Tais...
Eu chamei meu namorado para ficar comigo em casa, eu não sei onde estava com a cabeça, a primeira coisa que ele fez quando entrou foi perceber rapidamente o cheiro forte de produto de limpeza, tentei dar uma desculpa, acho que deu certo, ele acredita e fomos assistir uma série, o pedi para fazer pipoca pra nós e ele foi, meio que reclamando, mas foi.
Ele estava demorando muito, uma pipoca de micro-ondas não demora tanto assim, decidi ir atrás dele e não o encontrei na cozinha, notei que a porta que dava para o quintal de trás estava escancarada e me dirigi até lá .
-Essa não... mais que merda... não, não. -Penso alto ao vê-lo no quintal escavando o chão no mesmo local onde enterrei minha mãe.
-Eu posso explicar. -Digo me aproximando e o fitando com medo da rejeição dele.
Mas eu já via medo e horror em seus olhos, ele descobriu que sou uma assassina, se ele me abandonar eu morro, eu preciso dele, meu desespero é tão pesado que deixa minhas pernas bambas, então caio no chão em desespero e lagrimas extensa e ele venho até mim meio relutante no começo. Talvez esteja só com pena de mim, mas ao menos não me deixou, me levou para cama e saiu.
Segunda de manhã
Eu acordei e ao chegar na sala o vi dormindo como um anjo naquele sofá da sala, resolvi ir até a cozinha preparar um lanche para nós dois.
Quando ele acordou quase estávamos começando uma briga, quando ele parou por um momento, foi seu celular que havia tocado, mas ele não atendeu, logo parece que venho uma mensagem, ele parecia bem atento dessa vez, tão atento que nem me encarava para poder responder minhas perguntas.
Erick me deixou com tanta raiva, que descontei no pote de manteiga de amendoim, o jogando no chão, havia vidro e pasta pelo chão branco todo.
Ele saiu batendo a porta e eu fui atras dele alguns minutos depois, ele seguiu para sua casa, eu fique espiando pela janela tomando cuidado pra ele não me ver, ele conversava com um homem, parecia bravo, quem era aquela pessoa? Nunca havia o visto por ali antes.
Eu podia ouvi-los nitidamente, pois suas vozes estavam bem alteradas.
-Eu sei o que você é meu filho, posso te ajudar a se controlar. -Ouvia o homem dizer.
-E o que eu sou pai? Alem desse monstro. -Ouvia Erick questionando-o enquanto seu rosto se tornava tenso.
-Meu Deus o que é isso? -Digo a mim mesma, e é certeza que acabei falando alto demais.
Me assustei com o que eu vi, veias negras surgindo pelo corpo de Erick e seus olhos escureceram.
-Eu acho que transformei minha namorada nisso também, então me diz o que eu sou afinal. -Erick continua dizendo e se aproxima mais daquele homem.
O que? é ele que me atacou naquela noite? Seja lá o que ele é, eu também estou me transformando não estou? Milhares de perguntas vinha e ia na minha mente, eu paralisei naquele momento, e fitava o chão como se daqueles paralelepípedos fossem surgir respostas para o que estava havendo ali, me distrai tanto que acabei nem percebendo que Erick percebeu a minha presença ali os espionando e já estava se aproximando da porta.
-Tais? O que você viu? -Erick me interrogava com olhos receosos depois que abrira a porta e já havia se aproximado de mim.
-O que é você? Não...melhor, fica longe, porque você fez isso comigo? -Digo chorando, assustada e voltei correndo pra minha casa trancando a porta assim que entro, escutava batidas e a voz de Erick me pedindo pra deixa-lo entrar, que ia me explicar tudo, mas eu não podia, o pior não é ele ter feito isso comigo, é ele ter mentido para mim sabendo que eu estou me transformando em sei-la que o ele seja, me assusto quando ouço um barulho vindo da cozinha e vou verificar.
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O edifício
Mystery / ThrillerLira Symons e seu irmão Lorenzo são filhos de pais extremamente ricos, mas como dinheiro não traz felicidade, nem tudo é mar de rosas nessa família, e quando eles crescem não fica muito diferente de quando eram crianças. Um acidente faz com que su...