Capítulo 18:Um corpo no meio da floresta

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Desconhecido...

Depois que retornei para a lanchonete, ela não estava mais lá e nem aquele imbecil engomadinho, que vontade de dilacerar aquela pele pedaço por pedaço, eu sentia que havia algo de muito ruim naquele cara, tão ruim como o que havia em mim, eu saio para fora e avisto Lira entrando no carro dele, entrei no meu e os segui de longe para não notarem minha presença, quando o carro dele parou eu entrei num lugar onde o meu ficaria um pouco escondido e fiquei observando de longe.Ah...Eu sabia, que desgraçado, ele começou a agredi-la e tentar violenta-la.

-Ei seu cretino,tira suas mãos imunda dela. -Eu o ordenei.

-Veja só, se não é o imbecil da lanchonete.-Ele diz quando me viu.-Ei cara o que é você-Ele continua quando vê minha assustadora transformação.

-Seu pior pesadelo.-Digo isso e logo solto um sorrisinho meio psicopata antes de estraçalha-lo.

Essa foi a ultima coisa, que ele ouviu na vida inútil dele.

Lira estava desacordada no chão.

-Acorda, vamos aguente firme Lira.-Pedi.

Mas ela estava ferida demais para despertar, quando a elevei próximo ao meu corpo percebi que sua cabeça estava sangrando, a peguei no colo e a levei pro meu carro.

-Você...é o rapaz da lanchonete não é? -Ela diz depois que despertou já no banco do carro.

-Você vai ficar bem.-Digo tentando conforta-la.

-Quem é você afinal?- Ela me pergunta.

-Um amigo.-A respondo com um sorriso.

-Onde está ele?Aquele asqueroso?-Ela me questiona com uma cara de quem esta prestes a vomitar.

-Fique calma aquele cretino nunca mais vai tocar em alguém novamente.-Digo confiante.

Ela acabou desmaiando novamente. Para onde levá-la, não poderia levar para o hospital, fariam milhares de perguntas, minha mãe faria milhares de perguntas, para delegacia então nem se fala, não daria muito certo chegar lá encharcado de sangue, voltei para o Honda em busca da bolsa dela que provavelmente estaria lá,sim com muita sorte havia um documento e um comprovante de residência com um endereço, quando ia voltar para o meu carro uma voz soou atrás de mim, eu poderia reconhecer aquela voz em qualquer lugar.

-Você vai deixar sua sujeira aqui, quer que descubram onde vivemos?

-Livre-se do corpo para mim, só hoje por favor.-Eu pedi.

-Sabe que isso é trabalho seu e só seu.

-Eu sei, eu preciso ir desculpa.

-Você sabe o que tem que fazer.

-Não, eu não vou mata-la, nem pensar, ela não viu o meu verdadeiro ser, eu vou fazê-la apenas esquecer e isso já é o suficiente, sei que é.-Afirmo.

-Você é fraco não vai conseguir fazer o processo de esquecimento descente, ela vai esquecer por algum tempo e depois vai acabar se lembrando de você.

-Eu não sou fraco, e tenho que ir.

-Não se esqueça...se tiver que matar, mate-a, ou nós mataremos.

Eu o ignorei, continuei seguindo em frente sem olhar para trás, enquanto me dirigia até o endereço a observava algumas vezes, mesmo tão ferida e suja, ela continuava linda e exuberante, parei num semáforo quando alguém com uma moto preta apareceu na frente do carro com uma arma apontando para nós.

-Ei cara desce do carro é um assalto, anda otário ou mato você e essa vagabunda que esta com você.

Eu abro a porta e desço.

-Não, na verdade, eu mato você.-digo depois de mais uma vez me metamorfosear.

-Que isso cara, meu Deus.-ele tentou fugir, mas fui mais rápido e dilacerei seu pescoço.

Me virei para retornar para o veículo, quando vi um olhar muito assustado sobre mim, pensei mais que merda, essa não.

-O que é você, fica longe de mim, não me machuque. -Ela implorava chorando.

-Eu nunca te machucaria.-Disse a ela.

-Fique parada esta bem.-Digo me aproximando dela e colocando as minhas mãos na lateral da sua cabeça e olhando profundamente em seus olhos.

Eu desejava beija-la agora, mas só a fiz me esquecer, ela desmaiou mais uma vez em meus braços, eu teria alguns tempo antes de esquecer dela e acabar fazendo ela de vítima, então corri o mais rápido que pude até o endereço que eu havia encontrado, chegando lá a levei até a porta de uma casa e toquei a companhia varias vezes,  até que de longe eu vi o irmão dela abrir a porta.Minha pequena e frágil Lira ficaria bem agora, espero que ela não consiga se lembrar de mim, mas se caso isso acontecer serei o primeiro a saber, porque automaticamente eu também me lembraria dela instantaneamente, não que me lembrar dela fosse algo ruim, mas ela me viu como realmente sou, e a consequência para isso é a morte, isso é cruel talvez, mas é o único jeito de proteger a nossa identidade é esse.Todos que eu matei mereceram morrer, mas ela não merece.

Lorenzo...

Minha irmã finalmente, acordou, eu ainda esperava o resultado do exame.

-Oi irmãzinha.

-Oi...você me odeia mesmo?-Ela me pergunta já de cara.

-Não, claro que não, olha fui um idiota, um cretino, me perdoa?

-Sim te perdoo.

-Ei você se lembra o que houve.-Mudo de assunto.

Ela ficou calada e fitando a pequena t.v que havia no quarto.

-Foi ele que me...-Ela começa a falar enquanto encara a televisão
Eu ergui o volume.

Jornalista:O jovem doutor Carlos silveiras foi encontrado no meio da floresta por campistas, o corpo foi encontrado totalmente dilacerado, a policia tenta descobri o que aconteceu.

-Sim, foi ele mesmo.-Minha irmã volta a confirmar.

De repente o medico chegou nos interrompendo.

-E ai doutor qual o resultado?

-Felizmente deu negativo, não ouve estupro.

-Graças a Deus. -Digo bem aliviado.

-Tenho que atender meus outros pacientes.-O medico saiu logo depois de dizer isso.

Dei um aceno com a cabeça positivamente e voltei meu olhar pra minha irmã.

-Ei Lira? -A interroguei vendo que ela estava perdida em seus próprios pensamentos.

-Ele quase conseguiu o que ele queria Enzo-Ela diz quase chorando e se virando para mim.

-Mas não conseguiu, ta legal, e parece que alguém se vingou por nós, mas...você se lembra de alguma outra coisa?

-A ultima coisa que lembro é dele em cima de mim, tentei me levantar e bati a cabeça num pedaço de concreto e depois de estar nos seus braços.

-Espera...então não foi você que tocou a companhia?-Eu a questiono.

-Como assim tocar a companhia?Achei que você tivesse me encontrado no edifício.-Ela me afirma confusa.

-Não Li, alguém tocava a companhia sem parar, ai fui atender e te encontrei no chão, mas não havia ninguém mais por perto.-Digo estranhando sua afirmação.

-Alguém me salvou das garras daquele canalha, mas quem foi? -Ela pergunta.

-Bom, isso tem que ficar entre nós maninha ta legal, porque se não...vão achar que nós o matamos.-Eu dou um conselho.

Minha irmã concorda com a cabeça.

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