Capítulo 15:Acidente no caminho

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Lorenzo...

Minha irmã bateu à minha porta para avisar que já estava pronta e então descemos as escadas, pegamos um táxi e entramos na loja de carros chamada Street Cars, logo fomos recepcionados por um vendedor de terno,não imaginava que era tão difícil escolher apenas um,em meio a tantos,eu não queria apenas um carro,queria que fosse O carro,mas nenhum me chamava atenção, eu já havia desistido, fui até o vendedor avisar que nenhum me agradou, e quando ia procurar minha irmã para irmos embora, não a encontrei.

-Ei moça você por acaso não viu uma garota de cabelos pretos e olhos azuis,viu?-Perguntei

-Ela foi por ali.-Me apontou para o fundo da loja.

Então fui procura-la,ela estava realmente la no fundo,chegando la algo me chamou a atenção, perfeito, aquilo me atraia como um imã, esse era realmente O carro, eu tinha que compra-lo e nada me impediria, ah não ser minha linda irmãzinha claro, que estava tentando fazer de tudo para mim desistir dele, até uma desculpa tosca ela inventou, também disse que era muito caro, sempre querendo ser a certinha, não ela não vai me impedir, mas não vai mesmo. Discutimos perto do vendedor, que parece tão constrangido sem saber o que dizer.

Eu e Lira brigamos feio, to odiando ela agora, sempre faço tudo por ela, e agora que eu preciso ela não me apoia, queria ter nascido filho único.

Lira saiu chorando, se ela pensa que vou atras dela, ela esta muito enganada, o importante é que eu vou ter o que eu quero.

-Bom aqui está os documentos e sua chaves e parabéns pela compra Senhor Symons.-O vendedor aperta minha mão.

-Eu que agradeço.-Digo isso com um sorriso de orelha a orelha.

A sensação de estar atras do volante de um Ford Mustang é sensacional, ao menos que você se depare com um trânsito congestionado é claro, fala sério, do que adianta dirigir um carro tão veloz e o trânsito estar uma merda, e de repente uma van do resgate passa a mil por mim.

-O que houve seu policial-perguntei a um policial de moto que passava em carro em carro.

-Um acidente com vítima fatal, vocês terão que ter calma.-Ele me informou.

-Que tipo de acidente?-Insisti em saber mais.

-Um caminhão jogou um táxi na mureta.-Ele movimentou a moto retornando para o local do acidente.

Senti um aperto no coração,quando ouvi essa palavra táxi,porque vi quando minha irmã pegou um,eu tentei ligar para ela,mas só dava caixa postal,isso me deixou mais angustiado, não conseguia ficar ali sem fazer nada, então desci do carro e segui em frente, a pé mesmo.

O táxi havia dado perda total e o motorista ainda se encontrava preso a ferragens, colocaram alguém em um saco preto na maca levando até a van, só ouvi o rapaz do resgate falando para outro com a prancheta;jovem de mais ou menos dezoito anos, hora da morte as onze da manha. Uma imagem venho a minha cabeça:Lira, minha irmã, não, não pode ser ela,eu não conseguia respirar,como se alguém me sufocasse,eu tinha que me certificar mesmo que doesse. Passei entre os socorristas e policiais e fui até a maca.

-Lira.- Gritei

-Ei rapaz não pode mexer ai não.-ouvi um dos socorrista gritar.

Mesmo assim fingi não ouvi-lo e segui em frente, então abri o zíper do saco preto, sentia meu coração a mil,enquanto o abria,de repente desabo em lagrimas e caio de joelho.

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