Capítulo 21:Cúmplice de um assassinato

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      Erick...

Corri para a casa de Tais, encontrei a mãe dela agachada no chão segurando a mão de sua filha chorando desesperada, havia muito sangue.

-Ai meu Deus, o que houve? -Pergunto me aproximando.

- Não sei, quando cheguei ela estava assim debruçada com essas feridas na costa. -Sua mãe respondeu-me.

-Já chamou a ambulância?Pergunto-a ao mesmo tempo que confiro se ela tem pulso.

-já, mas eles estão demorando demais. -Ela diz.

-Se quiserem eu estou de carro aqui posso leva-los. -Uma voz masculina soa atrás da gente.

-Já te disse pra ir embora. -Digo grosseiramente.

-Por favor, Erick deixa esse homem levar minha filha.- A mãe de Tais me implora.

-Tudo bem, mas só por causa da Tais.- Eu aceito bem relutante.

Pegamos-a com todo cuidado do mundo, ela estava desacordada, a colocamos no carro e corremos para o hospital, levaram a para U.T.I, e fiquei esperando notícias nas cadeiras de espera.

-Ela vai ficar bem. -Minha visita inesperada diz colocando as mão sobre meu obro.

-Agora já pode ir embora... -Digo retirando sua mão de meu ombro e o encarando com frieza. -E alias porque não diz a verdade sobre como entrou na minha casa? Você disse que a porta estava aberta, mas estava trancada e a chave no mesmo lugar que eu sempre deixo. -Continuo o encarando.

- Filho? O que houve? -Minha mãe chega e me vê.

-É Tais mãe, alguém a atacou. -Digo me levantando.

-Você...? O que está fazendo aqui seu canalha? Minha mãe finalmente nota quem esta junto a mim.

-Ele também é o meu filho Mary, não pode me impedir de vê-lo.. -Minha visita inesperada diz ou devo dizer o meu querido papai.

-Só pode ser piada né , você escolheu sua amante ao invés do teu filho a oitos anos atrás, e acha que tem algum direito sobre ele agora? -Minha mãe diz com raiva.

-Como assim?-Eu questiono me direcionando para ambos esperando por uma explicação.

-É filho...Ele podia ter visitado você,eu nunca o impedi de continuar te vendo, mas a amante dele o chantageou, ou você ou ela, se ele ficasse te visitando, ela ia largar dele, o dinheiro dela falou mais alto não é mesmo Piter? -Minha mãe diz o encarando esperando que ele confirmasse a historia.

-Sai daqui agora.-Digo olhando para o outro lado contrario, não conseguia encara-lo.

-Mas filho...eu juro que eu mudei,eu estou tão arrependido de tudo, nem estamos mais juntos, ela me deixou, mas isso foi bom, pois me fez ver quem realmente é importante na minha vida. -Meu pai tentava me convencer,

-Sai...e não me chama de filho. -Digo com a voz alterada e ainda sem encara-lo.

Meu pai se levanta e vai embora e minha mãe me abraça forte tentando me consolar e eu a retribuo.

Taís ficou horas na cirurgia, quando ela estava consciente algumas horas mais tarde, fui vê-la, ela me contou que o que a feriu parecia não ser humano, e realmente pelas feridas, era fácil de acreditar, me venho uma coisa a minha mente, me recordei do que houve comigo antes de eu apagar e acordar no meu quarto.

Eu acho que eu fiz isso com ela, não, não, não fiz, será? Mas a janela quebrada, sangue que estavam no estilhaços e o meu ferimento. Será que de alguma forma fui eu que a ataquei? E se isso é realmente um fato...O que eu sou?

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