Capítulo 72

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     No fim da tarde, parei na frente do espelho me olhando em seguidas vezes se aquele vestido Rosa Bebê estava bom com meu penteado com Babyliss e se a maquiagem de tom claro combinava com todo o resto.


— Você está linda. — Ouvi minha mãe parando na porta, com seus olhos cheios de lágrimas. — Seu pai estaria com tanto orgulho dessa menina linda que você se tornou.

— Para com isso, que vai borrar. — Falei, tentando segurar minha emoção.

Nos abraçamos forte, enquanto ainda tentava segurar o choro, até ouvir alguém batendo na porta.

— Será que é o Henry? Está duas horas adiantados. — Estranhei.

Corri para porta e ao abrir dei de cara com Maitê toda sorridente ao lado da sua mãe como se nada tivesse acontecido mais cedo. Ela já estava pronta também no seu vestido amarelo com rendas e seu penteado de Bela, da Bela e a Fera.

— Que bom que vocês vieram, venham.

Logo depois dona Lucia conversava com minha mãe na sala e Maitê me explicava o motivo de ter decido ir para a minha casa.

— A Carla vai ir comigo e não quero que meu pai estrague tudo.

— Você sabe que uma hora vai ter que contar, não é?

— Eu vou, de hoje não passa.

— Me desculpa ter deixado você naquela festa sozinha.

— Você não tem culpa de nada, eu estava com companhia e sei que assim como você ela também não me deixaria sozinha.

As palavras delas não diminuíam minha culpa.

— Ayala, mas tem outra coisa que quero falar com você.

— Maitê se for sobre o Jay-jay, por favor guarde para você. Eu estou tão bem que eu não quero que ele só mais um equívoco na minha vida.

— Ele estava no banho e eu achei uma coisa espalhada no meio de uma papelada na sua cama.

— O que?

— Melhor você ler por si mesma.

Maitê me entregou um papel dobrado e fiquei olhando para ele sem coragem alguma de ler, mesmo que a curiosidade naquele momento me intrigasse eu permaneci firme e o guardei dentro do meu celular.

— Hoje não, hoje à noite é minha e do Henry e nada mais importa.

— Tudo bem, leia quando achar que é a hora.

Depois de uma hora esperando, meu coração começou a ficar apreensivo a cada segundo que se passava pelo nervosismo de ir a esse baile, meu corpo estava em uma euforia interna que acho que vou enlouquecer.

Quando deu cerca de sete e meia mais ou menos a campainha tocou e fui correndo atender com um sorriso enorme na cara por saber que era Henry, como o esperado ele estava de Smoking, cabelo peteado para o lado meio que jogados para trás e é claro com o seu sorriso cativante.

— Uau, essa é a minha garota? — Falou me olhando de cima baixo de forma muito sexy.

— Uau, esse é o meu garoto? — Retribuo o comentário ante de pular no seu pescoço lhe abraçando forte desejando arrancar de sua boca um beijo, mas o medo que minha mãe notasse foi maior.

Como Não Se ApaixonarOnde histórias criam vida. Descubra agora