Capítulo 9:Nada esta tão ruim,que não possa piorar

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Lorenzo ainda criança...

No dia que Lira quebrou aquele maldito espelho foi a ultima vez que o senhor meu pai me chicoteou, mas a ultima vez também que viveríamos naquela enorme casa, os dois tiveram uma briga no dia seguinte e ele pediu o divórcio e saiu de casa, nunca soube notícia, minha mãe ficou com a maior parte do dinheiro e joias dele, e mandou eu e minha irmãzinha para um orfanato.

-Mas minha senhora, aqui é para órfãos e seus filhos tem uma mãe ainda. -Um senhor informou.

-Aqui... vou lhe dar dois cheques, um para as necessidades deles, para quando crescerem não vierem me procurar precisando de dinheiro, e outro para as necessidades do senhor, essa língua o senhor entende bem, não é? -Nossa mãe respondeu.

-Sim, claro senhora. -O senhor confirmou.

-Mamãe, não quero ficar aqui mãe.-Minha irmãzinha chorava muito.

-Você vai ficar ótima aqui Lira.-Minha mãe pegou a bolsa e saiu.

-Vem Li, eu cuido de você. -Digo para minha irmã tentando acalma-la.

O orfanato parecia muito antigo, meninas dormiam e estudavam separadas de nós meninos, eu só conseguia ver Lira nos intervalos, e em alguns passeios que fazíamos, no primeiro intervalo que a encontrei ela estava com o cabelo cortado até o pescoço, fizeram o mesmo com meu cabelo, só que o meu eles rasparam, todas as meninas e meninos eram proibidos de ter muito cabelo diziam que era pra evitar infestação de piolhos, lembro que davam banho na gente com água fria numa bacia, e nos esfregavam com uma bucha que deixava nossa pele muito irritada, a maioria dos professores eram pior do que meu pai, mas não nos batiam, o castigo de qualquer desobediência era ficar ajoelhados no milho contando até 100 ou mais, bem devagar, tinha alguns professores que eram simpáticos e legais, assim como alunos legais, e eu fiz amizades la, mas também tinha alguns alunos mais velho que pegavam no meu pé.

Lorenzo adulto

Seis anos depois...

Essa tortura durou muito tempo, por sorte ou não,finalmente fiz dezoito anos terei que ser dispensado do orfanato, pois de maiores de idade não podem continuar ali, tentei tirar minha irmã de lá tambem, pois agora eu podia ser o responsável dela, porém não consegui, eles sempre davam um jeitinho de me impedir, o que podia fazer, não tinha dinheiro pra advogados ainda, pois minha mãe fez questão de fazerem com que liberassem nosso dinheiro somente quando ambos fossemos de maior e minha irmã ainda tem dezesseis anos.

Eu conheci uma garota... Emily, que virou minha amiga, porém alguns tempo depois começamos a namorar, então eu tinha onde morar, ia todos os dias ver minha irmã.

Sete anos depois...

Faltando um ano pra liberdade da minha irmã, Emily terminou comigo,ela me disse que estava gostando de outro, eu sabia estava ferrado, sem ter onde morar, tive que morar na rua, cada dia num lugar diferente, nunca deixei minha irmã saber, conheci alguns caras e vendia drogas pra ele, isso me ajudava a sobreviver, mas comecei a usar também, esquecendo quem eu era,e até da minha irmã.

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