Capítulo 6:Sou mais forte do que eu imaginava

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Erick ...

A garotinha não parava de chorar, queria tanto fazê-la parar, devia estar doendo muito o tapa, por que a mãe dela fez isso? A minha nunca me bateu, mas o meu pai talvez me bateria, mas sempre tão ocupado com dinheiro, que acho que ele não teria tempo nem pra isso.

E agora como faço pra sair daqui? Eu tenho que ir embora, pensava, um gato apareceu, essa não, gato feio vai me entregar, eu tentava afugenta-lo, mas ele não saía, muito pelo contrário ficava sibilando, parecia irritado comigo, não sei porque, eu vi os pezinhos dela chegando no chão, senti um alivio quando vi que ela estava se distanciando, mas ela voltou e se abaixou apontando uma luz que irritava meus olhos, pensei, e agora?Ela vai contar que estou aqui, a família dela vai dizer pra minha e vou levar uma bronca do meu pai, eu tinha que fazer alguma coisa e foi então que decidi assusta-la, e acho que deu certo porque ela saiu gritando, era a minha chance de sair enquanto ainda dava tempo.

Abri com cuidado a porta, verificando se o corredor estava livre, e sim, estava livre, corri até a porta de saída, eu então saí ligeiro, quando uma voz me fez parar.

-Ei garoto...

-Oi. -Respondi de costa para a pessoa.

-Você ainda está aqui? -A pessoa me questionou.

-É que meu pai deixou a chave do carro cair por aqui e me pediu pra vim procurar.-Digo me virando.

-E você achou as chaves?

-Sim,sim,achei,tchau. -Falo e me retiro.

-Ei espera ai. -A mulher diz

-Não fui eu. -Digo de olhos arregalados.

-A porta já está trancada, vou abrir para você. -Ela fala e retira um molho de chaves do bolso.

-Ata obrigado. -Eu agradeço.

-De nada garotinho.

Quando estava saindo da mansão deles, meu pai estava vindo, acho que ele vinha me procurar, era bronca de certo, afinal demorei muito.

-Se perdeu por ai filho? -Ele me perguntou arqueando umas das sobrancelhas.

-É que não tava te achando papai desculpa. -Menti para ele.

-Vamos logo entre no carro. -Meu pai ordena.

Entrei no carro, os dois estavam de cara emburrada um para o outro, como quando viemos para cá, ficaram em silêncio, mas começaram a brigar quando chegamos em casa.

-Por que saiu daquele jeito da festa, foi deselegante, espero que as pessoas não repararam. -Ele grita.

-Deveria torcer para eles não repararem o jeito que você ficava olhando o tempo todo para dona da mansão. -Minha mãe grita também.

-O quê? Está louca? -Ele diz ainda gritando.

-Filho sobe, vai para cima, isso é conversa de adulto. -Mamãe me pediu. -Você acha que eu não ia reparar? -Ela continuou.

Eles não perceberam, mas eu estava na escada agachado ouvindo a briga ainda.

-Confesso, a olhei algumas vezes afinal sou homem, ela é admirável, devia seguir o exemplo, você se cuidava tanto agora está tão desleixada.

-E você deveria seguir o exemplo do marido dela, fazer a nossa empresa crescer e não afunda-la. -Minha mamãe responde.

-Quer saber, vou dormir, pois estou exausto.

-É falta de adeus?

Você me irrita sabia, as vezes tenho vontade de lhe dar uns bons tabefes.-Ouvi-o dizendo e erguendo sua mão para o alto, quando ele ia abaixar em direção ao rosto da minha mãe, mas parando de repente e olhando pra cima.

Eu já havia corrido dali, pra eles não me verem e ido para meu quarto fechando a porta, porém ainda ouvia os gritos deles lá da sala.

-O que foi isso? -Ouvi meu pai gritar.

-Como posso saber?-Minha mãe também gritava.

-Vai ver foi seu filho, deve estar aprontando. -Papai insinuou.

-Nosso filho você quis dizer. -Ouço mamãe retrucar.

O que o fez parar, foi o barulho de algo quebrando, sim eu quebrei uma da hastes da escada, mas a madeira era bem grossa como consegui? Não sei, minha raiva foi tanta quando vi meu pai fazendo o mesmo movimento que aquela mulher fez com a filha, ninguém deveria apanhar, nunca, nunca mesmo.

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