Capítulo 19

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Assim que chegamos entramos em silêncio, mas antes de entrar no quarto de Maitê eu e Jay nos despedimos e fiquei o olhando até entrar em seu quarto. Ok, eu estava morrendo porém não deixei de pular encima de Maitê a acordando.
— Que? Como conseguiu entrar?
— Seu irmão está de volta. — Falei sorrindo.
— Você está brincando, sério? 
Concordei com a cabeça e Maitê pulou em meu pescoço agradecendo.
— Espera... Você não transou com ele né?
— O que? É claro que não! — Cai na gargalhada.
— Você está fedendo cigarro.
— Eu sei, é uma longa história. Mas não o beijei também se quer saber.
Maitê só me abraçou novamente me agradecendo. No fim acabei por cochilar mais alguns minutos ao lado dela até dar o horário de ir para o colégio, mas antes pedi para ela deixar eu tomar banho. Como minha melhor amiga é claro que eu tinha roupa na casa dela. 

No colégio eu e Maitê conversava sobre o que tinha acontecido de madrugada ao lado de Jay, mas ainda sim ela parecia desanimada, nessas horas eu me pergunto aonde está Vitor que não aparece logo para anima-la.
— E aquela festa? 
— Não sei mais se vou amiga.
— Que? Maitê você estava tão animada.
— É eu sei, mas estou com medo que Jay e meu pai surte de novo.
— Amiga relaxa, vamos por favor! Eu estou louca por essa festa. 
Eu não estava louca para essa festa, mas se era para animar Maitê eu fazia qualquer coisa.
— Está bem, está bem... — Maitê revirou os olhos, bufando mas logo sorriu e caminhamos em direção a sala. Antes de nos separarmos, Maitê falou:
— Ah! Antes que eu me esqueça. Se você realmente for se tornar amiga de Jay não crie muita expectativa em relação há ele.
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Maitê saiu andando como se o comentário dela tivesse sido o mais normal possível mas é óbvio que iria ficar encabulada com isso. Ou melhor, com tudo isso.
Hoje eu tinha espanhol, ou seja. Olhar para a cara de deboche do Henry por 50 minutos. Mas no fim o que aconteceu foi bem, bem diferente do esperado. 
Estava na sala quando Henry chegou e se sentou do meu lado e perguntou:
— E ai, está melhor?
— Sim, esqueci sua blusa se quiser buscar depois. 
— Você vai na casa do Vitor né?
— É, acho que sim.
— Então pode levar lá. 
— Folgado...
O restante da aula não trocamos nenhuma palavra a mais, como já de costume.

Ao anoitecer minha mãe chegou do trabalho avisando que iria jantar com Lourenço, que foi uma grande oportunidade pra pedir para ir na tal festa. Ela deixou é claro, mas pediu para que eu não chegasse tarde em casa o que não era muito difícil, até porque estava indo apenas para animar Maitê. Depois de pensar em Maitê e no que tinha acontecido, lembrei do que ela tinha me falado no colégio sobre Jay, de não criar expectativas em relação a ele. Estou tão confusa e no mesmo tempo curiosa sobre o essa família esconde, o que Jay esconde.

Quando Maitê chegou para nos arrumarmos juntas, tentei tocar no assunto.
— E Jay, o que vai fazer hoje?
— Você acredita que quando falei para ele que ia na festa ele disse que iria em uma também? 
— Como assim?
— É eu também não entendi. 
— Bom pelo menos ele não vai ficar perto do seu pai. — Falei morrendo de medo de como Maitê ia reagir, mas por incrível que pareça reagiu muito bem.
— Isso com certeza, me deixou bem mais tranquila.
Depois de mais ou menos uma hora Vitor chegou para nos buscar. Ele estava com pressa já que a festa era dele e tinha que manter tudo em ordem. Ao chegar lá Vitor lhe deu um beijo falando que já voltava, e então lá estava eu e Maitê sozinha.
— Eu não conheço nem metade das pessoas que estão aqui.
— Eu também não. — Respondeu Maitê agarrando meu braço. — Já achou o Henry?
— Ainda não...
Ficamos procurando por alguns segundos até vê-lo sentado em uma mesinha que nunca esteve ali cercado por quatro garotas, com seus copos de chopps. Maitê me olhou esperando que eu tivesse alguma reação mas não tinha nada que eu pudesse fazer além de procurar um lugar para sentar e beber. É claro que foi o que eu fiz, mas era inevitável não olhar e parecia que toda vez que eu olhava Henry sorria mais com aquelas garotas, o que me fazia virar aquele copo de vodca garganta a baixo cada vez que me torturava. Nisso tudo só fui me dar conta de todos os copos que tomei quando tentei me levantar e minha cabeça rodou me fazendo tontear.
— Ayala  bem!? — Maitê me segurou pelo braço.
— Sim, eu só preciso fazer xixi.
Maitê começou a rir.
— Você está bêbada?
— Claro que não, só estou com a bexiga cheia.
— Está bem, vou no banheiro com você.
— Não! — Gritei. — Quero ir sozinha.
Fui ao banheiro me segurando nas paredes, mas consegui ir, meu corpo parecia tão pesado que sentia que aonde eu encostasse minha cabeça não levantaria mais. Ao sair do banheiro aleatoriamente decidi que procuraria o quarto do Vitor para me deitar e por incrível que pareça achei bem rápido. Me sentei na cama e comecei a abrir meu salto e os tirei, assim que coloquei meus pés no chão fui surpreendida com aquela porta se abrindo.

.

(Continua)

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