O edifício

capitulo 29: O passado volta a tona

Erick...

Finalmente cheguei no hospital e pedi para que Tais se mantivesse no carro, me dirigi até o balcão de atendimento.

-Boa noite, em que posso ajudar? -Perguntou a recepcionista.

-Boa noite... sou filho da Mary… hum… vocês me ligaram. - Informei.

-Hum...Erick né... A sua mãe passou mal enquanto cuidava de uma paciente, ela teve uma queda de pressão e acabou desmaiando, mas ela já está bem melhor.

-Eu posso vê-la? -Peço.

- Claro, segundo andar, quarto 23. -Ela autoriza a minha entrada e me entrega um crachá de visitante.

-Obrigado. -Agradeci e peguei o elevador, chegando no quarto, vi minha mãe tomando soro, me senti mal por vê-la assim.

-Ei, senhora Mary, parece que hoje você é a paciente. -Digo parecendo calmo, tentando não parecer tão preocupado.

-Oi filho! Você venho.

-Claro que sim... por que não viria?

-Sei-la.-Ela diz dando de ombros

- Como você  está? -Eu a questiono.

-Estou bem...foi só uma queda de pressão, mas terei que ficar em observação por um dia.

-Eu fico longe de casa só um dia e a senhora me apronta um susto desses.

-Acho que é melhor voltar pra casa então meu filho, imagina como será durante os outros os dias. -Ela tenta me fazer mudar de idéia.

-Nem adianta, que não vai colar  dona Mary. Eu vim pra saber como a senhora está, fiquei preocupado, mas tenho que ir. 

-Já? 

-Sim… Fica bem, ouviu? -Digo com um meio sorriso e lhe dando um beijo na testa. Tchau. -Me despeço.

-Fazer o que né. -Ela diz parecendo uma criança emburrada.

-Se cuida dona Mary.-Digo antes de sair do quarto.

Eu queria ficar por mais tempo, mas quanto mais eu demorasse ali, muito mais difícil seria para eu sair, mas estava aliviado por saber que não tinha acontecido nada tão grave com minha mãe.
             
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Estava ainda no corredor para pegar o elevador de volta quando por uma porta aberta eu notei uma criança com quase metade do seu corpo para fora do leito, tentando alcançar algo em cima de uma mesinha. 

-Ei garotinho, está maluco? Não faz isso você vai cair. -Digo o repreendendo, mas provavelmente ele não me ouviu e continuou, a sorte, foi que eu me dirigi bem rápido até ele o alcançando antes dele acabar levando um tombo, seria uma bela queda.

-Eu tava tentando pegar água, tô com sede. -Ele se desculpa, e observando melhor, percebo que o já vi antes ele estava cheio de mangueiras com olhos profundos parecia muito doente e fraco e cabeça raspada no zero.

-Não tem ninguém te acompanhado garoto? -Eu o indaguei vendo que um garoto com o estado de saúde assim, deveria ter alguém o visionando.

-Mamãe foi pra casa pegar roupas limpas e papai sumiu, acho que ele me abandonou, acho que ele não gosta mais de mim, porque agora estou feio, sem cabelo.

 -Você é um garoto muito bonito está me ouvindo? Qual é o seu nome? -O interrogo, colocando água no copo e lhe entrego.

-É Christopher! Ele diz depois de engolir o primeiro gole de água.