Capítulo 25: Lar doce lar

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Após terminar a torturante, porém necessária despedida com minha mãe, sigo em direção a casa de Tais que já me esperava na varanda com sua mochila.

-Então, é hora de irmos. -Digo quando já estou do lado dela.

-Tem certeza? -Ela me indaga.

-Absoluta. -Confirmo, tentando parecer frio e confiante.

-Ok, então... já sabe pra onde vamos?

-Nao, não faço a menor idéia.

- Como assim não sabe? -Ela arregala os olhos.

-Na verdade... -Retiro algo do meu bolso. -Eu faço uma idéia. -Digo olhando o que eu havia tirado do bolso.

-Que foto é essa amor? -Ela me questiona.

-Do meu bisavô de 130 anos. -Respondo.

-Você vai passar no cemitério para visitar o túmulo dele antes?

O uber chegou, acabamos por pausar a conversa.

-Final da rodovia Oeste, por favor. -Oriento o rapaz do Uber.

-Ok. -O motorista diz.

Logo após alguns quilômetros percorridos, chegamos ao nosso destino.

-Tem certeza que é aqui Senhor. -O motorista pergunta estranhando o lugar.

-É aqui mesmo. -Confirmo.

Lhe dei o dinheiro e lhe agradeci, Tais me encarava, provavelmente estava achando que eu deveria estar louco.

-Eu sei que não temos um dinheiro se quer no bolso, mas isso aqui já é demais né Erick, não sei se você está percebendo, mas até os ratos já abandonaram esse lugar.

-Eu sei. -Concordo com um riso.

Provavelmente ela diria mais alguma coisa, mas foi interrompida por alguém que venho nos recepcionar na porta da entrada do edifício "zero estrelas" aqui, era o tal senhor  misterioso, meu talvez e provável bisavô, ou devo dizer o fantasma dele?

-Eu tinha certeza que você pensaria melhor no assunto. -O velho misterioso diz com um meio sorriso. -ah, e... que traria a namoradinha Junto. -Ele completa, fazendo uma leve cara de insatisfação.

-Namoradinha? Que velho idiota. -Tais se sente  incomodada. -Espera... Ele parece com a pessoa da sua foto. -Ela continua, e  me encara com espanto, esperando uma explicação.

-Que foto ela está se referindo rapaz? - O velho pergunta.

-Essa Aqui. -Retirei a fotografia do bolso e lhe mostrei.

-Temos muito o que  conversar, por favor entrem, sejam bem-vindos ao seu lar doce lar!

Segui em direção  a porta mas reparei que Tais não estava seguindo meus passos ao meu lado.

-Tais! Vem. -A chamo, vendo que ela não saiu nem do lugar.

-Não confio nesse cara.

-Eu ainda não confio muito nele também, mas é o que temos.

- Não sei não viu. -Ela não se convence.

- Confie em mim então. -Peço-a estedendo a minha  minha mão em sua direção.

-Tá legal. -Ela acinte e pega na minha mão.

Enfim entramos, era um clima estranho, pesado, uma atmosfera diferente, eu não conseguia explicar, realmente,   o interior daquele edifício era completamente diferente do seu exterior, completamente comum, como um hotel recém terminado, estava tudo muito bem  organizado, limpo e cheiroso, seus móveis era bem rústicos e de aparência bem antiga, eu me sentia como se estivesse voltado uns cem anos atrás, eu imaginava que estaria tão ruim por dentro como por fora, eu esperava que ele estivesse vazio, com infiltrações, teias de aranhas e cheiro de mofo, estava realmente muito surpreso.

O edifícioOnde histórias criam vida. Descubra agora