Ainda no domingo me revirando encima da cama, peguei meu celular para verificar minhas redes sociais. Entrei no Facebook e comecei a rolar os feed quando me vi aquela sugestão de amizade "Jason Morris", olhei para aquela foto de perfil e comecei a rir. Que ano ele achava que estava? Ele estava com a língua para fora parecendo um fã do Kiss, com um casaco Jeans, estava muito engraçado. "Com certeza ele acha que está nos anos 90"
Mandei uma solicitação de amizade, mas antes mesmo dele aceitar enviei uma mensagem agradecendo por ter salvo minha vida.
Quando terminei de escrever, sai e entrei no Instagram e lembrei de Henry me gravando chamando-me de namorada.
Eu sei que estava sendo dura com ele, mas Henry era esse tipo de cara, faz com que as garotas se sintam especiais e depois simplesmente some. Por isso ainda não tenho coragem de levar isso para a frente.
— Ayala, vem jantar!
Ao ouvir minha mãe me chamar suspirei de alívio por me despertar daqueles pensamentos que estavam me matando. Eu realmente gosto do Henry e acho que esse é o meu maior medo.Na manhã seguinte tudo que eu queria era ficar na minha cama, para sempre!. Mesmo assim fui para o colégio e assim que fui me aproximando do portão vi Henry e Vitor juntos cumprimentando alguns garotos, não queria ser visto, mas foi quando tive a brilhante ideia de mandar um SMS para ele perguntando:
— Você me odeia?
Fiquei parada lá mesmo o olhando de longe esperando que ele me respondesse, mas ele apenas pegou o celular e guardou no bolso logo em seguida. Resumindo, fui ignorada.
Ao passar por ele e os garotos tentei não ser vista, não demorando muito para me encontrar com Maitê.
— Caramba amiga, que cara é essa?
— O que você acha? O Henry...
— Você sabe o que eu penso sobre isso.
— Não sei não.
— Pra começar, acho que você pegou muito pesado, outra vocês combinam e não entendo porque você não aceita que um cara possa gostar de você.
— Não é um cara Maitê, é o Henry Stuart você o conhece e sabe como ele é.
— Na verdade não sei, ele não parece ser esse monstro que você o descreve.
— Como não? Só na nossa primeira festa ele subiu com a garota depois que fui embora.
— E que mal isso tem? Ayala ele é solteiro, nunca o vimos namorar.
— Meu deus, você está mesmo me dando sermão por causa dele?
— Sei lá, só acho que seu medo te impedi de viver muita coisa... Não importa quem Henry é, ele está afim de você agora. Se dúvida, pergunta para o Vitor.
As aulas foi se passando enquanto meu tédio só ia aumentando, eu não estava conseguindo me concentrar em absolutamente nada. Até que quando fui me dar conta estava escrevendo no meu caderno "Como não se apaixonar por Henry Stuart", em letras três vezes maior coloquei "IMPOSSÍVEL".
No intervalo obtei em ficar no refeitório já que não queria ficar perto de Henry, o que é claro não deu muito certo. Estava comendo quando o vi se aproximar, mas não era para falar comigo e sim com Vitor que estava junto de Maitê.
— Vitor, reunião agora.
Henry não fez questão de olhar em minha direção, enquanto Vitor se despediu de Maitê e os dois saíram em direção a quadra.
— O que eu não daria para saber o que esses meninos falam de tão importante. — Comentou Maitê.
Quando todas as aulas finalmente se encerraram, eu e ela voltamos para a casa juntas como nos velhos tempos.
Em casa, decidi que tiraria meu tédio limpando toda a casa para minha mãe, eu sabia o quão duro ela dava para manter tudo.
Enquanto fazia as coisas ouvindo "Little do You Know" vi meu celular vibrar, corri para ver o que era, ou quem era e é claro... Henry.
— Não odeio ninguém.
No mesmo instante respondi.
— Achei que estava me ignorando.
— Não ignoro ninguém.
— Cinismo agora?
— Quando eu sair do trabalho passo aí, ok?
Olhei aquela mensagem e estranhei, o que estava acontecendo? Henry mandou para a pessoa errada? O que? Não faz sentido algum ele me mandar isso agora. Então achei melhor não responder enquanto pensava no que iria dizer, não podia jogar na cara dele que mandou errado aquela mensagem. Ou podia?
Assim que terminei de limpar tudo, fui tomar um banho e é claro coloquei um Babydoll comum como qualquer outro dia. Lá por 18h ouvi a campainha, o que fez com que todo meu corpo estremecesse porque algo dentro de mim sabia que era ele, mesmo jurando de pé junto também saber que aquela mensagem não era para mim. Mas ao abrir a porta só tive certeza que realmente era para mim e algo dentro de mim acalmou.
— O que está fazendo aqui?
— Você não leu minha mensagem? — Henry estava sério, não da forma que costumava o ver.
— Li mas... — Dei espaço para ele. — Entra.
Caminhamos em direção ao meu quarto, quando chegamos Henry me olhou de cima baixo.
— O que foi?
— Me avisa sempre mandar você subir as escadas por primeiro.
— Que?
— Sua bunda está a amostra. — Henry falou mordendo os lábios.
Coloquei a mão e realmente a polpa estava mostrando, senti meu rosto queimando porém não deixaria que Henry me intimasse.
— Nada que você já não tenha visto.
Ele já viu? No sítio eu não fiquei de biquíni e quando usei o Babydoll era outro, não me lembro de ter dado algum vacilo assim, mas isso não importa. Acho que estou com mais medo agora no meu quarto do que naquele sítio, longe de tudo e naquele quarto naquelas duas noites dormindo ao seu lado, mesmo que Henry tenha respeitado o meu espaço. "Eu estou em choque, socorro!".
(Continua)
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Como Não Se Apaixonar
Novela JuvenilAyala Cristine está no último ano do ensino médio quando cruza seu caminho com Henry Stuart, um dos garotos mais populares do seu ano. Depois de muita negação Ayala assumi estar gostando dele, MAS tudo isso vira de ponta cabeça com a misteriosa cheg...