Capítulo 20:Visita inesperada

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Erick...

Já faz seis anos que estou aqui nessa casa, minha mãe faz o possível para não me faltar nada, ela não é mais a mesma de antes, as vezes ela parece ser tão fria, se eu sinto saudade do meu pai? Sinto um pouco, mas acho que é melhor sem ele, ele traiu minha mãe, agora que sou mais maduro, consegui entender.

Bom minha vizinha, aquela que minha mãe me deixava na casa da mãe dela para poder estudar, aquela que se tornou minha amiga, hoje estamos namorando, ela sempre foi muito importante, ambos fomos o apoio um do outro, na escola nós eramos, quer dizer ainda somos meios que os rejeitados, os excluídos, faz um mês que a pedi em namoro no dia de aniversario de dezesseis anos dela, verdade fui um desastre, nunca fui muito bom nessas coisas de romastismo.Me recordo que me enrolei todo nas palavras.passei numa joalheria e comprei um par de aliança e fui para a casa de Tais.

-Oi  Erick...o que faz tão cedo aqui em pleno domigo? - Ela me pergunta.

-Oi Tais, bom dia senhora Grace. -A comprimentei   e logo depois a mãe dela também.

-Bom dia. A mãe dela retribuiu meu cumprimento.

Tais me chamou para se juntar a ela na sala para assistir televisão.

-Você aceita meu pedido de namoro? - Disse lhe entregando uma das alianças.

-Não está esquecendo de nada não? -Ela apontava o olhar para a mãe dela;
 
-Do que?- a questionei sem entender o que ela queria dizer.

-Pedir pra minha mãe.  -Ela finalmente diz em palavras
 
-Mas eu quero namorar com você não com sua mãe porque vou pedir pra sua mãe?

-Misericórdia Erick.-Ela diz batendo com a mão na  testa

- Ata entendi...é senhora Grace...eu queria pedir a sua mão em namoro...não da sua filha, queria pedir a mão da sua filha em namoro, desculpa.- Acabo rindo da minha própria situação constrangedora.
   
-Se a fazer sofrer, já sabe, estou de olho. -a mãe dela diz bem seria.
 
-Pode ficar tranquila senhora.-Digo 
  
-E mais uma coisa a aliança você coloca no dedo da moça rapaz é não a entrega na mão como se tivesse lhe dando uma bala.

-Ok.-Respondi meio sem graça. Tais você aceita namorar comigo. -Acrescento colocando  a aliança em seu dedo dessa vez.

-Claro que sim amor, te amo. -Ela aceita me dando um beijo logo  em seguida.

Como mencionei, um completo desastre,  eu disse que era péssimo nessas coisa. Talvez seja porque é meu primeiro relacionamento,a conheço desde pequeno nunca tive outras experiências.

Um mês depois...

Eram sete horas da manhã, o despertador toca, mais eu não estou bem, sinto meu corpo dolorido, estou febril, acho que pode ser uma gripe.

-Filho? -Minha mãe bate a porta e me chama.

-Oi mãe.-Grito da minha cama disfarçando que eu possa parecer doente.

-Já estou indo quer uma carona?-Ela me oferece de traz da porta.

-Não precisa hoje a aula começa mais tarde.-Eu minto.

-Então esta bem, tchau. -Ela responde.

-Tchau mãe. -Me despeço.

Eu estava piorando estava mais quente e minha dores estava aumentando, o que esta havendo comigo? Vou para o banheiro lavar meu rosto, dou um pulo para trás quando percebo que os meus olhos estão completamente negros desde da iris até a esclera do olho, o som de buzina me dá um outro susto me fazendo desviar do reflexo do meu rosto por um breve e rápido momento, mas logo retorno vendo que agora eles estão normais, saio do banheiro e vou até a janela verificar quem estava buzinando, porém era no vizinho da frente, eu só havia uma pessoa que poderia me ajudar agora.

Fui até a casa da minha amiga e namorada, meio que cambaleando, pois quase não me cabia em pé, bati, mas ninguém atendeu, isso significava que a mãe dela não estava em casa, e infelizmente nem ela, como eu tinha uma chave da porta pude entrar e fui até o quarto, me senti com uma fraqueza tão grande que acabei ficando no chão mesmo, de repente ouço passos, espero que seja ela.

-Erick? -Ela diz preocupada me vendo ali no chão.

-Tais, eu não estou bem. -Digo com muito dificuldade.

Ela correu para perto de mim, querendo chamar a ambulância, claro que eu recusei, iam me levar para o hospital onde minha mãe trabalha, e realmente não estava afim de ficar respondendo milhares de perguntas, então ela foi buscar apenas um pano e água, sentia minha pele queimar como fogo, e minhas dores aumentaram uns cinquenta por cento, acabei apagando.

No outro dia acordei bem,graças a Tais, não sei o que faria sem ela.

Oito anos depois...

Finalmente de maior de idade, sim dezoito anos tão esperados, finamente dono do meu nariz, talvez não tanto.

Eu e Tais acabamos o colegial, ela já entrou pra faculdade, e eu? Bom, vou dar um tempo, um bom tempo mesmo.

Minha mãe ainda não havia chegado, acho que ela ia dar plantão, fui preparar algo para comer, porém quando fui dar a primeira garfada deixo-o cair no chão, pois algo me assusta, reparo que minha veias estão ficando sobressalente e de um tom de preto, e andando por todo o meu corpo.

-O que está havendo comigo?-Digo a mim mesmo assustado.

Corro para o banheiro, essa não, olhos negros e veias negras amostras não estava somente no meu corpo como no meu rosto também, eu parecia um mostro.

-Isso é um sonho só pode acho que devo ter cochilado. -Digo e começo a esfregar os meus olhos.

Porém nada muda, continuo do mesmo jeito eu estava sentindo uma sensação estranha de raiva vindo dentro de mim, eu não conseguia me acalmar, eu sentia uma fome exagerada, corri pra geladeira, mas a unica coisa que me atraia era uma tupperware com carne, eu abri e ela estava crua, mas eu não me importava só sentia vontade de come-la, quando ia pegar um pedaço eu paro e lutava contra essa vontade, isso era nojento demais, de repente senti uma dor muito forte  na minha cabeça como se alguém estivesse me dado uma pancada e acho que apaguei, pois dai em diante não me lembro de nada.

Abro meus olhos, reconheço o lugar é meu quarto, minha cama.

- Como você se sente?-Alguém entra e me pergunta.

-Você?O que esta fazendo aqui?-Eu pergunto com raiva e estranhando ao mesmo tempo.-E como entrou aqui?-Continuo.

-A porta estava aberta, precisava te ver, demorei mas finalmente encontrei o seu endereço?

-Sai daqui.-Digo ao mesmo tempo que me levanto da cama e  acompanho ele até a porta, paro quando o telefone toca.

-Alô? Tais o que foi?-Digo.

-Erick, aqui é a mãe dela que esta falando.

-Por que o que houve?

-Vem pra cá por favor to desesperada, alguém a atacou.

-To indo, fica calma.-Digo a ela.

-O que houve?-minha visita inesperada me pergunta.

-Nada que lhe diz respeito.-Respondo indo até a porta, mas reparo que ela esta trancada.

Ai lembro que eu sempre tranco a porta e guado na gaveta da cozinha eu fui até la, peguei a chave que continuava na gaveta, eu reparei mais uma coisa a janela estava quebrada e havia alguns cacos de vidro com sangue, mas ela estava intacta antes, eu não havia reparado também, mas agora notei que eu estava com um ferimento no meu braço.

(E  ai gente  que sera que visitou nosso querido Erick? algum palpite?)

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