Os dias foram se passando e me privei de ir até a casa de Maitê para não ter que ver Jason, mesmo que toda a sua história não saísse da minha cabeça. Mas manter distância estava se tornando cada vez mais difícil, já que ela não sabia da nossa conversa e ele levava e buscava ela todos os dias para mantê-la longe de Vitor e era nesses minutos que nossos olhares se cruzavam. Em questão da relação entre Vitor e Maitê estava começando a atrapalhar até mesmo a minha com Henry, já que todo momento que um ou outro nos via juntos, inventava algo para nós afastar.
— Eu estou me perguntando por que você não está indo mais lá em casa, por algum acaso você e Jay-jay brigaram? — Maitê perguntou se jogando na minha cama.
— Só acho ele babaca demais...
Aquelas palavras pareciam esmagar uma parte de mim, já que não conseguia tirar da cabeça Jay falando: "Não quero machuca-la, e é por isso que preciso que fique longe de mim". Não consigo entender porquê isso se tornou tão doloroso para mim.
— Ayala... Oi? Está me ouvindo. — Maitê interrompe meus pensamentos.
— Desculpa me distrai, o que estava dizendo?
— Jay-jay não é babaca, ele só é um pouco confuso e difícil. Lembra? Por isso te falei para não criar expectativas sobre ele.
— Ele me contou, sobre Melissa.
— Melissa? Que Melissa? — Maitê me olhou confusa.
— Ué, a namorada que mo... — Antes de terminar de falar sou interrompida com o toque do meu celular.
Aí olhar para tela, sou surpreendida com ninguém menos que Vitor, olhei para Maitê tentando disfarçar.
— Preciso atender, já volto.
Sai do quarto as pressas indo para a sala, atendendo.
— Que diabos você quer?
— Eu preciso urgentemente falar com você.
— Eu não tenho nada para falar com você.
— É sobre Maitê, eu preciso que você me escute.
— Está bem... — Olhei em direção as escadas vendo se Maitê não me observava. — Fala logo.
— Tem que ser pessoalmente, me encontre daqui meia hora na frente do colégio.
Sem me deixar responder Vitor desliga, eu estou sem entender absolutamente nada. O que esse cara quer agora?
Acabei por dispensar Maitê e fui de encontro com Vitor, depois de encontrá-lo fomos na lanchonete mais próxima. Com certeza eu iria querer batata e obrigaria ele a pagar.
— Agora já pode falar o que você quer.
— Eu não sei nem por onde começar, caramba. — Ele passou a mão sobre seus cabelos.
— Por qualquer parte, anda logo. — Cruzei os braços, antes de pegar uma batata e me encostar na cadeira.
— Eu vacilei feio, não vacilei?
— O que? — Cai na gargalhada. — Depois de uma semana você caiu na real?
— Ayala é sério cara para de rir, eu estou sentindo falta dela.
— Acho que é meio tarde para isso, ela está bem sem você e jamais vou deixar que se aproxime novamente.
— Eu gosto dela cara, me ajuda.
— Nem pensar, você perdeu.
— Você vai mesmo querer jogar assim? — Vitor me olhou de forma assustadora.
— Está me ameaçando?
— Se quer considerar isso assim, que seja.
Vitor se levantou brutalmente daquela cadeira batendo as mãos na mesa me fazendo dar um pulo, ele se virou e foi saindo dali me deixando sozinha. Meu coração começou a disparar e já não estava conseguindo mais definir se aquele sentimento era de raiva ou medo..
(Continua)
E aí gente, do que vocês acham que Vitor é capaz???
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Obrigadaaaa
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Como Não Se Apaixonar
Ficção AdolescenteAyala Cristine está no último ano do ensino médio quando cruza seu caminho com Henry Stuart, um dos garotos mais populares do seu ano. Depois de muita negação Ayala assumi estar gostando dele, MAS tudo isso vira de ponta cabeça com a misteriosa cheg...