarto conversando e rindo sobre o que eles deveriam estar pensando lá embaixo, ou o que aquela garota que no caso era sua prima super, mega afim dele é claro. 

— Você não tem noção, teve um dia que ela simplesmente surtou no almoço lá em casa porque cheguei bêbado com uma garota. — Henry falava rindo, enquanto eu ria junto.

— Nossa, você é pior do que eu imaginava.

Henry já estava jogado na cama ao meu lado, mas permaneci sentada.

— E você e o... Aquele cara.

— Ele tem nome. — Falei desviando olhar novamente ao ver o sorriso do seu rosto sumir. — E está bem.

— Vocês dois...

— Sim Henry, a gente está muito bem! 

Alterei a voz, por que diabos ele está me perguntando do Jay? Só para me deixar ainda mais angustiada, sem saber o que realmente temos ou se ele quer algo comigo!? Será que foi um erro sumir aquele dia? Eu deveria ter o abandonado?

— Ele vai embora... Não tem mais motivos para ficar.

— Então, vocês dois terminaram? 

— Da para parar de me encher de perguntas? — Me levantei indo até a porta. — Você pode ir sair? Quero ficar sozinha.

Henry sem entender absolutamente nada, se levantou e caminhou até a porta.
— Eu só queria poder conversar com você, sem você achar que tenho segundas intenções o tempo todo. 

Ao resmungar aquelas palavras, Henry se virou e saiu bufando. Ok, talvez as vezes eu pegue pesado sem necessidade. Mas está tudo tão confuso, ao saber que fiz planos para a última semana de Jay e ele simplesmente está tentando me dispensar.

   Naquela sexta-feira tudo que eu queria era não encontrar Henry de forma alguma, mas era impossível já que justamente hoje tinhamos Espanhol juntos. 

— Bom dia estressadinha.

Henry se sentou em minha frente com aquele sorriso de orelha a orelha como antigamente, com várias atitudes da época.
No fim, não trocamos mais nenhum na aula e assim que se encerrou eu saí correndo na esperança de encontrar Jay me esperando do lado de fora do colégio mas não, ele não, ele não estava e isso foi um soco na boca do meu estômago. 

— Esperando alguém? — Ouvi a voz de Henry vindo de trás de mim.

— N-não... Já estava de saída.

Henry olhou para o estacionamento em seguida voltou seu olhar para mim.

— Quer uma carona?

— Não, Maitê já vai aparecer para ir comigo.

— Na verdade eu acho que não, pelo que vi ela já foi.

O que? Maitê já foi? Como ela foi sem mim? Será que Jay veio busca-la e esqueceu da minha existência?

Respirei fundo antes de responder a pergunta de Henry.

— Está bem, mas sem gracinhas.

— Gracinhas? Desde quando eu faço isso?

O fuzilei com os olhos e o mesmo sorriu. Está bem, confesso que talvez eu tenha sentido falta da sua persistência e de seus olhos verdes fixos no meu.

No caminho de volta para a casa, Henry permaneceu em silêncio as vezes olhava e sorria mas evitava olhar para ele a todo custo.

— Está entregue.

— Obrigada. — Fui sair do carro, quando pensei melhor. — Na verdade minha mãe está no trabalho agora, quer entrar?

— Eu tenho que trabalhar agora, mas se você quiser ir lá já que está sozinha.

— Eu ir no seu trabalho? Serio? — Sorri, por essa eu não esperava.

— Claro, por que não? Vai ser divertido.

— Não me faça me arrepender.

Voltei para o carro pensando em como poderia ser o seu trabalho, que era em um salão de dança eu já sabia, mas ele seria o que? Professor?

Ao chegarmos, Henry esticou a mão para pegar a minha e isso foi o suficiente para toca-la e sentir aquela mesmo eletricidade da primeira vez perto dele.

— Tenho certeza que você vai ficar louquinha para dançar após me ver.

— Você dá aula?

— Surpresa maluquinha.

Odeio surpresas, por que Henry adora fazer isso comigo?

Ao virarmos o corredor tinha uma sala com várias pessoas sentadas no chão a sua espera e algumas garotas que ao vê-lo abriram um sorriso enorme e adivinhem só quem estava lá, a garota estranha que estava na minha casa naquele dia.

— E ai turma, vamos começar? — Henry olhou para mim. — Pode se sentar ali no canto se você quiser.

— Não vai apresentar sua amiguinha Henry? — Um garoto estranho perguntou.

Henry de primeira o fuzilou com os olhos antes de uma garota insistir.

— É prof diga ai.

— Essa é Ayala, uma amiga antiga minha.

— Sou Scott. — O garoto estranho se aproximou puxando minha mão com força e a beijando.

— Já podemos começar a aula? — Henry se enfiou na frente.

Todos eles se voltaram a dar atenção a Henry e logo ele começou a fazer seus passos de dança e foi só ai que descobri que ele dançava hip hop. As levezas dos seus pés eram impressionantes a cada passo, a cada movimento, nunca tinha o visto desta forma, fazendo algo que ele realmente gostava.

No fim da aula todos se sentaram ali mesmo no chão descansando quando Henry desligava a música, de longe o observava quando aquela garota a tal da Ester se aproximou de Henry e eles trocaram algumas palavras e eu desejei com todas minhas forças não estar ali naquele momento o atrapalhando, tenho certeza que ele estaria bem confortável em estar com ela.

(Continua)

Pessoal me perdoem por ter sumido, eu  realmente fiquei sem tempo e sem pc. Agora estou com um pc novo e estou com mais tempo, então voltarei  com mais frequência. Espero que não abandonem a historia, ainda tem muitas surpresas pela frente.

Mas e ai? O que você estão achando?  Espero que gostem e não esquecem dos votos e comentarios pois eles são muito importantes e gosto de saber o que estão achando.

perdoem os erros, obrigadaaaa

Como Não Se ApaixonarOnde histórias criam vida. Descubra agora